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28.7.07

LETRAS DO CD TRIUNFO

São Paulo , 15 de setembro de 1995.

CONTAMINAÇÃO
AUTOR: ANDRÉ LUIZ DOS SANTOS. RG: 21.571.369-2 CIC: 143.633.408-00

O que me aconteceu
depois daquela linda transa!
Que tive com a mulher de longas tranças,
que me esquentou depois da festa,
a levei para cama sem precisar fazer nenhuma seresta,
gostosos foi os gozos até a luz do dia,
onde meu corpo fervia, aquecia,
mas enquanto eu dormia ele esfriava,

(Aids, aids, aids...)

Janela aberta , raios solares em meu rosto,
do meu lado já não estava mais aquele lindo corpo,
para o meu desgosto,
só me deixou um presente como em uma caixa de surpresa,
me dando um susto por ter amado e se fascinado,
agora vou carregando uma triste agonia todos os dias,
por ter sido o machão ,
eu não quis usar a minha camisinha não,

Hoje eu vivo acabado, esquecido, isolado,
com uma amarga lembrança,
da linda mulher de longas tranças,
o meu corpo está cheio de manchas,
sem força e anticorpos,
a AIDS em está minha pele, no meu sangue e nos meus ossos,

(Aids, aids, aids...)refrão

Malucos!...
depois do exame, a confirmação,
me desliguei do mundo, não quis viver mais não,
me senti um sujo, sem saber o que fazer,
direi a você: primeiro pensei em suicídio,
eu já estava no precipício,
em segundo foi a contaminação para o resto da nação,
porque isso não poderia aconteceu comigo não,
houve amigos meus,
que morreram com está maldição,
por transfusão, picos, com prostitutas ou porque eram bichas,
mas depois que passou a ira,
resolvi estudar as causas dessa doença,
e vi que a causa de tudo foi a minha ignorância,
que tirou-me a minha esperança,

Tarde de mais para saber,
mas pretendo orientar você,
para não cair em minha ilusão,
não se pega AIDS meu irmão,
em nenhuma doação sangüínea,
nem com prostitutas ou com minas,
é só usar a sua camisinha,
não pegarás ao me cumprimentar,
não deixe me isolar, porque necessito da força do amar,
e com ela ninguém vai se contaminar,
o vírus necessita de um contato direto com o sangue,
parem de viverem se injetando, se drogando, se acabando,
ela só tente de se alastrar,
se você a ignorar,
não precisa deixar de amar,
é só colocar a sua camisinha,
agora eu estou morrendo e indo atrás da busca,
daquela puta que me fez viver está loucura,
quero a encontra-la no além,
e perdoa-la,
porque naquela noite eu amei-a como ninguém,

Vamos filho,
use a camisinha e coloque um ponto final nisso,

São Paulo, 10 de janeiro de 1996.

A arte
AUTOR: ANDRÉ LUIZ DOS SANTOS. RG: 21.571.369-2 CIC: 143.633408-00

Tem hora que,
a gente fica puto da vida,
com as condições infavoráveis dessa porra dessa vida,
e nessa a cabeça fica pensativa e vazia,
nos viajar em soluções triste e agonizantes,
como um pulo do alto num vôo rasante,
ou dar um click-clek- bum,
e querer acabar com o mundo,
que só tem seu fim,
quando deixamos de existir.
Por causa do sofrimento queremos ir belos ares,
e outros nos chamaram de covardes,
invadindo por dentro do nosso eu,
de ser lembrado como alguém que já morreu,

Caralho! Em vida eles implicam,
e mortos querem incinerar os nossos ossos,
falam que me incomodo,
Sim. Incomodo-me com as mentiras,
E alegrias instantâneas,
que basta sorrir para ser crucificado,
como eu tivesse cometido um dos piores pecados,
Óh! Meu Deus!
sou um filho teu,
mas me revolto,
por não conseguir viver como penso,
isto corta-me por dentro,
quando ouça a música que diz sobre,

Refrão: (Bis)
A arte de sorrir,
cada vez que o mundo diz não...
Diz não, diz não... não.. não...

A ira se multiplica,
Hipnotizando-me os olhos,
Dando-me vontade de voltar de delinqüar,
Sim seus trouxas, roubar!
mas vocês tem sorte,
sei que posso seguir em frente,
sem ser um delinqüente,
o meu orgulho me diz,
o meu nome dando me força para existir,
com essa revolta domada,
para o dia da glória,
sou um cara esperançoso,
e de suas caras tenho nojo,
não gosto de vocês,
sei que pensam no vice-versa,

Chega! De falsas promessas,
querendo me enganar com ilusões,
Seus putos, suas putas, seus cuzões,
vão falar que preservo a perversidade,
sempre julgando-me para os humanos de verdade,
Graças, graças, graças!
não são todas as pessoas de suas raças,
existem Gismeires, Joaquins, Lourdes e Marcias,
pessoas que lutam igual a mim,
que me dão as suas graças,
para eu continuar a lutar,
assim como Airton Sena lutou,
em sua última curva o mundo se calou,
Os sonhos são meus,
quem reza por eles sou eu,
vou vencer, irei chegar lá,
e rir de uma pá de idiotas,

Refrão: (Bis)
A arte de sorrir,
cada vez que o mundo diz,
-Não...
Diz não, diz não... não.. não...

Ah...esse não!
Magoa-me profundamente,
os sonhos lindo saem da minha mente,
trazendo-me a raiva por ser ofendido,
com palavras que em meu mundo lapido,
O acredito,
que se fixa a cada dia,
com esperança da próspera vida,
as vezes chega o cansaço de esperar a concretização,
o medo dos sonhos em vão,
procurando deixar de dizer a palavra não,
além que és muito precisa,
para a corja que implica,
em querer me manipular,
como são trouxas,
nunca vou querer ser o presépio,
que todos levam a sua admiração,
sem querer saber no que se representa,
será que as pessoas deste mundo são desatentas,
minhas qualidades sei quais são,
não sou marionete não,
conquisto tudo o que quero,
por isto o refrão da música eu preservo,

Refrão: (Bis)
A arte de sorrir,
cada vez que o mundo diz,
-Não...
Diz não, diz não... não.. não...

