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2.12.06

EU TAVA LÁ NA PARADA.

(Corrigido)
EU TAVA LÁ NA PARADA.
Rapper Pirata

São Paulo, 30/11/2006 - Eu tava lá na Parada. Assim é minha fala, sobre a maior manifestação anti-racismo realizada no estado de São Paulo, dia 20 de novembro de 2006. Sei que é passado. É que, em minha mente está presente os quase vinte mil rostos (quase porque era muita gente e nem quero valorizar os números da mídia), invisíveis durante o ano no Brasil. O encontro era para valorizar a consciência do povo, ampliando a percepção sobre o racismo construído para a limpeza genética dessa nação.
É eu tava lá. Talvez ignorados pelos que queriam o microfone e nem me virão vendendo cerveja, bêbado, morando na rua, sujo, de chinelo, de gravata, camiseta, sorrindo, drogado, sem rg, cic, fazendo som no atabaque, de bombeta, calça larga, mas nem ai pra eles. Eu tava junto com meus iguais. Será que era assim em Palmares, que teve Zumbi e nós? O erro de português presente em minhas frases tem a intenção de mostrar como pessoas que não tem acesso a políticas públicas e são dizimadas nas periferias e guetos tavam lá, marcando presença. Uns representantes nossos (acho) como movimentos chegam a até nos ignorar. Maldito voto! Esses deixam de realizarem durante o ano ações para nóis, que demos esse poder de articulação a eles, como poderiam transferir um pouquinho de conhecimento pá nois, né? Isso pra mim é confuso! Saber que a causa não é para maioria e sim micros maiorias!
Esses todos os rostos que vi e vejo, são os que expressão o pavor, quando soldados em viaturas param e pedem o rg. Ai, os de cinza ou apaisana lançam um bucado de droga nos seus bolsos e acabam destruindo suas vidas, aumentando o número dos jogados em buracos de celas. - Essa imagem é igual aos negros jogados para dentro de barcos negreiros, negaram aos africanos na situação de escravos seus rumos. Ou então... Atiram seus corpos sem alma dentro de matagais ocultando-os aos seus familiares. Ou vivem sem o documento de identidade, transformando-se em fantasmas de nomes falsos, não os dados pelos seus pais.
Nossa! Tem muita história, porque ter consciência é saber que o sistema de limpeza genética funciona, alienando o nosso saber de ancestralidade africana, nativa, e branca. Penso em nossas mulheres que vendem os seus lindos corpos em esquinas, e geram mais de nós, dando força a miscigenação cientifica de embranquecimento.
Eu tava lá! Acreditando que a causa da maioria não é algo para ser somente estudado por acadêmicos nossos, e sim pensada para o saber chegar a todos nois do gueto, periferia, interior, ruas e outros lugares que nos jogam. Eles querem manter seus poderes de elite branca unida, negando direitos e valorizando de forma abstrata a separação de um povo.
Digo sim as cotas de reparação e com juros.
Ai! Como eu quero fazer parte da história de um conjunto guerreiro, e não de esquecidos por uma memória sem consciência, que lembra só de uns. Salve Zumbi e o povo que resistiu em Palmares!

Rapper Pirata
82162160

24.11.06

http://www.firmaproducoes.com/modules.php?op=modload&name=News&file=article&sid=1288&mode=thread&order=0&thold=0
http://www.afropress.com/noticias_2.asp?id=873

TEXTOS E MATERIAS

http://beatz.uol.com.br/arquivo/index.php?itemid=29
http://www.ligazine.com.br/som/noticias/04_06_21.htm
http://www.epidemiaurbana.com.br/conteudo/entrevistas.asp?id=106
http://www.realhiphop.com.br/lancamentos/index_xandao02.htm
http://portalimprensa.uol.com.br/new_focaonline_data_view.asp?code=711http://www.overmundo.com.br/blogs/ata-xix-encontro-forum-hip-hop-e-o-poder-publico-municipal-sao-paulosp

9.9.06

Quero ser gente.

