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3.4.11

MidiAtiva

MidiAtiva

Semana do Hip Hop estimula debates


Por Vivian Giuzio (@viviangiuzio)


Fotos: divulgação


Este mês tivemos uma das maiores ações voltadas para a cultura Hip Hop no Brasil. A 1ªSemana do Hip Hop, que aconteceu em São Paulo, de 13 a 20 de março e reuniu grandes figuras do movimento, periferia e governo, para discutir o tema “O Combate a Violência Contra os Jovens Negros”.


O desdobramento do debate tem como base oito eixos: Difundir o Hip Hop; Elaborar políticas públicas de juventude; Inserir o Hip Hop como tema transversal da educação; Combater a discriminação de gênero; Organizar uma agenda do Hip Hop na cidade; Combater a discriminação racial; Atuar contra a violência policial e Debater geração de emprego e renda.


O evento é uma parceria do Forúm de Hip Hop Municipal SP com a Prefeitura de São Paulo, representada pelas secretarias de Cultura, Educação e Participação Parceira. Durante a Semana do Hip Hop, foram realizadas inúmeras atrações, entre elas, apresentações artísticas, oficinas, workshops e a participação especial do rapper Emicida.


Para saber um pouco mais sobre a importância desta semana, o MídiAtiva conversou com um dos responsáveis pela realização do evento, André Luiz dos Santos, mais conhecido como Rapper Pirata, do Fórum do Hip Hop Municipal de São Paulo.
MA – A Semana do Hip Hop 2011 é uma grande conquista este ano. Por que este evento é tão importante para o movimento?


Rapper Pirata – Porque o Fórum de Hip Hop Municipal SP, que é formado por vários coletivos do movimento, buscou fazer a administração de uma das maiores metrópoles do mundo executar uma lei que beneficia pessoas da periferia e guetos.


MA – De que forma a Semana do Hip Hop pretende influenciar os principais órgãos e a sociedade?


Rapper Pirata – Então, se discute muito de poder público dialogando com a sociedade civil. Aí nós da periferia (sic) estamos fazendo essa parada ser real, que várias vezes é muito conflitante, mas sem intervenções de cima para baixo. Aprendemos na prática que a democracia somente poder ser realizada a partir de interesses coletivos.


MA – Quais foram os principais temas debatidos durante o evento?


Rapper Pirata – Nossa discussão principal é o genocídio da juventude negra e da periferia, com subtemas: gênero, racismo, drogas, segurança pública, políticas públicas, história do hip hop e transformações que o movimento vem realizando no país.


MA – Como estas questões sociais são abordadas e de que forma influenciam na conscientização das pessoas?


Rapper Pirata – Nosso lance é dialogar com os nossos, não partirmos de que somos donos do saber, mas construímos juntos. Simples assim.


MA – Quais resultados vocês esperam alcançar com a Semana do Hip Hop?


Rapper Pirata – Então, não vamos somente dialogar. Vamos documentar toda a semana do hip hop em vídeos e textos para outros terem acesso, para não ficar a ideia de somente ficarmos falando. Porque as discussões são sérias e muitos dos nossos estão apenados, mortos ou jogados nas ruas.


MA – Além das atrações já divulgadas, qual outro grande destaque da programação?


Rapper Pirata – A maior atração é o Movimento Hip Hop. A Semana é para valorizar todos que fazem parte e gostam do Hip Hop e seus elementos.


MA – A cultura do Hip Hop é uma das principais vertentes de diálogo entre a comunidade e órgãos governamentais, com a abordagem de temas importantes. Você acredita que esta relação é fundamental para obter conquistas sociais?


Rapper Pirata – O movimento vem transformando a sociedade brasileira oriunda da periferia. Estamos em todos os locais, existem milhares de histórias de muitos que deixaram o crime por causa do hip hop, é isso que está presente nas letras. Superação e não apologias. Lutamos contra o sistema político que se orgulha de ter pessoas apenadas, entre mais ou menos 7 mil crianças e adolescentes. Será que a escravidão acabou com a Lei Áurea?


MA – O Forúm Hip Hop Municipal de São Paulo é um canal de comunicação importante para o movimento. Além da Semana do Hip Hop, quais são as outras ações desenvolvidas pelo Forúm?


Rapper Pirata – Temos oito eixos como bases para nossas ações: Difundir o Hip Hop, Elaborar políticas públicas de juventude; Inserir o Hip Hop como tema transversal da educação; Combater a discriminação de gênero; Organizar uma agenda do Hip Hop na cidade, Combater a discriminação racial, Atuar contra a violência policial, Debater geração de emprego e renda.