São Paulo, 07 de maio de 1999.

BRINQUEDO
AUTOR: ANDRÉ LUIZ DOS SANTOS RG: 21.571.369-2 CIC: 143.633.408-00

Refrão:
Eu vou embora,
porque o tempo vai fechar,
e não são águas que cairão,
será sangue, sangue de crianças,
por causa do brinquedo de matar,

Eu vou embora porque o tempo vai fechar,
Olho para o céu e vejo as nuvens cinza,
Chego em casa e paro para pensar,
E começo a me lembrar,
Do passado inspirado nas nuvens cinza,
Como um adivinho perdido em imagens,
Comparadas com o chumbo do antigo brinquedo,
Que tinha um flash vermelho,
As metralhadoras, as armas de cowboy,
Que quando eu era pivete brincava com elas,
Foram vários tiros disparados pela a imaginação,
Como os filmes de gangster, de guerra e de ficção,
Os meus heróis da televisão,
Que hoje me monstra crianças dos morros,
Com escopeta, mira-laser na mão,
Infância em vão,

Refrão:
Eu vou embora,
porque o tempo vai fechar,
e não são águas que cairão,
será sangue, sangue de crianças,
por causa do brinquedo de matar,

Eu vejo uma claridão,
O brinquedo e as nações,
Uma projeção de vidas em devastações,
Pais que já não abraçam mais,
Seus filhos separados pela placa em cruz,
Escrita aqui jaz,
um longe do outro por dimensão,
a bala perdida não tem direção,
ela vai levando mais do que a cegonha traz,
são tantos motivos com poucos raciocínios,
foi a tragédia da roleta russa,
e o Periquito assinando a culpa,
brincadeiras com o instrumento mortal,
mais um garoto no hospital,
o esquecimento de um pai foi fatal,
chave para o portal mortal,
um tira irado na sua perseguição,
um tiro no Chepinha caído no chão,
meu amigo Mestiço foi para o espaço,
traído por caras falsos,
nosso exército levam-nos para ensinar e treinar,
a matar seres humanos em países que nunca ouvi falar,
as drogas, os papelotes,
os traficantes donos dos quarteirões,
os viciados pipocados,
fatos baseados em dividas,
tudo isso é ruim demais,

refrão:
Eu vou embora,
porque o tempo vai fechar,
e não são águas que cairão,
será sangue, sangue de crianças,
por causa do brinquedo de matar,


Quantas vidas se foram por diversas formas,
As lágrimas no chafariz da vida ainda jorram,
Com gotas de tristeza,
Sentimentos de perda,
Histórias encurtadas,
Pela a arrogância da valentia,
Anjos tornando–se malditos,
Com seus sorrisos cínicos e cara feias,
Cobertos pela sombra criminal,
Eles pedem à luz espiritual,
Para tira-los do mundo do mal,
Porque eles estão nele desde pixotes,
Cedo aprenderam a atirar,
Porra! A indústria bélica não pode parar,
Eu não tenho a coragem de matar,
Mas nos bilhões de seres,
Sou apenas um dos alguns,
que nadam contra a correnteza vermelha,
São tantos que estão a se afogar,
no rio por julgarem-se os bons,
E errando vão! Tolos são!
Hei! Quanto vale uma vida para você?
Qual é o valor de viver?
Vamos comecem a sentir o rancor,
Que provocou para aquela senhora,
Lá na missa de sete dias,
Por causa da sua covardia,
com suas duas palavras,
- Vai morrer!
O filho dela já não está aqui mais,
Para junto dela viver,
Porquês?
Como seria bom se este brinquedo não existisse,
e as crianças pudessem brincar de amarelinha,
Ou olhassem o seu azul,
e não o cinza,
igual do temporal que está para cair,
Cheio de gotas vermelhas,
Das lágrimas do nosso pai Oxalá,
Quem sabe um dia...

São Paulo, 07 de maio de 1999.

SORRISO SARCÁTICO.
AUTOR: ANDRÉ LUIZ DOS SANTOS RG: 21.571.369-2 CIC: 143.633.408-2

Ele aparece no seu televisor,
Falando, insinuando, gesticulando, esbravejando,
Muitas vezes se ridicularizando,
Apontando erros de outros fulanos,
Que ele vai os acusando,
de atrapalhadores dessa desordem chamada progresso,
por que ele não faz parte do resto,
assim que a sua voz propaga,
na tela, nas folhas descritivas, discurso com fotografia,
o cara vai entrando e saindo quatros, cinco, oito anos,
dizendo que é o super homem,
e sabe onde os pobres se escondem,
nesses caminhos vai passando junto a sua caravana,
cheio de papagaios empoleirados nos ombros,
esses bandos de safados,
acariciam rostos esfomeados,
pisando na lama dos morros escorregadios,
tomando sopa de letrinhas, caldo verde, bebendo águas de rios,
pra xavecar Joãos e Marias,
desacreditados da vida,
fazendo os acreditar naquele quem tem um sorriso amarelado,
estampado, panfletado,
num rosto bem fotografado,
sem as rugas e defeitos,
como um rei,
invenção de marketeiros,
pagos pelos fulanos inescrupulosos do poder financeiro,
fazendo o falsário continuar,
os ajudar a roubar,
pede somente um aperto de botão ou xis,
para aqueles que acreditam,
no que a televisão edita,
assim ele ganha e nós lutamos para continuar a vida,

Refrão:
Um sorriso sarcástico,
Um falso abraço,
O mesmo papo furado,
E um país humilhado,
Por ladrões engravatados,

