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17.7.11

QUESTÕES ALUCINANTES

QUESTÕES ALUCINANTES

RAPPER PIRATA

Então! Não dá para passar o panorama do hip hop porque o movimento é um aglutinador de idéias novas e antigas da sociedade que estamos inseridos. Porém eu como rapper e analiso o discurso dos defensores da legalização das drogas e acabo tendo alguns pontos a ser questionado:


Os defensores da legalização dizem; Que desejam defender os dependentes químicos (pertencentes a classe média alta), mas querem a prisão rigorosa do tais traficantes (pobres, moradores de rua); Todos nós sabemos que esses trabalhadores do mercado ilícito, muitas vezes são dependentes ou pessoas que buscam alternativas para terem resposta da miséria (nessa sociedade midiática de fragmentação de vidas). Então não dá para apoiar esse discurso, porque nós moradores dos guetos e periferia que somos os tais traficantes.


Também há o discurso do plantar; Mas a cocaína, lsd, balinha são produtos da industria química, que transforma a matéria prima da papola e folha de coca em crack e etc... Então plantar é uma idéia enfraquecida para defesa da utilização de narcóticos.


Os nossos ancestrais nativos utilizavam essas ervas para terem contato com os espíritos. Agora ficar chapado é somente para fugir da realidade das doenças da depressão.

Também os produtos químicos são utilizados em guerras para soldados combater o seus inimigos que não conhecem; em aborto ilegal, etc... Nós do hip hop a uma cota dizemos que não é a droga que vai trazer as soluções, e sim agravar a tragédia humana. Lógico que não julgamos os nossos, a base da força de trabalho do tráfico. Principalmente porque no banco dos réus ou na mira do revolver do estado está lá os Marcelos, Joãos, Pamelas, Antonias, Juniors que viveram e cresceram com a gente; Pessoas que a mídia chama por vulgos nas suas matérias, não reconhecendo o seu direito de terem nomes.


Eu sou morador do centro de SP e conheço os efeitos do crack deste de 1987, que desde essa data vejo como anda as vidas das ruas de uma população que somente aumenta . Uma doença que os estados não se mostram preparados para enfrentar, principalmente quando seus representantes tem como ideologia o estado mínimo. Então aqui em SP temos a mesma administração pública há quase 20 anos, onde somente agravou-se o tal problema, e contra resposta como prevenção vão prendendo mais seres humanos, no artigo hediondo do trafico. Por isso sou contrario a idéia vendida pela mídia que o Fernando Henrique Cardoso é politico avançado em seu tempo, sendo que seu justo o seu partido que está administrando o estado. Tru ele não é uma liderança, e diz para o PSDB ser mais direitista? Hum... Justo esse partido que vem implantando o estado policia.


O negócio das drogas é um mercado financeiro que se gera mais lucro na história do capital, por essa razão tem muita gente ganhando com ele. Todos ficam discutindo a ponta do Iceberg, que para mim é controle social negativamente,

Deste do dia que assistir Black Panter´s notei a evolução da droga em minha geração. Muito perceberam como essa droga crack enfraquece as movimentações politicas, tanto que com seu aumento o hip hop foi enfraquecendo politicamente.

Sei também que o inicio da historia do crack foi uma estratégia financeira da CIA para arrecadar grana e financiar a guerra contra a Nicarágua. Independente da penalização dos guetos estadunidense, lá sua maioria são de latinos, pretos, chineses entre outras nacionalidades, bem diferente do ariano: evangélico, branco, macho e rico.


Um baseado na mão dos nossos movimenta uma cadeia enorme de dinheiro que passa pelo latifundiário da erva (não é a plantinha em casa que vai sustentar o consumo em grande escala), a indústria química, o grande negociador, a corrupção policial, promotores, juízes, Ongs, políticos e a ideologia de controle da população; o medo.


