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Autor: Rapper Pirata
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São Paulo, 03 de abril de 2011
O Movimento Hip Hop é uma da maiores forças políticas do país, ele vai além do que muitos partidos políticos pretendem como a população brasileira. Logico que sua mobilizações politica do movimento causa estranhamento a muitos há anos, porque elas não são únicas. Diversos partidos políticos tentaram sistematiza-las, algo sempre difícil para eles sendo que seus interesses são somente de ampliação em época de eleição. O tempo de urna passa, ai, a a farsa de alguns políticos se desconstroem rapidamente; Seus tempos de suas amnésias fazem esquecer as pessoas que são a base do hip hop brasileiro, moradores da periferia. Esse tipo de ações só muda de cor e sigla.
É... Hoje promessas vazias de 'revolução kit lanche' já não pega, por razão dos envolvidos e construtores do hip hop estarem querendo além “ Ser feliz na favela que nasci”, frase pertencente a outro estilo que os 'burrogratas' da lei confundem com o hip hop. Além que o preconceituoso sempre iguala os indivíduos que pretendem controlar. Para conseguir apoio político hoje com hip hop tem sair de promessas, e partir a praticas concretas de interesses horizontais, sem o lance piramidal. Cada agrupamento de hip hopers está procurando negociar suas questões com igualdade, apartir de suas subjetividades com a realidade que pretendem transformar, seja artística como de suas comunidades.
O hip hop é tão grande que todos os segmentos políticos e culturais estão inseridos nele, porque a base é a construção da emancipação humana, sempre combatendo o racismo e preconceitos em suas forma perversas. Seja fóruns, posses, grupos todos discutem e analisam questões de genero, educação, politicas públicas, entretenimento, moradia, mídia, sistema politico, artes, culturas entre diversas questões de cada localidade que encontram-se. Esses grupos de pessoas utilizam o hip hop como ferramenta de sua manifestações e também o vivem, como filosofia de vida.
Durante todos esses anos que hip hop está no Brasil, há uma revolução através da auto estima, todos que o compreende deixam de ser controlados, para buscarem alternativas de controlar suas vidas.; Hoje temos fenômenos artísticos, jornalistas, intelectuais, historiadores, agentes educacionais, ativistas, auto didatas, professores, modelos, escritores, literários, poetas, políticos, atores, autores entre outras áreas do conhecimento humano.
Então o próprio movimento está procurando formas de conexões desses diversos grupos espalhados pelo pais, na busca de haver algumas ações conjuntas, sem querer faze-lo do movimento estudantil de classe média de 1970. Lógico que há sua importância política no país deste movimento, que não se pode ser ignorado. È 'tru', ´so que tem muito sal no moio' ! Muitos que dizem-se lutadores pela liberdade da nação, hoje são políticos com gerencia no estado e permitem a tortura de pobres em 'corrós' de delegacias e presídio, aumentam a população carcerária e continuam praticando o genocídio da juventude negra.
O movimento Hip Hop é um dos mais importantes do país, por ser construídos por irmãos e irmãs dos guetos e periferia.
(Pode publica com credito da fonte, grato!)
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Semana do Hip Hop estimula debates
Por Vivian Giuzio (@viviangiuzio)
Fotos: divulgação
Este mês tivemos uma das maiores ações voltadas para a cultura Hip Hop no Brasil. A 1ªSemana do Hip Hop, que aconteceu em São Paulo, de 13 a 20 de março e reuniu grandes figuras do movimento, periferia e governo, para discutir o tema “O Combate a Violência Contra os Jovens Negros”.
O desdobramento do debate tem como base oito eixos: Difundir o Hip Hop; Elaborar políticas públicas de juventude; Inserir o Hip Hop como tema transversal da educação; Combater a discriminação de gênero; Organizar uma agenda do Hip Hop na cidade; Combater a discriminação racial; Atuar contra a violência policial e Debater geração de emprego e renda.
O evento é uma parceria do Forúm de Hip Hop Municipal SP com a Prefeitura de São Paulo, representada pelas secretarias de Cultura, Educação e Participação Parceira. Durante a Semana do Hip Hop, foram realizadas inúmeras atrações, entre elas, apresentações artísticas, oficinas, workshops e a participação especial do rapper Emicida.
Para saber um pouco mais sobre a importância desta semana, o MídiAtiva conversou com um dos responsáveis pela realização do evento, André Luiz dos Santos, mais conhecido como Rapper Pirata, do Fórum do Hip Hop Municipal de São Paulo.
MA – A Semana do Hip Hop 2011 é uma grande conquista este ano. Por que este evento é tão importante para o movimento?
Rapper Pirata – Porque o Fórum de Hip Hop Municipal SP, que é formado por vários coletivos do movimento, buscou fazer a administração de uma das maiores metrópoles do mundo executar uma lei que beneficia pessoas da periferia e guetos.
MA – De que forma a Semana do Hip Hop pretende influenciar os principais órgãos e a sociedade?
Rapper Pirata – Então, se discute muito de poder público dialogando com a sociedade civil. Aí nós da periferia (sic) estamos fazendo essa parada ser real, que várias vezes é muito conflitante, mas sem intervenções de cima para baixo. Aprendemos na prática que a democracia somente poder ser realizada a partir de interesses coletivos.