Aí... quando o cretino ganha,
As suas e as nossas satisfações,
Vão por uma descarga privada,
E os bairros pobres vão para os ares,
São disparos, rajadas, tiroteios, chuva de balas,
Tantas bocas ficaram caladas,
UTIs abarroadas,
A cachoeira vermelha se alastra,
Chegadas, chegadas de corpos doentes como sempre,
Hospitais cheios de parafernálias enferrujadas,
Poucos homens trabalham,
Garotos vivendo pela pedra malvada,
Levando porrada de alguns policiais,
Organização considerada na eleição,
Segurança da nação,
Igual o direito à educação,
O sujo entrou na moda da privatização,
A imprensa sempre tem um furo,
Sobre o nobre cidadão,
Ou sua excelência,
Do jeito que a minha antiga professora ensinava,
Que entrou em greve a semana passada,
Por causa do tal salário defasado,
Essas notícias não param,
Principalmente a de corrupção,
Que são maiores que a ficha do homem que errou,
E está vivendo dentro de um xis,
Este é pobre, analfabeto e pior o irmão é preto,
Um dia alguém tem que dizer qual o segredo,
Como se faz uma pátria feliz,
É tão triste o Brasil até aqui,
Tenho ânsia de ver este sorriso,
Que manipula o meu povo,
Que não vê nenhum valor,
Na hora de votar e acabar com esses caras,

Refrão

São Paulo, 09 de maio de 1999.

CRACK.
AUTOR: ANDRÉ LUIZ DOS SANTOS RG: 21.571.360-2 CIC: 143.633.408-8.

Crack...
Sabemos que você o usa,
Seu corpo veste este disfarce,
A sociedade diz que não tem culpa por esse disparate,
Mas eu o conheço muito antes das notícias,
Alguns trutas meus diziam que dava o maior barato,
Sua aparição foi em mil novecentos e oitenta e sete,
Eles usavam tantas vezes igual mato,
Atingiu a classe média trinta e seis meses depois,
Garotos o consumiam mais do que feijão com arroz,
Ele veio junto com a importação chamada globalização,
Foi o produto que mais rápido se consumiu,
Meus irmãos,
tenho uma porrada de história ruim desta ilusão,
chamada CRACK,

CRACK,
Sabemos e percebemos,
Que seu corpo usa este disfarce,
Chamado CRACK,

Vejo esse garoto que entrou na onda da globalização,
Um mano bacana, um bom irmão,
Levantava meio dia da cama,
Se dizia que era gangstar,
Colocando o seu tênis Filla,
Abotoando a calça caída,
Vendo a hora no seu relógio de surfista,
Ouvindo o seu disc mann Aiwa,
Saindo com o cano na cintura cheio de raiva,
Ia encontrar os seus camaradas,
Em sua moto que o escapamento berrava,
Quase todos os dias eram dias de negócios,
Tinham que vender seus produtos,
Fabricado pelos furtos da madrugada,
Os pilantras dos intrujões compravam,
Tudo virava grana fácil,
Rapidamente nas suas mãos desintegravam,
O meu truta bacana por enquanto vive com sorte,
Nunca indo para celas,
Mas sua vida dança,
Por sugadas fortes no seu cachimbo de prata,
O triste que até a sua menina,
Que já foi linda hoje é magrinha,
Meses atrás foi mãe de uma criança.
Que tá vivendo com os seus pais,
Enquanto o casal se mata,
Pela fumaça de bicarbonato com pasta de coca,
Não se precisa ser um advinho,
Buscando o saber até quando essas almas,
Na crosta terrestre irá permanecer,
Já tentei dialogar com meu truta,
Mas enquanto as pedras estiverem rolando,
Para o precipício vai meu mano,

Refrão:

Sei que muitos escreveram, cantaram, contaram esta história,
Mas estou demonstrando a minha preocupação,
Com pessoas que perderam a auto estima,
Em becos, vilas, matagais, ruas e morros,
Onde os meus olhos eu ver,
A faísca de isqueiros,
O barulho do sugar dos cachimbeiros,
Que nem presos conseguem escapar,
Lá dentro também se vende a pedra,
CRACK,
Famílias do Brasil estão a desfarelar,
Igual ao cérebro destas crianças,
Que lembrem o dito,
“Cada um carregue e sua pedra”,
infelizmente ela se chama CRACK,
São Paulo, 24 de março de 2002.


PARA QUE VIEMOS
Autores: Clayton José da Silva – RG: 35.469.349-9 – CIC: 304.248.188-33.
André Luiz dos Santos – RG: 21.571.369-2 – CIC: 143.633.408-00.

Vim pra foder seu cérebro filho da puta,
Ninguém se toca que está na hora de lavar a roupa suja,
Que criatividade de merda que só suga!
Criticam os gringos,
mas as sua levadas são copiadas,
tem muita originalidade falsificada,
esses cover’s americanizados,
que dizem no palco serem os ladrões alados,
as escolas desde a sétima são deixadas de lado,
lá só tem seus nomes pixados,
talvez dos livros preferem o papel,
para fazer subir a fumaça e sair dizendo que são o locos do céus,
Hei! Hei! Espera!
Se isso for cultura? Que cultura filho da puta!
Tem muito otário que paga pra outros otários,
Com suas idéias furadas dizem-se os revolucionários,
É brincadeira! Parece até piada!
Existem umas que chegam até dar prus caras,
Em toda família tem uma ovelha negra,
Então nesse jogo vou entrar dessa maneira,
Mais ae... não é só pra isso que vim,
Mas sim pra te confundir,

Refrão:
Viemos pra confundir,
Fazer você fugir,
Ou realmente assumir,
Não fazendo letras pra iludir,
O povo que não consegue mais sorrir,
Hei comédia! Zarpa daqui!