Também há o mercado licito e ilícito. A idéia do ilícito é uma maneira dos estados não responsabilizarem-se pelo cidadão, porque esse optou pelo vida ilícita. Como todos sabem os efeitos dos narcóticos nos seres humanos, as gestões políticas dizem-se não responsáveis por aqueles inseridos no que chamam de crime. É mais eles também geram impostos até na aquisição do isqueiro para acender a pedra. Para ninguém sentirem-se responsáveis com as pessoas, flutua uma abstração em nosso subconsciente, que elas fazem parte de gangues no mundo, como Mafia Ilalia, Crips, Bloods, Natin King, Maras 13, Cv, Terceiro, PCC e entre outras formas de estereotipar, aqueles que são vitimas da falência da família, do estado, da igreja e entre outras instituições dos tais homens de bem.

Por isso me julgo gangsta por não acreditar nessa sociedade que não transforma somente aliena.

A droga não é o problema e sim a miséria, ela que desregula a distribuição de renda no mundo.


Ultima questão você acredita que os estados vão legalizar as drogas? Será que eles tem a capacidade de tirar das cadeias as mulheres e homens que foram presos com parangas de marihuana; Se isso se concretizar, como vê los membros sociais? Porque esse lance de ressocializar é não enxergar o apenado como ser humano.


Veja o que o hip hop fez e faz com quem apreende todos os dias com ele.

Valeu Rapper Pirata


28.6.11

GENOCIDIO: NADA MUDOU E NADA MUDARÁ.

Rapper Pirata

Estamos no ano de 2011, que se olharmos para trás ou melhor na história concreta, notaremos que há construções de algumas razões que foram derrubadas por não haver lógica na tal atualidade de humana. Exemplificando: Colonização de povos, escravidão, prisão de etnias entre outras que caracterizam-se como genocídio. Essas idéias são combatidas pelos defensores da tal democracia e república consolidada nas leis dos estados.

Se hoje pensarmos em ações como a brutalidade do império Romano, da Igreja Católica nos séculos da idade média, Portugueses com a escravidão no Brasil, Hitler contra os judeus, E.U.A com a bomba H, Israel contra palestino, tudo junto e muito mais parecem irracionais. Mas antes dos fatos tornarem-se concretos haviam razões lógicas justificadas para tais barbáries.

Nós humanos gostamos de pensar que estamos na busca de um mundo cristalino e civilizado para todos viverem melhor. Olhando dos bancos catedráticos, onde uma minoria pode estudar, comer, pesquisar e ter sucesso empresarial, por ser possuidora dos bens do mundo. Esse utopia é uma verdade.

Agora olhando de um chão de barro, com esgoto ao lado, casa de zinco e madeira, indo para escola para se alimentar, tendo estudos sufocantes que não facilitam a vontade de aprender, vendo a tal formação ser um problema, sentir-se escravo do álcool e drogas da industria quimica, saber que se tem ganhar dinheiro pra ser chamado de alguem, ser visto como o monstro do mundo de alice das elites é estar condenado a viver somente duas décadas. A utopia passa ser um pesadelo. Não conseguimos ver a realidade rosa e perfumada, somente a vermelha e com ar putrificado.

Essa questão do avanços da humanidade, não é para mais ou menos 6 bilhões de pessoas, somente para um centena de milhares. Então os genocídios mantem-se com políticas higienistas, desde quando a pólvora europeia encontrou o primeiro corpo do nativo(olha como é foda, o espanhol pensou que estava na India e nós mantemos a idéia, não respeitamos a cultura dos povos, chamamos todos de indios). Hoje o chumbo vai matando os jovens negros e pobres moradores da periferia e gueto a cada segundo. Os que são obrigados serem empreendedores do mundo das drogas, com seu único investimento para realizarem seus negócios nas lojinhas, aplicando suas vida. Sempre o que nós encontramos como forma de ganhar dinheiro, essência do capitalismo, é considerada crime.

Temos que ver nossos familiares sendo as prostitutas, os dependentes químicos, pedintes, os que lotam presídios para manutenção do capital fácil, de empresários que exploram a força de trabalho fabril apenada. Entre tantas coisas que demonstram o racismo e preconceito. Essa é a ideologia que nunca foi extinguida do mundo ocidental europeu, por que suas ações são iguais em todos os lugares que levaram o tal desenvolvimento-demolidor de arvores e vidas. Hoje eles culpam os pobres por causa da destruição do planeta e pintam-se como heróis preocupados com desmatamento.