MA – Alguns pilares foram essenciais para a consolidação da cultura Hip Hop. Entre eles, estão o rap, o Dj, o breakdance, o grafite e a moda. Como você vê a importância destes pilares na formação de estilo do movimento?


Rapper Pirata – O hip hop é fenômeno porque ele mudou o mundo trazendo a vida das ruas para todas as artes humanas. Veja que o Movimento são quatros elementos que se falam: dança, artes plásticas, música e poesia, mas tudo partindo do novo, e sua essência é a vida de seus artistas. A vida real.


MA – Como você enxerga o Movimento hoje, no Brasil?


Rapper Pirata – Hoje estamos num bom momento porque quem faz o hip hop são os mesmos que o promovem. Não estamos mais atrás de gravadoras ou mídia, fazemos do nosso jeito. Agora não dá para ficar analisando pela mídia, porque ela ignora o movimento. E a mídia é para falar da vida da classe média alta, não da população brasileira que está quase em sua totalidade morando na periferia.


MA – São Paulo é considerada o berço do Hip Hop brasileiro. A cultura Hip Hop é mais forte hoje do que quando surgiu? Como você vê a força desse movimento em São Paulo?


Rapper Pirata – Consideramos São Paulo a capital do Hip Hop no Brasil. Isso não tem muita importância, o que importa é que o Hip Hop está no país inteiro, com diversos grupos de pessoas transformando suas vidas e suas localidades. O mais importante é saber que pessoas diferentes utilizam o movimento para se comunicar, fazer política, educar, divertir-se, viver uma filosofia de vida diferente da ariana.


E somos foda porque existe uma pá (sic) de Semana de Hip Hop como lei em várias cidades, fóruns, eventos, sites, vídeos. O barato está grande demais. Tudo feito por pessoas dos guetos e periferia. Quem sabe vamos querer uma (semana) nacional!


Fórum Hip Hop Municipal SP


Criado em 2005, o fórum é espaço e canal de diálogo entre os jovens do Movimento Hip Hop e as representações da administração pública Municipal. Tem como objetivo discutir políticas públicas e criar critérios públicos que direcionem a relação entre o poder público e os jovens, garantindo que não haja privilégios de uns em detrimento de outros setores.


Cultura Hip Hop


O movimento Hip Hop surgiu na década de 1970, nas áreas centrais de comunidades jamaicanas, latinas e afro-americanas da cidade de Nova Iorque. Afrika Bambaataa, reconhecido como o criador oficial do movimento, estabeleceu quatro pilares essenciais na cultura Hip Hop: o rap, o DJing, a breakdance e a escrita do grafite. No Brasil, a cidade de São Paulo é considerada o berço do Hip Hop, onde a cultura surgiu com força total em 1980.


15.1.11

HIP HOP A LUTA DO DIÁLOGO E PRATICA COM PODER PÚBLICO.

Rapper Pirata Sábado, 15 de janeiro 2011


O Fórum de Hip Hop Municipal SP é agrupamento do movimento hip hop com diversas pessoas da sociedade civil organizada, que a 5 anos luta pelo direito da realização da Semana do Hip Hop, LEI MUNICIPAL 14.485/2007, uma conquista nossa porque será realizada neste ano de 2011.

O dialogo está sendo realizado com a Secretaria de Cultura e Secretaria de participação e Parceria.

Agora sempre encontramos problemas com as pessoas que estão em determinada coordenadoria, especificamente a Coordenadorias da Juventude, porque essas pessoas vem com trato de tentar corromper nos ou se opõem contra a sociedade civil. Aparentam que seus sonhos são tornarem-se futuros vereadores, então ficam com joguinhos em ideologias enrustidas em ações, fazendo de conta que são favores impossíveis e que estamos a serviço deles. Buscam trazer idéias empresarias para o setor publico. É... Só que, o não entendimento de seus serviços junto a população os fazem incompetentes, esses seriam demitidos das corporações que admiram por causa dos prejuízos. A matéria prima dessas destas coordenadorias é o trabalho com a sociedade civil na busca da parceria. Esses coordenadores ficam vivendo um vislumbramento de falso poder. Então sempre que estamos fazendo o dialogo democrático e tentando a construção dos objetivos, criam o jogo de desmobilização, assim falaram que o hip hop não tem competência.