Porra! Ouça!
Não faça o seu rap ser amigo da onça,
Por você não entender essa pátria que vive a fuder,
Aqueles que formam a sua população,
Por ganância de uns que corrompem os que estão na administração,
Mas seu refrão,
fala para molecada que só armada terá um proceder,
No role nas vilas que sempre a gente vê na tv,
Que em todos os locais são iguais,
Há areia, igreja, cerveja, pinga, briga,
mato, carro depenado, marcas de enchetes, muleque dependente,
Barranco, barraco, disparos, todos amontoados,
que quatro ou dez anos são lembrados,
Por censos ou deputados,
E da dó de saber que são os brasileiros pobres,
Que vivem com seus problemas tentando sobreviver,
A massa enganada pra porcos manter o poder,
Ele sempre tem um de sua vara,
Lucrando e jogando vidas nas valas,
e você assiste tudo e se cala,
Ai te pergunto: - Cadê as suas rimas e as métricas?
A maioria ainda está na pior,
e o que prospera aqui é a miséria,
Se liga! A sua família se incluí na lista,
Sua prima, primo, tio, tia, mãe, pai: sua geração toda está excluída,
A que sempre está presentes nas visitas dos presídios, nos fóruns,
delegacias, cemitérios, hospitais,
Ou jogada nas ruas drogada como animais,
Ela é a matéria prima do sensacionalismo dos jornais,
as vítimas, os cadáveres, os assassinos, os traficantes,
como dizem os defensores de patrimônio: elementos ou miliantes,
personagens que nos livros não serão lembrados nem um instante,
são números para de estatísticas,
OH! Zé!
vamos fortalecer a dança, o grafite, os transformes da vida,
melhorar a letra e não jogar ao vento nossas rimas,

REFRÃO:
Viemos pra confundir,
Fazer você fugir,
Ou realmente assumir,
Não fazendo letras pra iludir,
O povo que não consegue mais sorrir,
Hei comédia! Zarpa daqui!

Ligo o positivo no negativo,
E desligo e me ativo,
Porque tem horas que cansamos de elogiar,
um povo que não se valoriza,
E se você não aceita as regras ele te discrimina,
Preferem aceitar babaquices preconceituosas,
Que pobre tem sua sina,
AH! Se você acha que é viajem,
Então analisa,
As formas do preconceito,
Que eles dizem que é só defeitos,
Mas se uma mulher, preta, nordestina,
Que gosta de menina, portadora de deficiência e quarentona,
De cabelo sarara na porta de uma firma procurar,
um emprego para ganhar uma grana,
A resposta acredito que já está na sua cabeça,
Esse é o estereotipo do não cidadão ou cidadã,
No país que diz que não existe diferenças,
Mais gosta da imagem ariana dançando o tchan,
Temos que mudar isso seu besta!
Todos tem que ter a oportunidade que almeja,
Manos e manas acho que é hora do hip hop,
Fazer de tudo para que cultura cresça,
E mudar os conceitos que estão enrrustido na sua cabeça,

Viemos pra confundir. Fazer você fugir,
Ou realmente assumir. Não fazendo letras pra iludir.
O povo que não consegue mais sorrir. Hei comédia! Zarpa daqui!

11.7.07

VAMOS COLAR NA PERIFERIA

MINHA VOZ ESTÁ NO AR

DIA 29 de Julho de 2007


Apresenta: Livro “Punga”, autor: Akins & Elizandra

Convidados Especiais:
Fantasmas Vermelhos, Rascrew, Da Norte, Alta Voltagem, Paniquinho (Fator Ético), Rapper Pirata, Banca RDM, Inajá (Dança Afro), Oubi, MH2O

DJ’s
Performance: Pac J, Nil – X
Dj Residente: Doug Ras (RAS Crew)

Nos intervalos das atividades Akins e Elizandra estarão falando e comentando sobre os trabalhos

HORÁRIO: 14h até as 21h
LOCAL Biblioteca Comunitária “Solano Trindade”
ENDEREÇO: Ruas dos Têxteis, 1050

9.7.07

Um filho da puta com tanta raiva,
por não ver mudar muita coisa,
quando por mim a poeira do tempo passa,
ou por vir do lado esquerdo eu não vejo por odiar o lado direito,
esse maldito de querer o certo pra mim virou um defeito,
por que me junto com caras que por mim não sente respeito,
e tenho que agir com cautela de um determinado jeito,
pra eles não me foder com o jeitinho brasileiro,
ser honesto faz eu querer andar armado ,
e com uma pistota de prata pra atravessar uma bala nos peito desses sujeitos,
que querem que eu fique na míseria,
ae sae dai!
essa ideia sem sentido da minha cabeça,
quem gosta de estudar isso vive daquele jeito,
perfume, carro, tenis all star, fuma a verde e usa jeans de mil conto,
lêem uns livros e pensam que sou algum tonto,
vou ser franco tô nessa porque quero sair da situação de miseria,
que desde que me entendo por gente,
só me ferra,
não consegui aculmular nada,
os meus estudos não servem pra nada,
e o meu trampo só contas paga,
e o rap muito filhos ataca,
mas ele é a minha arma,
e faz sem controle eu despejar a minha raiva,
pra ser verdadeiramente o gangsta,
e não perdoar nada...mas ela passa,
e um erro por ser pobre me mata
eternamente Rapper Pirata