RAPPER PIRATA

SP 09/09/2006 - Nós do Fórum Hip Hop e Poder Público Municipal de SP fizemos um debate sobre o preconceito lá na Universidade de São Paulo (USP). O melhor momento foi falado pelo convidado Wellington que participa do Núcleo Cultural Força Ativa, ele disse: - Quero ser reconhecido como GENTE. É isso o que buscamos na luta racial diária deste país, que há quinhentos anos nega ser racista e preconceituoso; Quando alguém debate o assunto se transfere à ideologia racial para o que é a vitima, como ele fosse o próprio veneno que o mata. Ser gente é ter sua cidadania e seus costumes preservados sejam religiosos ou a forma do cabelo. E não ser considerado como algo agressivo ou inferior.
Nós pensamos com valores que nem sabemos de onde vem, eles nos fazem ter atitudes na vida concreta que elimina e ignora a existência da outra pessoa, que sempre vai ser vista como inferior, incapaz e etc... Elas só são percebidas quando moram dentro de favelas e presídios, ou temos que esconder o relógio ou bolsa de alguém na rua, são os estereótipos do mal que respirando, as eternas suspeitas. Representam o que chamamos de pessoas perigosas por que o poder e a riqueza do Brasil não pertencem a elas, vieram para serem escravas e trabalharem forçadas. Isso não sou eu que falo é a história que diz, não podemos ignorar.
Mas nossa vida fútil faz-nos ignorar esse tipo de debate. Aqui quando alguém pergunta a um brasileiro que se considera participante branco da sociedade, se ele é racista, a resposta é obvia não. Mas ai ele começa pensar e emenda suas opiniões, diz que o acha: que os próprios negros são racistas (sendo que a pior forma de racismo á ideológica por não ser percebida), que a política existente no país é para todos (somente no livros da constituição e não no dia a dia), que os verdadeiros donos do solo são os nativos (são eles, mas a discussão não é quem nasceu), que tem vários amigos e amigas: mulatas, Pelé, negrinhas, tição, moradora de favela (dizem como isso justificassem o não racismo) e muitas outras idéias que são racista só por pensar.
Sabemos que é difícil matar o opressor existente dentro de nós, mas temos que elimina-lo a todo segundo, nosso eterno exercício patriota - se isso for algo bom?, Respeitando o outro como gente. Saibam que é isso, que querem os que lutam pela eliminação do racismo no país. Casar, namorar, trabalhar e outras formas de convívio social entre povos é que há de melhor entre a gente quando é algo verdadeiro.

4.7.06

SITE OFICIAL

www.rapperpirata.com.br

ACESSEM

17.6.06

QUERIA APRENDER FAZER POESIA.

QUERIA APRENDER FAZER POESIA.

Eu queria aprender fazer poesia,
e todo mundo lêsse e ganhassem,
mais energia para viver a vida,
para estancar o corte da faca,
dada por causa da covardia,
que a droga faz outro ser a ter dada a punhalada,
por querer também a viagem para fugir da agônia,
assim preservaria um tumulo,
dava tempo de chegar a atrasada lenta viatura,
se eu soubesse fazer poesia,
quem sabe o muleque poderia ter um prato de comida,
e não vassourada dado para sair da calçada da tia,
mas eu não sei fazer poesia,
porque não se ensinar na escola da vida,
que me o mostra sorriso de uma velha abandona pela fámilia na via,
eu não ser falar atravês da métrica,
o amor que sinto pela vida,
e raiva de não conseguir meus direitos de cidadânia,
quem sabe um dia,
um dia entendam minha forma de fazer poesia.

Rapper Pirata

15.5.06

O HIP HOP NÃO É CÚMPLICE DA VIOLENCIA.