Dentro do Fórum de Hip Hop temos pessoas de diversas ciências do saber: Geografia, Sociologia, Comunicação , Jornalismo , Direito, Historia, Áudio Visual, Militantes de direitos humanos , Veterinária, políticos Gestores de Pontos de Cultura, entretenimento. Isso torna a experiência do Fórum algo diferente porque todas essas áreas formam um acumulo de tecnologias de saber que são trocadas em cada ação. Temos realizações de três eventos de grande porte, que foram a Semanas de Hip hop, de médio porte que Hip Hop Filmes, três audiências públicas em parceria com Comissão de Juventude da Camara Municipal SP, entre outras ações que sempre tem o foco baseado em oito eixos:

1-Difundir o Hip Hop, 2-Elaborar políticas públicas de juventude, 3-Inserir o Hip Hop como tema transversal da educação, 4-Combater a discriminação de gênero, 5-Organizar uma agenda do Hip Hop na cidade, 6-Combater a discriminação racial, 7-Atuar contra a violência policial, 8-Gerar emprego e renda


Isso dificulta os diálogos promíscuos conosco do tipo: O quarto maior PIB do mundo não tem dinheiro, que não podemos ter a informação do valor do evento sendo que é publicado em Diario Oficial, os diálogos entre o Forum de Hip hop com a Coordenadoria não tem que haver realização de atas, o acesso da população em prédio público principalmente de participação e parceria tem que haver restrição, que órgãos públicos estão para ouvir e não agir; Entre outras barbáries que estes cargos de confiança causam na sociedade paulistana.


Então você que é do Hip Hop e ou admira venha para reunião para elaboração da Semana de Hip Hop 2011, para o poder público trabalhar em prol do hip hop como está na lei!

Encontro Prédio de Participação e Parceria

Dia 19/01/2011 Horário: 19h00

Rua Libero Badaró, 119 – auditório.

11 82162160 Rapper Pirata


http://www.forumhiphopeopoderpublico.blogspot.com/


Se tiver panela então vamos fazer feijoada.”

Rapper Pirata



2.1.11

RAP A FAVOR DO N.C.N.

Autor: Rapper Pirata

São Paulo
Data 02/01/2011 horario:16:29

Eita! Lá... lá...
Agora que os pobres conseguiram entrar lá,
depois da decáda de cincoenta,
os intectuais da direita 'qué` explusar,
porque a produção intelecta não é europeia,
são informações que foram queimadas para não serem pagas,
mas conta a nossa história,
que tem mais de quinhentos anos e não se apaga,
porque ela é escrita e falada,
tem que manter o NCN na universidade gratuita,
que parece paga porque é dificil na USP entrar a periferia,
agora que ela esta a entrar eles querem expulsar,
porque dela também transforma a cultura brasileira,
e logo a elite terá que disputar seus privilégios de cadeiras,
em instituições do estado que ela explora,
'tamos' aqui fora,
mas sabemos como tentam controlar,
a revolução preta, proletária do povo da periferia,
esses são os outros quatro p´s,
diferente da antiga estatísticas,
da literatura impostas,
deixa o Nucleo de Conciencia Negra lá,
a grana da universidade é pública e não da reitoria.
Isso é rap improvisado,
mas também é um manifesto contra o sistema,
que a 16 anos tem nos atrasado...
Rapper Pirata,
nas rua sintonizado e bolado,
não seja um bugues universitário,
venha com seu conhecimento para nosso lado,
para mudar esses mais de quinhentos anos de atraso...


--
Oi! Visite.
MY SPACE clique http://www.myspace.com/rapperpirata
Blogger Rapper Pirata
http://rapperpirata.blogspot.com
Orkut clique http://www.orkut.com/Home.aspx?
xid=1849091096719757289
FONE: 55-11-8216-2160
EMAIL: rapperpirata@gmail.com

25.11.10

Hip Hop Filmes – Seminário: HIP HOP CONTRA O GENOCIDIO DA JUVENTUDE; ENCARCERAMENTO E OUTRAS QUESTÕES FEMININAS.

Resultado do Debate na Camara Municipal SP referente ao Hip Hop Filmes – Seminário: HIP HOP CONTRA O GENOCIDIO DA JUVENTUDE; ENCARCERAMENTO E OUTRAS QUESTÕES FEMININAS. Dia 05 de novembro 2010.


Estão abaixo as principais questões levantadas nas falas de cada participante, com suas reflexões referente ao tema, movimento hip hop, encarceramento populacional e a sociedade brasileira.