16.6.07

POR QUE RAPPER PIRATA

POR QUE RAPPER PIRATA
Ae! Perguntaram-me porque insisto a fazer rap e valorizar o hip hop?
Fazer rap me deu um poder de mandar muitos se fuder,
aquele garoto calado se tornou abusado e resolveu acontecer,
não aceitar o que reservaram para ele dentro de uma jaula,
compreender o que aquela puta da professora estava querendo me mostrar na aula,
mesmo querendo distancia de mim , do meu olhar e a forma de falar,
o merda da letras que aprendi fazendo rap,
me deu um poder de misturar as ruas e as teorias que estão escondidas nas livrarias,
comecei compreender que o crime não era uma boa para mim,
ele leva diversos filhos da puta como eu para uma cova em uma década,
eu resolvi não querer essa merda pra mim,
então com erros estou fazendo os meus acertos,
que não é para uma policial me fazer vender drogas,
e também não ser o paga pau de uns que querem ser donos da cultura,
que rimam besteira como fosse jóia pura,
e vem querendo bancarem os vap´s das ruas,
esses que não agüentam meia hora de pau nas delegacias,
sei que preciso de dim dim para ser o foda aqui no Brasil,
ou qualquer lugar que eu resolva rimar minhas nova poesia ,
não viajo de ser igual aos americanos e misturar o meus negócio com drogas,
nem critico cada, um busca a estrutura para colocar o seu negócio nas prateleiras da Galeria,
e nem vender para o consumidor que o idiota de brinco de plásticos acha que são os da classe merda alta,
ai o hip hop perde seu sentido na periferia,
não gosto da merdas que eles criam como regra,
rimo o que eu quiser e ninguém me controla,
não só porque um idiota que se acha o DJ que diz que dita moda,
tocando o que não reverte para ele como renda,
deixando a grana para o dono da casa que acha que o hip hop tá na moda,
só que o que faço não está , ao contrario ele dita,
para entender o que rimo os lokis vão ter que voltar pra escola,
e saber que ta hora da gente mandar,
e parar de ser empregados de os donos de gravadoras,
quero o dinheiro muito mais dos que vem de ONG,s,
lugar que muitos fracos se escondem,
implorando e sendo explorados por outros otários que querem nos fazer de otário,
por tudo isso ou muitos mais continuo a rimar,
e mando se fuder os que acham que sabem tudo do movimento ou a cultura,
e também desmascaro o poder daqueles que me querem na viatura,
a minha essência vem dos sentimentos de odiar injustiças.
Rapper Pirata

19:50 sabado 15/06/2007
http://www.rapperpirata.vox.com

7.5.07

A MANCHETE ESTÁ ERRADA, NÃO FOI O SHOW DO RACIONAIS QUE CAUSOU O TUMULTO; SIM O PODER PÚBLICO QUE ORGANIZOU A VIRADA CULTURAL.

ARapper Pirata

São Paulo, 07 de maio de 2007- A Virada Cultural termina em tumulto na Praca da Sé, capital paulista, na madrugada de domingo dia 06 de maio, por causa da uma briga de garotos pichadores e a policia militar, as cenas depois de bombas de lacrimogêneo, gás de pimenta e tiros de calibre do doze com balas de borracha mostrou a fragilidade do esquema de segurança oferecido aos paulistanos participantes do evento. Esse era o lead que tinha que ter sido veiculado em toda a mídia brasileira no domingo e segunda feira, e não o que atribuiu ao Racionais Mcs como culpados pelo incidente. Fica-me uma pergunta: Porquê? Racismo? Preconceito? Raíva? Ódio? Vingança? Muitos outros adjetivos, que a sociedade e a mídia diz não ter contra as pessoas e manifestações culturais vindas da periferia.
Quando você ouve ou lê as manchetes referentes ao caso, se tem à impressão que o Brown e companhia estimularam o quebra-quebra, passa-se logo a sensação que os marginais fizeram suas arruaças coordenadas pelo seu grande líder, destruindo o clima de paz e a festa que estava vivendo a cidade.
Os jornalistas que sonham em entrevistar o grupo escreveram suas matérias sem ouvir o outro lado, somente o lado do estado e da tal classe média, até ai sempre foi assim. O ruim são os prejuízos a imagem do Racionais, um dos grupos mais importantes da a cultura brasileira, vindo lá da fundão, queiram o não queria. Também ao movimento hip hop. Que de passagem não teve mesma importância dada á outros estilos da programação.
O poder público foi culpado pela confusão: Por não oferecer toda a segurança para população que estava no local; Por portar armas e atirar a esmo nos cidadãos convidados a virar a noite no centro da cidade; Por não ouvir e sim impor cultura que eles acham serem representantes da capital; Fica a pergunta: Onde estavam as escolas de samba? O forró que tocam nos botecos e lares da periferia? O funk que hoje leva muitos jovens para suas festa? Independente dos meus gostos musicais, a arte tem diversas manifestações que devem ser respeitadas e seu público também , que são os que pagaram a festa através de impostos.
O prefeito Gilberto Kassab, as secretarias envolvida com a Virada Cultural e a mídia devem desculpas ao Racionais Mcs. Lembrando que houve uma invasão no palco, por não haver grades de contenção, isso poderia colocar em risco a integridade dos artistas. Todos tem que pedir desculpas ao movimento Hip Hop e as pessoas que foram feridas com as balas de borracha e espancadas pelos representantes do estado que tinham armas, cassetes e escudos.
A cultura de violência não é promovida pelo Brown, pelo hip hop ou pela periferia. Sim por injustiças e desrespeitos com todos que pagam impostos seja dos Jardins ou dos moradores do bairro Cocaia zona sul da cidade.

Rapper Pirata
11-8216-2160

19.3.07

LUTA CONTRA O RACISMO

São Paulo, de março de 2007.

LUTA INTERCIONAL CONTRA O RACISMO.