SP 15/05/2006- Eu Rapper Pirata peço a todos que fazem hip hop mandem email´s para jornais, revistas, rádios toda a comunicação brasileira declarações que o hip hop não é cúmplice da violência. Por que eles vão começar a veicular nossa cultura como causadora dos ataques das facções no Brasil, escrevendo que fazemos apologia ao crime. Deixando suas políticas mal direcionadas não serem percebidas pelos trabalhadores brasileiros. Políticas públicas que não cumprem a ação de acabar com injustiças nessa nação, desde que estupraram a primeira nativa nessa terra vermelha de sangue de nativos, escravos e trabalhadores.
O hip hop aprendendeu e entendeu como os ditos governantes tratam e direcionam o sentido do país. O movimento disse a cada morador de favela, cortiço, bairros, cadeia, palafita, bocas, ruas e outros lugares que eles são sufocados com desemprego, crime, prostituição, e muitas outras formas de violência, por que a distribuição de renda é concentrada por 10% da população dita branca. Essa tal elite não quer que o patrimônio dela não acabe nunca, ela se acha dona da cidade, do estado, da nação. O movimento hip hop deu voz e expressão a camarada pobre através do rap, graffite, break e dj, para protestarem contra os fabricantes de injustiças daqui. Quatro elementos que formam a cultura, não são os elementos ditos por um defensor desse estado, para justificar as mortes não investigadas todos os dias.
Para os ditos favorecidos dessa terra, não existe portador de deficiência, homossexuais, pretos, mulheres, nordestinos, favelados, presos, sem terras, moradores de rua, alcoólatras, dependentes químicos. Então um jornalista acomodado vai dizer que nós que cantamos, desenhamos, tocamos, dançamos o crime, por conveniência eleitoral dele; e porque ele ganha seu dinheiro como proletariado da informação, isso o faz tão privilegiado como o dono da mídia que ele escreve como intelectual. Ele nunca escreveu para todos que vivem no Brasil, só para uma classe média falida que acredita que o celular, carros e silicone são mais importantes que pagar o salário em dia de sua empregada domestica que é nossa mãe, a que luta por nós todos os dias, os bandidos para eles. Analisem como desenvolvem a trama de suas novelas que veram que não é um delírio meu.
Então entupa os e-mails de qualquer mídia para eles não transferirem o crédito dessas políticas preconceituosas para nós do movimento hip hop.
Deixe sua vaidade de como participa do movimento e faça essa ação. Para eles não transferirem os erros deles nossos inimigos para nós, que somos tão diferentes mais fazemos parte do mesmo movimento.

Rapper Pirata
8216-2160

SP -15/05/2006 –HORA10:58

9.5.06


MOÇÃO DE CENSURA AOS REPRESENTANTES DO GOVERNO MUNICIPAL
UM “DIALOGO” PÚBLICO
O diálogo do Poder Público Municipal com integrantes do Movimento Hip Hop é um fato que precisa ser valorizado, pois, dá sentido ao avanço da democracia participativa na cidade, algo que vai além de partidos e interesses excludentes.
Com esse saber, o Movimento Hip Hop buscou junto à administração municipal, fazer um diálogo que resulte em indicadores e propostas de políticas públicas para a juventude Paulistana, representada por Secretários e Subprefeitos.
Mas, a ausência do Poder Oficial no debate realizado no dia 25 de março de 2006, às 15 horas, na sala Paissandu, Galeria Olido, Rua São João, 473, causou uma grande frustração nas pessoas presentes. A imagem de desrespeito com os interesses das Políticas Públicas de Juventude, com o Hip Hop e com os/as jovens da periferia acabou aprofundando, principalmente pela confirmação antecipada da presença de representantes das Secretarias de Cultura, do Trabalho, de Participação e Parceria e dos SubPrefeitos de Itaquera, Penha e Ermelino Matarazzo.
A Prefeitura, representada pelos convidados, nem teve a preocupação de mandar assessores, representantes, secretárias, ajudantes, seja quem for, para justificar a ausência e servir ao menos de mensageiros das idéias e interesses nesses espaços gerados.
Todos os que estavam no auditório queriam discutir, conhecer e participar das ações destas Secretarias e Subprefeituras. Foi um momento propício de mostrar ao Movimento Hip Hop de base e à juventude paulistana, quais eram as ações da administração municipal, sobre as políticas, programas e projetos estratégicos, que não são de conhecimento da sociedade, passando desapercebidas mesmo as ações qualitativas.
Como a Prefeitura da principal cidade da América Latina, pode ser representada por uma assessoria voluntária, como a colombiana Keyllen Nieto? Ela fez parte da equipe da Coordenadoria de Juventude como mediadora do Fórum “Hip Hop e o Poder Público Municipal”, só que o então Secretário de Participação e Parceria, Gilberto Natalini também estava ausente, pessoa que teria muito mais representatividade e legitimidade para apresentar os posicionamentos de tal órgão público, principalmente sobre a forma em que se dá a participação e parceria dos jovens com o governo municipal.
Entendemos a importância da Coordenadoria da Juventude com a implantação do Fórum “Hip Hop e o Poder Público Municipal”, mas nós não queremos dedicar este espaço para discutir estrutura para shows, oficinas e eventos. Estamos reivindicando o direito e a necessidade de se estabelecer um diálogo para atuarmos na medida do possível, por meio de encontros temáticos, bate-papos e debates, na construção de Políticas Públicas voltadas para os jovens da cidade em suas diversas regiões e Subprefeituras da cidade, sob o olhar de quem mora ali e pretende construir possibilidades conjuntas de melhorar a nossa realidade.
Nós continuaremos a fazer a nossa parte do outro lado do diálogo. Esperamos que os representantes da Prefeitura da cidade de São Paulo percebam a importância do anterior diálogo, e não fiquem trancados dentro de suas salas esperando a próxima administração assumir tais tarefas, sem terem nada para apresentar à população que demanda atenção sincera e respeito com os processos construídos com muito esforço pela comunidade jovem do Hip Hop em conjunto com uma gestão competente, honesta, democrática como a da Coordenadora Geral, Luciana Guimarães.
Portanto,
SE FAZ URGENTE, EM PRIMEIRO LUGAR,
A NOMEAÇÃO DOS INTERLOCUTORES (COORDENADOR GERAL E ASSESSORES)
VÁLIDOS NA COORDENADORIA DA JUVENTUDE,
E POR FIM, ENCERRAR ESTA ETAPA DE TRANSIÇÃO
QUE JÁ SE PROLONGOU O BASTANTE (grifo nosso).
Apreciamos a sua amável atenção e esperamos contar com a sua pronta resposta às nossas inquietudes.