Wellington – Mc AK47 – Fantasma Vermelho


Faz leitura de texto reflexivo Sobre o Genocídio da Juventude

O Brasil está no terceiro lugar em assassinatos de jovens entre 84 países;
Jovens negros têm um índice de vitimação 85,3% superior aos jovens brancos;
Enquanto as taxas de homicídios entre os jovens aumentaram de 30% para 51,7% (por 100.000 habitantes) no período de 1980 a 2004, neste mesmo período as taxas de homicídio para o restante da população diminuíram de 21,3% para 20,8% (por 100.000 habitantes);

A faixa etária em que ocorre um significativo aumento no numero de homicídios é a de 14 a 16 anos
(Fonte: Mapa da Violência 2004)


Temos um estado genocida com a roupagem de Estado de direito


A ciência seria supérflua se ficasse apenas na aparência dos fenômenos” (Marx)


“Aos nossos que se foram vítimas do Estado genocida”

Ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante” Art 5º, III da Constituição Federal


GENOCÍDIO: Tentativa de, ou destruição, total ou parcial de grupo nacional, étnico, racial ou religioso; crime contra a humanidade. (Dicionário Aurélio de Língua Portuguesa)


Trouxe aqui uma citação do artigo 5º da constituição. O mesmo estado que traz direito a vida é o mesmo estado que tira a vida.

No caso brasileiro entendemos que o estado pratica o genocídio, justamente porque tem como seu alvo grande parte da população da classe trabalhadora, e que sem dúvida é a juventude negra. Esse é o grupo “privilegiado” que sente as conseqüências do Estado genocida.

Entendemos que no caso específico o que torna o estado brasileiro genocida é justamente uma política orquestrada, articulada entre esses elementos: repressão direta com ausência de políticas públicas combinadas com a gestão da força de trabalho para quem está inserido em algum tipo de emprego e controle social das pessoas que estão fora do mercado formal de trabalho e que pertencem ao grupo alvo do Estado.
Quando falamos de política de repressão estamos resgatando a ação da polícia, braço armado do Estado que pratica o ato da eliminação física por meio das armas, defendem o patrimônio, a propriedade burguesa, despejam pelo uso da força famílias que não tem para onde ir, consolidam grupos de extermínios etc.


A violência policial é um dos pilares da política de repressão, entendemos que toda ação que não garantem direitos e que constroem barreiras para os oprimidos em defesa da propriedade privada mantém esta política.


As formas de discriminação, o racismo, a homofobia, o machismo e quaisquer outras formas que mantém o preconceito também integram o processo de repressão, todas essas ações integradas são responsáveis por um grande número de mortes que ocorrem no país.


Saindo do âmbito da repressão direta nós nos deparamos com outro fator que também levam parte da população a determinados tipos de morte: a ausência de políticas públicas.


Talvez para quem tem acesso aos meios de satisfação das necessidades básicas estranharam esse ponto ou não entenderam a reflexão, mas para quem sofre com essas ausências de políticas isso se constitui num fator de alta vulnerabilidade que pode levar a morte. Estamos falando de desemprego em massa, de pessoas que passam fome, daquela grande parte da população que vive nas ruas, daquelas pessoas que morrem por doenças que poderiam ser evitadas se existissem programas sérios de saúde pública nas periferias, estamos falando de grande parte da população que não tem acesso ao básico, logo todas essas ausências estão intrinsecamente articuladas num projeto mais amplo de repressão que tem como alvo grande parcela da população, especificamente a juventude negra que é a população que está sendo mais atingida.


É com este entendimento que o Fórum de Hip Hop São Paulo irá promover de forma periódica seminários “Contra o genocídio da juventude”, tentando entender as diversas faces deste projeto que culmina no genocídio, nesta primeira edição iremos tratar da Violência contra a mulher nos detendo na temática específica da “Situação da mulher presa”, uma vez que o encarceramento em massa constituída por esse estado penal é uma das formas da política de repressão que mantém o controle social de determinado grupo social: negros e pobres, desde a adolescência que são alvos de discussão do projeto de redução da idade penal até os adultos que são alvos de projetos de pena de morte sempre em pauta no poder legislativo.


Nós que fazemos parte dessa população, alvo deste Estado genocida, temos que nos defender de forma coletiva, não podemos ficarmos tranqüilos aguardando a nossa vez, temos que questionar essas políticas.


Para isso não basta dizer que o Estado é criminoso e querer julgá-lo com seus instrumentos, isso não resolve a questão, é sabido que a própria origem do Estado é criminosa, ele nasce cometendo crimes, dizimando povos, fazendo a guerra, ou seja, praticando o genocídio no contexto do modo de produção capitalista em expansão.
Sendo assim, convocamos o hip hop, movimentos sociais, movimentos de defesa de direitos, a juventude negra, pesquisadores e todas as pessoas que se opõem a tais práticas genocidas a fortalecerem e incorporarem essa discussão.

Pirata

Sempre existe a relação da cadeia no Hip Hop americano, seja nos clipes ou filmes. Há estudos cientificos americanos que comprovam que em quatro habitantes do país, um poderá ser preso. A política do Estado de São Paulo é copiar a política norteamericana. Se a idéia é copiar então a coisa é muita séria. Analisamos que hoje temos 170 mil pessoas apenadas, desde jovens há idosos.