Rapper pirata

Como vão todos?
Todos sabem que nesse 21 de março é o dia de Luta Contra o Racismo uma reivindicações internacional. A data foi elaborada para ONGs, empresa, governos, pessoas, ou melhor, em todos os lugares que se tem cidadãos se olharem nos olhos e respeitarem não só a si, mas o outro diferente: O humano de pele preta, branca, azul, amarela seja qual for sua cor.
Ah! Democracia coisa utópica
Nós hoje não podemos cometer os erros dos nossos ante-passados que se diziam perfeitos, por não verem além de seus narizes. Só que essa falsa realidade deles, fez o mundo ser lavado de sangue, o que ainda escorre por injustiças. A história grita para vermos como somos monstros quando queremos, manter uma raça, religião, política, doutrina, ordem e outras coisas que descrevem o tão sagrado poder. Eu poderia ficar pensando no que os livros, documentos e vídeos registraram sobre o nosso ódio pelo o outro. Sempre ignoramos a existência dele, um tipo como inferior, um objeto de carne osso. Nasceram para satisfazer nossos desejos diabólicos escondidos em nós, que achamos que pensamos e vivemos no mundo como ele é, e não temos a visão condicionada pelos que querem manter a dominação de milhões, de forma abstrata, não visível , não concreta.
-Você já refletiu alguma vez? Será que os povos que escravizaram outros povos tinham consciência, ou agiam como a regra era imposta? Então porquê mataram os que não acreditavam na forma de mundo que eles vivam, os que sabiam que o que diziam ser certo era nefastamente errado?
Não quero ficar aqui filosofando! Por não sentir-me tão capaz, para tanto.
Só que hoje você que está lendo esse texto está preocupado com o fim do mundo, com o aquecimento global, que fará aparecer muita mercadoria bio para vender? Deve até estar tomando mais Coca-cola, para ela dar dos milhões que arrecada dois centavos que vale a pena. Porra vale a pena!. Essa é a sua nova campanha publicitária que utiliza modelos negros para pedir, sua ajuda de consumo consciente, para ela dar os centavos as instituição que diz que ajuda? Não sou hipócrita, também bebo o refrigerante, não pela razão de sua propaganda, pelos trabalhadores da industria que ela emprega. A moda agora é marketing social, então vale tudo.
Mas eu ando nas ruas e ainda vejo homens pretos, mulheres brancas, crianças tentando viver, os não cidadãos distantes dessa sociedade perfeita. Não vejo nenhum meio de comunicação falar excessivamente do dia Internacional Contra o Racismo. Não muito, o ministro inglês Toni Blair pediu desculpa pela segunda vez pelos erros ingleses da escravidão. Os que construíram a nação estadusinense para manter o poder da coroa.
A lutar contra o racismo tem que ser todos os dias. Ae! Sem essa de dizer! Que gosta de pretos e pretas. Porque o racismo é valor de dominação de classe, não essa falácia totalmente excludente, você se acha o ser perfeito. Se precisa de muita ação verdadeiras dos movimentos, principalmente do hip hop. Acredito que a primordial é o reconhecer que não somos brancos como a neve e nem temos o poder que uma elite branca mantém.

Rapper Pirata
11-8216-2160
Autorizo a publicação com créditos devidos.

2.12.06

EU TAVA LÁ NA PARADA.

(Corrigido)
EU TAVA LÁ NA PARADA.
Rapper Pirata

São Paulo, 30/11/2006 - Eu tava lá na Parada. Assim é minha fala, sobre a maior manifestação anti-racismo realizada no estado de São Paulo, dia 20 de novembro de 2006. Sei que é passado. É que, em minha mente está presente os quase vinte mil rostos (quase porque era muita gente e nem quero valorizar os números da mídia), invisíveis durante o ano no Brasil. O encontro era para valorizar a consciência do povo, ampliando a percepção sobre o racismo construído para a limpeza genética dessa nação.
É eu tava lá. Talvez ignorados pelos que queriam o microfone e nem me virão vendendo cerveja, bêbado, morando na rua, sujo, de chinelo, de gravata, camiseta, sorrindo, drogado, sem rg, cic, fazendo som no atabaque, de bombeta, calça larga, mas nem ai pra eles. Eu tava junto com meus iguais. Será que era assim em Palmares, que teve Zumbi e nós? O erro de português presente em minhas frases tem a intenção de mostrar como pessoas que não tem acesso a políticas públicas e são dizimadas nas periferias e guetos tavam lá, marcando presença. Uns representantes nossos (acho) como movimentos chegam a até nos ignorar. Maldito voto! Esses deixam de realizarem durante o ano ações para nóis, que demos esse poder de articulação a eles, como poderiam transferir um pouquinho de conhecimento pá nois, né? Isso pra mim é confuso! Saber que a causa não é para maioria e sim micros maiorias!
Esses todos os rostos que vi e vejo, são os que expressão o pavor, quando soldados em viaturas param e pedem o rg. Ai, os de cinza ou apaisana lançam um bucado de droga nos seus bolsos e acabam destruindo suas vidas, aumentando o número dos jogados em buracos de celas. - Essa imagem é igual aos negros jogados para dentro de barcos negreiros, negaram aos africanos na situação de escravos seus rumos. Ou então... Atiram seus corpos sem alma dentro de matagais ocultando-os aos seus familiares. Ou vivem sem o documento de identidade, transformando-se em fantasmas de nomes falsos, não os dados pelos seus pais.
Nossa! Tem muita história, porque ter consciência é saber que o sistema de limpeza genética funciona, alienando o nosso saber de ancestralidade africana, nativa, e branca. Penso em nossas mulheres que vendem os seus lindos corpos em esquinas, e geram mais de nós, dando força a miscigenação cientifica de embranquecimento.
Eu tava lá! Acreditando que a causa da maioria não é algo para ser somente estudado por acadêmicos nossos, e sim pensada para o saber chegar a todos nois do gueto, periferia, interior, ruas e outros lugares que nos jogam. Eles querem manter seus poderes de elite branca unida, negando direitos e valorizando de forma abstrata a separação de um povo.
Digo sim as cotas de reparação e com juros.
Ai! Como eu quero fazer parte da história de um conjunto guerreiro, e não de esquecidos por uma memória sem consciência, que lembra só de uns. Salve Zumbi e o povo que resistiu em Palmares!