7.5.06



RAPPER PIRATA, RAPPER ASPIRINA E DJ PEC JAY - FORUM HIP E O PODER PUBLICO MUNICIPAL DE SAO PAULO - MARÇO 2006

RAPPER DANIEL - RAPPER PIRATA -FORUM HIP E O PODER PUBLICO MUNICIPAL DE SAO PAULO - MARÇO 2006


DJ PEC JAY -FORUM HIP E O PODER PUBLICO MUNICIPAL DE SAO PAULO - MARÇO 2006


DIA DA CONSCIENCIA NEGRA CIDADE TIRADENTES 2006
RAPPER ASPIRINA - DIA DA CONSCIENCIA NEGRA CIDADE TIRADENTES 2005


DIA DA CONSCIENCIA NEGRA 2005 NA CIDA DE TIRADENTES

23.4.06

RAPPER PIRATA


Release: CD TRIUNFO

DA BOCA DO LIXO AO TRINFO



Após dez anos participando da cena hip-hop paulistana, rapper Pirata lança o seu primeiro álbum com o sugestivo título “Triunfo”. São 13 faixas onde se encontra desde o rap tradicional até sons que mesclam elementos da black music com experimentos eletrônicos e piano.

Compositor de todas as rimas, Pirata, no entanto, não está sozinho, em sua estréia fonográfica chega acompanhado dos rappers Clayton Aspirina e Daniel Gordo.

“Há três anos juntamos as nossas forças e em grupo passamos a nos apresentar pela periferia”, diz Aspirina. “Este álbum é uma conseqüência desses shows, pois o público sempre perguntava quando lançaríamos o nosso CD”, complementa Daniel.

Trabalho independente, com produção do rapper Jamal, Triunfo – além de significar vitória também é o nome de uma rua do centro de São Paulo, muitas vezes citada nos noticiários policiais, foi onde Pirata passou a sua adolescência e viu surgir em 1990 a “Cracolândia”.

Dividindo a Rua do Triunfo com prostituas, viciados em crack, mendigos, bêbados e traficantes, apesar de não ter se contaminado nesse submundo, essa convivência deixaria marcas profundas em sua arte, é o que podemos observar nas faixas: Malandragem, Crack, Brinquedo, Gaby Gabriela e Contaminação.

Como nem tudo é dor, a faixa Bem Vindos a uma Noite Paulistana traz um balanço envolvente e a participação vocal de Klaudjah. Em Brinquedo e A Arte é a vez das Pretas Duet emprestarem as suas vozes.

Invertendo a lógica em que primeiro se grava o CD e só depois o videoclipe, há cinco anos Pirata emplacou o clipe da música Garotos e o Crime na MTV. Outro triunfo: sobrevivendo na margem onde os índices da Violência e da Educação condenam, em 2000, o rapper se formou em Jornalismo.




Contato: E-mail: rappirata@pop.com.br – Fones: 8216-2160 (Pirata) 3984-9188 (Aspirina).
Endereço: Rua Brigadeiro Galvão, 39 cj. 3

São Paulo – SP – Cep 01151-000