Palestrante: Lunna

Agradecimentos iniciais ao Fórum de Hip Hop Municipal pelo convite de participação no evento.

Faço parte do Portal Mulheres no Hip Hop e da Frente Nacional de Mulheres no Hip Hop.

O genocídio começa na periferia por faltar amor carinho. Mulher que sofre violência doméstica. Vizinho que fica bêbado.

O homem destruiu o rosto de uma modelo que veio do nordeste tocando fogo nela. Até hoje ele responde em liberdade. Enquanto ela ... Adolescentes que se prostituem.

Mulheres que são obrigadas a trancarem seus filhos em casa para trabalhar.

Imagina a mulher na cadeia? Problemas de piolho. Para os homens bastam raspar o cabelo e esta tudo certo. Agora, e as mulheres. Problemas com banheiro e o banho em período menstrual? Com a violência praticada entre as parceiras dentro do presídio e a violência causada pelos agentes, que não estão preparados para atender essas mulheres.

As mulheres presidiárias vão sair da cadeia e temos que lembrar que elas são cidadãs.

Daniel rapper e ativista de Minas Gerais

Este espaço é muito rico. Espaços como esse é pouco.

O negócio é pensar a função do presídio. Inclusive o presídio feminino segue muito o perfil masculino. Gosto muito de falar de um trabalho voltado a ressocialização e não para retenção, como é apresentado neste momento. Muitos ganham com isso.

Existe o olhar humanitário, que é não passar mão na cabeça de bandido, mas sim dar condições para que ele possa se ressocializar.

Acredito que o Hip Hop tem que ir para alem de gravar clipes em presídio. Acredito que o Hip Hop tem poder para isso.

Palestrante: Lunna

A gente não consegue entrar no presídio, mas não consegue em função da burocracia

Carolina

Este Fórum de Hip Hop, pauta a questão cultural. Ouço rap muito esporadicamente. Carolina faz uma critica a uma das músicas do grupo de rap, Racionais MC’s.

Segundo um moleque que conheço, exemplificou seu modo de vida com um trecho da musica dos Racionais, viver muito como um rei ou pouco como um Zé. Talvez o rap diz uma coisa, mas talvez o jovem não tenha maturidade para entender isso. A letra do racionais é um exemplo disso.

Trata-se de juventude, aqui eu devo ser a mais jovem presente. O Fórum de Hip Hop deve pautar com pessoas um pouco mais jovem.

Eric – União Juventude Comunista

Meu tio é padre e faz parte da Pastoral Carcerária, e é ele que me traz muito informação. Sei que quem mais tem presença nos presídios são os pretos. E quem mais sofre são as mulheres, que muitas sofrem duas vezes: primeiro por ser mulher. Depois por ser preta.

O Hip Hop nasce da cultura negra e da estética da periferia. A exposição foi interessante, pois mostrou a realidade do sistema carcerário.

Sabata- UJS

Mais com relação a fala do Rubens. Acho interessante esse espaço para debate. Existem aqui diversos movimentos juntos. Achei isso muito interessante. E é fácil entender que os diversos movimentos estão interligados em função dos diferentes assuntos estarem interligados.

Mary - Fórum do interior da mulher

No interior discutimos muito sobre o genocídio da juventude, mas nunca vi a pauta especifica do genocídio da mulher encarcerada.

O que me deixou muito curiosa foi a fala do Daniel que disse que em determinado local a maior vitória da pessoa é ser preso, por considerar o local mais alto e possível de ser alcançado.

A maior parte das presidiárias estão presas por influência dos seus parceiros e dificilmente o inverso acontece. Segundo a fala do crime. Mulher de bandido será sempre mulher de bandido. O que temos que levar para frente, inclusive para juventude. É que é bonito o carro da hora, a moto. Mas não é bonito visitar ninguém na cadeia.

Tito – Fantasmas Vemelhos

São Paulo atinge a histórica marca de sete mil internos. As adolescentes são invisíveis. Sabemos de adolescentes em que não tem visitas intimas, mas saem de lá grávidas.

Tito pergunta a palestrante, Lunna: Quando falamos de masculinização da penitenciária feminina. Bem, qual é o modelo ideal? Quais são as revindicações das mulheres. E esse negócio do PCC, Comando Vermelho, como é a relação das mulheres?

Lunna

- Não cheguei a pesquisar sobre o sistema carcerário na Fundação Casa.

- O Hip Hop libertou-me com relação às dificuldades na sociedade. Dentre seis irmãs, quatro seguiram o Movimento Hip Hop, uma prostituiu-se e outra criminalizou-se.