MA – Quais foram os principais temas debatidos durante o evento?
Rapper Pirata – Nossa discussão principal é o genocídio da juventude negra e da periferia, com subtemas: gênero, racismo, drogas, segurança pública, políticas públicas, história do hip hop e transformações que o movimento vem realizando no país.
MA – Como estas questões sociais são abordadas e de que forma influenciam na conscientização das pessoas?
Rapper Pirata – Nosso lance é dialogar com os nossos, não partirmos de que somos donos do saber, mas construímos juntos. Simples assim.
MA – Quais resultados vocês esperam alcançar com a Semana do Hip Hop?
Rapper Pirata – Então, não vamos somente dialogar. Vamos documentar toda a semana do hip hop em vídeos e textos para outros terem acesso, para não ficar a ideia de somente ficarmos falando. Porque as discussões são sérias e muitos dos nossos estão apenados, mortos ou jogados nas ruas.
MA – Além das atrações já divulgadas, qual outro grande destaque da programação?
Rapper Pirata – A maior atração é o Movimento Hip Hop. A Semana é para valorizar todos que fazem parte e gostam do Hip Hop e seus elementos.
MA – A cultura do Hip Hop é uma das principais vertentes de diálogo entre a comunidade e órgãos governamentais, com a abordagem de temas importantes. Você acredita que esta relação é fundamental para obter conquistas sociais?
Rapper Pirata – O movimento vem transformando a sociedade brasileira oriunda da periferia. Estamos em todos os locais, existem milhares de histórias de muitos que deixaram o crime por causa do hip hop, é isso que está presente nas letras. Superação e não apologias. Lutamos contra o sistema político que se orgulha de ter pessoas apenadas, entre mais ou menos 7 mil crianças e adolescentes. Será que a escravidão acabou com a Lei Áurea?
MA – O Forúm Hip Hop Municipal de São Paulo é um canal de comunicação importante para o movimento. Além da Semana do Hip Hop, quais são as outras ações desenvolvidas pelo Forúm?
Rapper Pirata – Temos oito eixos como bases para nossas ações: Difundir o Hip Hop, Elaborar políticas públicas de juventude; Inserir o Hip Hop como tema transversal da educação; Combater a discriminação de gênero; Organizar uma agenda do Hip Hop na cidade, Combater a discriminação racial, Atuar contra a violência policial, Debater geração de emprego e renda.
MA – Alguns pilares foram essenciais para a consolidação da cultura Hip Hop. Entre eles, estão o rap, o Dj, o breakdance, o grafite e a moda. Como você vê a importância destes pilares na formação de estilo do movimento?
Rapper Pirata – O hip hop é fenômeno porque ele mudou o mundo trazendo a vida das ruas para todas as artes humanas. Veja que o Movimento são quatros elementos que se falam: dança, artes plásticas, música e poesia, mas tudo partindo do novo, e sua essência é a vida de seus artistas. A vida real.
MA – Como você enxerga o Movimento hoje, no Brasil?
Rapper Pirata – Hoje estamos num bom momento porque quem faz o hip hop são os mesmos que o promovem. Não estamos mais atrás de gravadoras ou mídia, fazemos do nosso jeito. Agora não dá para ficar analisando pela mídia, porque ela ignora o movimento. E a mídia é para falar da vida da classe média alta, não da população brasileira que está quase em sua totalidade morando na periferia.
MA – São Paulo é considerada o berço do Hip Hop brasileiro. A cultura Hip Hop é mais forte hoje do que quando surgiu? Como você vê a força desse movimento em São Paulo?
Rapper Pirata – Consideramos São Paulo a capital do Hip Hop no Brasil. Isso não tem muita importância, o que importa é que o Hip Hop está no país inteiro, com diversos grupos de pessoas transformando suas vidas e suas localidades. O mais importante é saber que pessoas diferentes utilizam o movimento para se comunicar, fazer política, educar, divertir-se, viver uma filosofia de vida diferente da ariana.
E somos foda porque existe uma pá (sic) de Semana de Hip Hop como lei em várias cidades, fóruns, eventos, sites, vídeos. O barato está grande demais. Tudo feito por pessoas dos guetos e periferia. Quem sabe vamos querer uma (semana) nacional!
Fórum Hip Hop Municipal SP
Criado em 2005, o fórum é espaço e canal de diálogo entre os jovens do Movimento Hip Hop e as representações da administração pública Municipal. Tem como objetivo discutir políticas públicas e criar critérios públicos que direcionem a relação entre o poder público e os jovens, garantindo que não haja privilégios de uns em detrimento de outros setores.
Cultura Hip Hop
O movimento Hip Hop surgiu na década de 1970, nas áreas centrais de comunidades jamaicanas, latinas e afro-americanas da cidade de Nova Iorque. Afrika Bambaataa, reconhecido como o criador oficial do movimento, estabeleceu quatro pilares essenciais na cultura Hip Hop: o rap, o DJing, a breakdance e a escrita do grafite. No Brasil, a cidade de São Paulo é considerada o berço do Hip Hop, onde a cultura surgiu com força total em 1980.