Rapper Pirata
82162160

24.11.06

http://www.firmaproducoes.com/modules.php?op=modload&name=News&file=article&sid=1288&mode=thread&order=0&thold=0
http://www.afropress.com/noticias_2.asp?id=873

TEXTOS E MATERIAS

http://beatz.uol.com.br/arquivo/index.php?itemid=29
http://www.ligazine.com.br/som/noticias/04_06_21.htm
http://www.epidemiaurbana.com.br/conteudo/entrevistas.asp?id=106
http://www.realhiphop.com.br/lancamentos/index_xandao02.htm
http://portalimprensa.uol.com.br/new_focaonline_data_view.asp?code=711http://www.overmundo.com.br/blogs/ata-xix-encontro-forum-hip-hop-e-o-poder-publico-municipal-sao-paulosp

9.9.06

Quero ser gente.

RAPPER PIRATA

SP 09/09/2006 - Nós do Fórum Hip Hop e Poder Público Municipal de SP fizemos um debate sobre o preconceito lá na Universidade de São Paulo (USP). O melhor momento foi falado pelo convidado Wellington que participa do Núcleo Cultural Força Ativa, ele disse: - Quero ser reconhecido como GENTE. É isso o que buscamos na luta racial diária deste país, que há quinhentos anos nega ser racista e preconceituoso; Quando alguém debate o assunto se transfere à ideologia racial para o que é a vitima, como ele fosse o próprio veneno que o mata. Ser gente é ter sua cidadania e seus costumes preservados sejam religiosos ou a forma do cabelo. E não ser considerado como algo agressivo ou inferior.
Nós pensamos com valores que nem sabemos de onde vem, eles nos fazem ter atitudes na vida concreta que elimina e ignora a existência da outra pessoa, que sempre vai ser vista como inferior, incapaz e etc... Elas só são percebidas quando moram dentro de favelas e presídios, ou temos que esconder o relógio ou bolsa de alguém na rua, são os estereótipos do mal que respirando, as eternas suspeitas. Representam o que chamamos de pessoas perigosas por que o poder e a riqueza do Brasil não pertencem a elas, vieram para serem escravas e trabalharem forçadas. Isso não sou eu que falo é a história que diz, não podemos ignorar.
Mas nossa vida fútil faz-nos ignorar esse tipo de debate. Aqui quando alguém pergunta a um brasileiro que se considera participante branco da sociedade, se ele é racista, a resposta é obvia não. Mas ai ele começa pensar e emenda suas opiniões, diz que o acha: que os próprios negros são racistas (sendo que a pior forma de racismo á ideológica por não ser percebida), que a política existente no país é para todos (somente no livros da constituição e não no dia a dia), que os verdadeiros donos do solo são os nativos (são eles, mas a discussão não é quem nasceu), que tem vários amigos e amigas: mulatas, Pelé, negrinhas, tição, moradora de favela (dizem como isso justificassem o não racismo) e muitas outras idéias que são racista só por pensar.
Sabemos que é difícil matar o opressor existente dentro de nós, mas temos que elimina-lo a todo segundo, nosso eterno exercício patriota - se isso for algo bom?, Respeitando o outro como gente. Saibam que é isso, que querem os que lutam pela eliminação do racismo no país. Casar, namorar, trabalhar e outras formas de convívio social entre povos é que há de melhor entre a gente quando é algo verdadeiro.

4.7.06

SITE OFICIAL

www.rapperpirata.com.br

ACESSEM

17.6.06

QUERIA APRENDER FAZER POESIA.

QUERIA APRENDER FAZER POESIA.

Eu queria aprender fazer poesia,
e todo mundo lêsse e ganhassem,
mais energia para viver a vida,
para estancar o corte da faca,
dada por causa da covardia,
que a droga faz outro ser a ter dada a punhalada,
por querer também a viagem para fugir da agônia,
assim preservaria um tumulo,
dava tempo de chegar a atrasada lenta viatura,
se eu soubesse fazer poesia,
quem sabe o muleque poderia ter um prato de comida,
e não vassourada dado para sair da calçada da tia,
mas eu não sei fazer poesia,
porque não se ensinar na escola da vida,
que me o mostra sorriso de uma velha abandona pela fámilia na via,
eu não ser falar atravês da métrica,
o amor que sinto pela vida,
e raiva de não conseguir meus direitos de cidadânia,
quem sabe um dia,
um dia entendam minha forma de fazer poesia.

Rapper Pirata

15.5.06

O HIP HOP NÃO É CÚMPLICE DA VIOLENCIA.