- Necessidades básicas nos presídios para mulheres: mais banhos, estética com o cabelo (sem corte), assistência médica, superlotação, higiene, alimentação, violência entre presidiárias e com as agentes.

- Mulheres nas facções: são membros integrantes também.

Wellington

Sobre o comentário dos racionais. Conteúdo como crônica, nem todos compreendem a poesia do hip hop, apenas reproduzindo sem capacidade de interpretação como qualquer outra vertente literária.

Geraldo

Referente as questão dos racionais: Molecada compreende as poesias, apesar da educação precária.

Sistema carcerário é masculinizado e desumano. Com isso como é o trato da mulher gestante nos presídios?


Daniel

Existe um déficit de 15 a 24 anos, que estão lá fora na guerra.

Um policial negro, quando entra na corporação deixa de ser negro.

A gente não muda a paisagem pela janela.

Leandro – Prefeitura de Santo Andre – Assessoria de Adolescente para Políticas Públicas – Direitos Humanos

Nós, lá em Santo André, tivemos a oportunidade em ter uma fundação casa. Em um local que poderia ser criada outra construção pública, vai se tornar uma fundação casa. Inclusive para construção da mesma, serão destruídas duas escolas.

Caroline

Acho que podemos especificar essa discussão ainda para mulher preta

Sobre a questão do aborto. Acho que mulher já é eximida do seu direito antes de tudo. Onde ela tem que escolher entre ter filho ou ir trabalhar.

A mulher preta foi a primeira mulher trabalhadora do Brasil.

Ice Boy – Extremo Leste Cartel

A igreja arrebentou com a mulherada na questão do aborto. Inclusive o PSDB e a igreja usou isso para ninar a candidatura da Dilma Rousself. Porém, homem falar de aborto é muito difícil, pois ele não vive todo o processo.

Eric

A gente tocou no tema no que fazer? Isso é um problema muito sério. O Hip Hop não é uma coisa muito simples de dialogar. Ainda mais na ótica da esquerda, que hora se utilizou do movimento como bem quis e outrora simplesmente esqueceu-se do hip hop.

Mary

Essa questão do genocídio não foi pensada agora, mas há muito tempo. Com a tentativa de embranquecimento dos brasileiros. Com a expansão da cracolândia, que existe desde dos anos 80, mas somente agora começaram a se preocupar, já que agora começa atingir outras classes sociais.

Nando Comunista - NCFA

Apresentou propostas para um próximo encontro:

Fazer outro encontro para tratar do genocídio da juventude.

Pautar na comissão de direitos humanos da câmara municipal.

E falar sobre o fenômeno das músicas.

Lunna

- O mais grave é quando ela perde a identidade. Quando ela é conhecida como mulher do preso e não simplesmente mulher.

- Mulheres Grávidas – dificuldade em toda a gestação da mulher. Normalmente o tempo em que ela fica com a criança é de até 6 meses. O maior problema é na separação, para onde é que a criança vai. Existe um projeto de pais provisórios e cada 15 dias eles levam a criança para visitar a mãe.

- O Hip Hop não deve ser usado pelos partidos, mas o Hip Hop deve utilizar os partidos.


7.11.10

Vamos acordar.

Rapper Pirata ( Inspirado pelo som do Racionais)
Blog: rapperpirata.blogspot.com

Mas que calor que horas são?...
Na mente a letra do Brown,
sangue nativo, branco e preto,
esse tru é sangue bom,

Ai vamos nós...
Fazendo rap para percebermos que somos iguais,
aos que são nossas bases,
eles que vieram forçados nos navios negreiros,
construtores do ritmo do tambor,
que os idiotas chamam de macumbeiros,
nossos dignos ancestrais,

Os capitães do mato tentaram,
os cientistas bolou misturar demais,
para o futuro do passado não sermos pretos demais,
estratégia errada de forma concreta,
mantida de forma abstrata,
explicita nos programas e filmes genocidas: Tropa de elite, Federal, Rota, Gambés 24 horas, Profissão de risco e Cidade alerta,

Mas ai!
Os verdadeiros do movimento Hip Hop Zumbi sempre desperta,
nos identificamos pelo rosto, trejeitos e traços,
que o policial tentou desconfigurar,
na tortura que na constituição é proibida,

Ontem, hoje e sempre sabemos e aprendemos sobre a nossa existência,
Somos assim mesmo!
Periferia.
que infelizmente continua em agonia,
como a primeira liberdade vinda do povo, a revolução Haitiana,
nem lá querem reconhecer a preta soberania,
'nois é maioria',
o nosso saber veio do continente Africano,
que não excluí como o ariano e imposto,
com sua branca cidadania,

Se pá! Estamos indo para o caminho certo,
só que temos que desviar do crime, desemprego, droga que nos pulveriza,
males sociais colocados entre a gente,
porque eles têm medo da nossa alto estima,
que reconhece nos heróis da lotação, trampo, terreiro, escolas, esquinas, ruas, boteco, hospitais,
os que são movidos por Palmares que emana sua energia,

É em novembro que refletimos o dia a dia,
para culminar no momento da virada de nossas vidas,
para não deixarmos elas adormecerem,
no ópio do é assim mesmo,

Acorda ai Periferia!
Feriado nacional 20 de novembro, cotas, estatuto, reparação,
é pouco para quem constrói de verdade essa nação...

Meio o dia é vinte, a fita é o seguinte....

Rapper Pirata

19.10.10

Cartaz

HIP HOP CONTRA O GENOCÍDIO DA JUVENTUDE

Evento na Câmara Municipal de São Paulo debaterá o encarceramento de mulheres.

O Fórum de Hip Hop Municipal SP promoverá seminário para discutir o encarceramento das mulheres no Brasil. Muita coisa é revelada sobre a precariedade do sistema carcerário no aprisionamento de homens. Entretanto o questionamento que os integrantes do Fórum de Hip Hop Municipal SP fizeram durante a organização deste evento é com relação a esse sistema masculinizado que é precário no atendimento aos homens e que fica muito distante em atender necessidades básicas da mulher.
Nos presídios temos a abstração do machismo, inserido na sociedade brasileira, visivelmente e sensivelmente concreto, seja na vestimenta ou na ação de secretarias de seguranças com politicas de negação de visitas intimas.

As maiores reclamações dessas mulheres, retiradas do convívio em sociedade pela justiça, estão relacionadas a dois tópicos chaves:
Estrutura física do sistema penitenciário. Existem 31 mil mulheres presas em locais com capacidade para 16 mil, conforme dados do DEPEN (Departamento Penitenciário Nacional);
Não garantia de direitos básicos, em busca da reinserção a sociedade, como, por exemplo, maternidade, relações familiares, saúde e sexualidade. Além do acesso aos utensílios de extrema necessidade, como sabonetes, xampus, papel higiênico, absorventes, entre outros.

O genocídio da juventude, especificamente das mulheres, começam antes da atuação do sistema prisional. Ainda mais com a despolitização de assuntos sérios em torno da sexualidade e da saúde pública, como, aborto e métodos contraceptivos para prevenção de doenças e gravidez indesejada.

Este seminário será realizado no dia 05 de novembro, das 19h às 22h, na Câmara Municipal de São Paulo. O evento esta dentro da programação do Hip Hop Filmes, série de encontros promovidos pelo Fórum de Hip Hop Municipal SP. Neste dia o coletivo fará uma homenagem a uma das maiores rappers do cenário nacional, Dina Dee, falecida em março deste ano, após complicações no parto.

Serviço:
Seminário: Hip Hop contra genocídio da juventude – Encarceramento e outras questões femininas.
Local: Câmara Municipal de São Paulo
Data: 05/11/2010
Horário: das 19h às 22h

Participações:
Mediação: Preta Soul (Fórum de Hip Hop Municipal SP)
Movimento Hip Hop: Luana (Livre Ameaça e Fórum H2O Mulher)
Kenarik Boujikian Felippe (Associação Juízes para a Democracia)
Soraia (Assistente Social)
Representante do Núcleo Carcerário da Defensoria Pública
Apresentação da MC Lauren

Fórum Hip Hop Municipal SP
Criado em 2005 é um espaço e canal de diálogo entre os jovens do Movimento Hip Hop e as representações da administração pública municipal com objetivo de discutir políticas públicas e criar critérios públicos que direcionem a relação entre o poder público e os jovens, garantindo que não haja privilégios de uns em detrimento de outros setores.

Os encontros e discussões do Fórum ocorrem a partir de 8 eixos temáticos:
Difundir o Hip Hop
Elaborar políticas públicas de juventude
Inserir o Hip Hop como tema transversal da educação
Combater a discriminação de gênero
Organizar uma agenda do Hip Hop na cidade
Combater a discriminação racial
Atuar contra a violência policial
Debater geração de emprego e renda

Imprensa:
André Luiz dos Santos (Rapper Pirata)
Fone: 11 8216 2160
rapperpirata@gmail.com
Mtb:41831/SP
Geraldo Brito
Fone: 11 9556 1766
geraldoreportagem@yahoo.com.br
Mtb: 49219/SP