SP 15/05/2006- Eu Rapper Pirata peço a todos que fazem hip hop mandem email´s para jornais, revistas, rádios toda a comunicação brasileira declarações que o hip hop não é cúmplice da violência. Por que eles vão começar a veicular nossa cultura como causadora dos ataques das facções no Brasil, escrevendo que fazemos apologia ao crime. Deixando suas políticas mal direcionadas não serem percebidas pelos trabalhadores brasileiros. Políticas públicas que não cumprem a ação de acabar com injustiças nessa nação, desde que estupraram a primeira nativa nessa terra vermelha de sangue de nativos, escravos e trabalhadores.
O hip hop aprendendeu e entendeu como os ditos governantes tratam e direcionam o sentido do país. O movimento disse a cada morador de favela, cortiço, bairros, cadeia, palafita, bocas, ruas e outros lugares que eles são sufocados com desemprego, crime, prostituição, e muitas outras formas de violência, por que a distribuição de renda é concentrada por 10% da população dita branca. Essa tal elite não quer que o patrimônio dela não acabe nunca, ela se acha dona da cidade, do estado, da nação. O movimento hip hop deu voz e expressão a camarada pobre através do rap, graffite, break e dj, para protestarem contra os fabricantes de injustiças daqui. Quatro elementos que formam a cultura, não são os elementos ditos por um defensor desse estado, para justificar as mortes não investigadas todos os dias.
Para os ditos favorecidos dessa terra, não existe portador de deficiência, homossexuais, pretos, mulheres, nordestinos, favelados, presos, sem terras, moradores de rua, alcoólatras, dependentes químicos. Então um jornalista acomodado vai dizer que nós que cantamos, desenhamos, tocamos, dançamos o crime, por conveniência eleitoral dele; e porque ele ganha seu dinheiro como proletariado da informação, isso o faz tão privilegiado como o dono da mídia que ele escreve como intelectual. Ele nunca escreveu para todos que vivem no Brasil, só para uma classe média falida que acredita que o celular, carros e silicone são mais importantes que pagar o salário em dia de sua empregada domestica que é nossa mãe, a que luta por nós todos os dias, os bandidos para eles. Analisem como desenvolvem a trama de suas novelas que veram que não é um delírio meu.
Então entupa os e-mails de qualquer mídia para eles não transferirem o crédito dessas políticas preconceituosas para nós do movimento hip hop.
Deixe sua vaidade de como participa do movimento e faça essa ação. Para eles não transferirem os erros deles nossos inimigos para nós, que somos tão diferentes mais fazemos parte do mesmo movimento.

Rapper Pirata
8216-2160

SP -15/05/2006 –HORA10:58

9.5.06


MOÇÃO DE CENSURA AOS REPRESENTANTES DO GOVERNO MUNICIPAL
UM “DIALOGO” PÚBLICO
O diálogo do Poder Público Municipal com integrantes do Movimento Hip Hop é um fato que precisa ser valorizado, pois, dá sentido ao avanço da democracia participativa na cidade, algo que vai além de partidos e interesses excludentes.
Com esse saber, o Movimento Hip Hop buscou junto à administração municipal, fazer um diálogo que resulte em indicadores e propostas de políticas públicas para a juventude Paulistana, representada por Secretários e Subprefeitos.
Mas, a ausência do Poder Oficial no debate realizado no dia 25 de março de 2006, às 15 horas, na sala Paissandu, Galeria Olido, Rua São João, 473, causou uma grande frustração nas pessoas presentes. A imagem de desrespeito com os interesses das Políticas Públicas de Juventude, com o Hip Hop e com os/as jovens da periferia acabou aprofundando, principalmente pela confirmação antecipada da presença de representantes das Secretarias de Cultura, do Trabalho, de Participação e Parceria e dos SubPrefeitos de Itaquera, Penha e Ermelino Matarazzo.
A Prefeitura, representada pelos convidados, nem teve a preocupação de mandar assessores, representantes, secretárias, ajudantes, seja quem for, para justificar a ausência e servir ao menos de mensageiros das idéias e interesses nesses espaços gerados.
Todos os que estavam no auditório queriam discutir, conhecer e participar das ações destas Secretarias e Subprefeituras. Foi um momento propício de mostrar ao Movimento Hip Hop de base e à juventude paulistana, quais eram as ações da administração municipal, sobre as políticas, programas e projetos estratégicos, que não são de conhecimento da sociedade, passando desapercebidas mesmo as ações qualitativas.
Como a Prefeitura da principal cidade da América Latina, pode ser representada por uma assessoria voluntária, como a colombiana Keyllen Nieto? Ela fez parte da equipe da Coordenadoria de Juventude como mediadora do Fórum “Hip Hop e o Poder Público Municipal”, só que o então Secretário de Participação e Parceria, Gilberto Natalini também estava ausente, pessoa que teria muito mais representatividade e legitimidade para apresentar os posicionamentos de tal órgão público, principalmente sobre a forma em que se dá a participação e parceria dos jovens com o governo municipal.
Entendemos a importância da Coordenadoria da Juventude com a implantação do Fórum “Hip Hop e o Poder Público Municipal”, mas nós não queremos dedicar este espaço para discutir estrutura para shows, oficinas e eventos. Estamos reivindicando o direito e a necessidade de se estabelecer um diálogo para atuarmos na medida do possível, por meio de encontros temáticos, bate-papos e debates, na construção de Políticas Públicas voltadas para os jovens da cidade em suas diversas regiões e Subprefeituras da cidade, sob o olhar de quem mora ali e pretende construir possibilidades conjuntas de melhorar a nossa realidade.
Nós continuaremos a fazer a nossa parte do outro lado do diálogo. Esperamos que os representantes da Prefeitura da cidade de São Paulo percebam a importância do anterior diálogo, e não fiquem trancados dentro de suas salas esperando a próxima administração assumir tais tarefas, sem terem nada para apresentar à população que demanda atenção sincera e respeito com os processos construídos com muito esforço pela comunidade jovem do Hip Hop em conjunto com uma gestão competente, honesta, democrática como a da Coordenadora Geral, Luciana Guimarães.
Portanto,
SE FAZ URGENTE, EM PRIMEIRO LUGAR,
A NOMEAÇÃO DOS INTERLOCUTORES (COORDENADOR GERAL E ASSESSORES)
VÁLIDOS NA COORDENADORIA DA JUVENTUDE,
E POR FIM, ENCERRAR ESTA ETAPA DE TRANSIÇÃO
QUE JÁ SE PROLONGOU O BASTANTE (grifo nosso).
Apreciamos a sua amável atenção e esperamos contar com a sua pronta resposta às nossas inquietudes.

7.5.06



RAPPER PIRATA, RAPPER ASPIRINA E DJ PEC JAY - FORUM HIP E O PODER PUBLICO MUNICIPAL DE SAO PAULO - MARÇO 2006

RAPPER DANIEL - RAPPER PIRATA -FORUM HIP E O PODER PUBLICO MUNICIPAL DE SAO PAULO - MARÇO 2006