25.9.10

O hip-hop na sociedade

QUINTA-FEIRA, 18 DE MARÇO DE 2010
O hip-hop na sociedade
O hip-hop surge na década de 80, em Nova Iorque com a difusão do break, que é um estilo de dança de rua, ou seja, é dança do hip-hop. Em 90 chega ao Brasil e é usado principalmente para protestos reivindicando sua participação na sociedade e sendo também um instrumento social para jovens trocarem violência por arte.
Os rappers, breaks, grafiteiros, Djs surgiram da falta de investimento do governo nos setores da educação, saúde, cultura, transporte, esporte, lazer, saneamento básico, trabalho, tendo assim essas profissões como uma das únicas formas de sobrevivência e luta pelos seus direitos.
A participação deles na sociedade é rechaçada por grande parte das autoridades políticas e pela classe dominadora, porque o hip-hop se desenvolveu na periferia entre os negros e os pobres, e suas composições iam contra as desigualdades sociais e o próprio governo.
A Semana de Hip Hop (lei 14.485 de 2007) é um dever da administração pública do município de São Paulo, onde está presente até no calendário de eventos da cidade. Porém, no ano de 2009 a Semana não foi realizada pela falta de disponibilização da verba (100 mil reais) para sua execução, onde governo de Kassab até se recusou a fazer a Virada Cultural, caso o hip-hop estivesse presente, já que há um grande conflito de representações entre os dois. Enquanto o governo diz que os rappers são criminosos que só “atrapalham” o seu trabalho, com críticas e protestos, a comunidade do hip-hop acredita que os governantes nunca farão nada por eles, apoiando somente o próprio governo e a elite.
De acordo com a entrevista feita com o rapper Pirata, morador de São Paulo, formado em jornalismo e com cds lançados, não se pode aceitar o domínio da minoria, essa mesma que só se importa com seus próprios lucros e interesses, lembrando que o dinheiro não compra caráter. Pirata também tenta mudar a ideia de que nas periferias e favelas só existem criminosos e os bairros de classe alta são formados por honestos, já que são esses mesmos que desempregam a população, destroem o sistema único de saúde, são contra qualquer coisa que possa dar autonomia aos pobres e mantém a eterna escravidão fantasiada de liberdade.
É por todas essas razões que o hip-hop deve continuar nas ruas e cada vez ganhar mais força, propagando suas ideias, lutando pelos seus ideais, estruturando as comunidades e acordando as pessoas de todas as injustiças que acontecem.



Dissertação feita pelas alunas: Victória Renófio e Letícia Zaia.

fonte:http://victoriarenofio.blogspot.com/

19.9.10

O que o Kassab sabe que os cidadãos paulistanos não sabem?

Texto Rapper Pirata

Alguém sabe qual é a do prefeito Kassab? Ele anda militarizando o município de São Paulo através da policia militar. Temos uns oito subprefeitos que são "és capis" da corporação; Agora é a policia militar que informa a prefeitura onde ela tem que fazer obras e reformas, porque a reclamação do cidadão paulistano não é para ser ouvida, sim o email de um PM, por códigos que informam se a calçada está quebrada, lixo acumulado na rua, buraco em asfalto. Ah! entendi, isso é uma informação segura! O prefeito, que usou a idéia de ecologia para ser eleito, colocou a policia militar para bater nos trabalhadores que revendem mercadorias nas ruas. Não me digam sobre esse papo de crime organizado, para mim é piada.
Hoje temos bigodes suspeitos entre outros espaços, que teriam que ter de participação da sociedade civil e funcionários públicos da prefeitura, além de ser responsabilidades da administração. Agora se alguma organização social ou de moradores for fazer algum evento na rua, que é um espaço público, tem que pedir permissão para policia e não avisá-la. Não esquecendo que temos uma constituição, a cidade não é do DEM, não esqueçam que temos direitos demônios.
Pensem você ir em uma UBS (Unidade básica de saúde) e o médico ser 'um policia militar'? Como será que esse cuidará do garoto que foi baleado por outros da corporação, qual será o atendimento? Você sendo preso porque reclamou que sua rua estava escura e perigosa? Sabemos que a policia não está preparada para atender o cidadão, a não ser na base do calar sua voz com truculência. Quem acredita na ouvidoria da policia, levanta a mão? Calma, levanta-as porque você está sendo revistado, deve ser um ganso enrrustido.
Resumo o que o Kassab quer? Será que vamos voltar para ditadura , que agora será policial? Qual o contrato com a secretaria de justiça do estado com a prefeitura?
O que o Kassab sabe que os cidadãos paulistanos não sabem?

Então me ajudem a refletir ou melhor parar isso antes que... Nós sejamos as vítimas.

Falo!
Rapper Pirata além de quatro elementos, sendo um elemento de madrugada, ainda vivo.