Quem vive na miséria tem que fazer de tudo para sair da mira de armas bélicas e jurídicas do estado branco burgues. Esse que destroem seu habitat para manter o progresso. Os que não possuem posses lutam não para viver, infelizmente para sobreviver, nesse mundo real de construções ilusórias das elites. Elas alienam há todos com amparato de midia bilionário, tentando manter-se invisível. Ela vai controlando com um joystique na sua sala em uma tv de 100 polegas.

As regras desse jogo é para eles serem vencedores e não a população trabalhadora do mundo, então as leis justificam o genocídio dos pobres e pretos do Brasil, latinos, asiáticos, muçulmanos entre outro do mundo.

Como diz o Racionais “ Nada mudou e nunca mudará...” 2011 poderíamos estar falando de outras coisas, mas nossas vidas não são coisas estatísticas.


12.6.11

sol

O SOL

Autor: André Luiz / RAPPER PIRATA


O sol vai iluminar aonde você for,

nessa sua busca incessante por amor,

ele vai te tirar da sombra da esquina,

para iluminar a sua vida,


Esse presente passado vai virar,

porque o amanhã é o caminho de suas glorias,

confie e aperte as mãos dos que te levaram para vitória,

tem que ser longa a transformação de sua história,


Rap


Porque tru os inimigos estão ai,

loucos para te controlar e te consumir,

armando agora uma maneira para você não mais existir,

nesse lance do vale tudo,

o pesadelo não é sonho,

apavora na insonia psicodélica,

de resolver problemas tragando ou cheirando entulho,

dos escombros urbano violentos e sujos,

nesse seu ritmo logo as lagrimas vão molhar o chão duro,

porque não te veremos na carteira da escola descobrindo o mundo,

as tias não vão gritar para descer do muro,

nossos braços não sentirão o seu abraço,

o seu canto será mudo,

ninguém vai torcer para você nesse jogo do perdeu tudo,

faça logo a sua revolução,

para juntos construímos o futuro,

e tocar fogo na babilônia criminaliza todos nós juntos,


Refrão:

O sol vai iluminar aonde você for,

nessa sua busca incessante por amor,

ele vai te tirar da sombra da esquina,

para iluminar a sua vida,


Esse presente passado vai virar,

porque o amanhã é o caminho de suas glorias,

confie e aperte as mãos dos que te levaram para vitória,

tem que ser longa a transformação de sua historia,



audio anexo

26.4.11

Super Otários

Rapper Pirata fazendo um rap livre, em São Paulo 22:39 Data:26/04/2011, enfrente ao computador e pensando no viver e no amanha, que vai acabar em 24 horas.

Super Otários
Rapper Pirata

Caraio,
para mim é um sarro,
os comédias fazendo mesma coisas,
mas vomitam que tem inovado,
sendo que os inimigos deles de verdade,
dá tapas nas costas e os fodem um bucado,
mas o importante é manter-se super otários,
enquanto somos eliminados pela elite que continua roubando,
agora no presente e fizeram fortuna no passado,
que colocou na jaula alguem da familia dos super otários,
vamos ai chutando lata e rindo das comédia dos urbanos palhaços,
até hora que mudar de vez os país
fazendo sangrar o nariz coberto com plásticos,
questionado -o para saber o seu lado,
e melhorar de vez a vida também do super otário,
eu aqui sempre revoltado,

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3.4.11

MOVIMENTO HIP HOP NO BRASIL.

Autor: Rapper Pirata

rapperpirata.blogspot.com

São Paulo, 03 de abril de 2011

O Movimento Hip Hop é uma da maiores forças políticas do país, ele vai além do que muitos partidos políticos pretendem como a população brasileira. Logico que sua mobilizações politica do movimento causa estranhamento a muitos há anos, porque elas não são únicas. Diversos partidos políticos tentaram sistematiza-las, algo sempre difícil para eles sendo que seus interesses são somente de ampliação em época de eleição. O tempo de urna passa, ai, a a farsa de alguns políticos se desconstroem rapidamente; Seus tempos de suas amnésias fazem esquecer as pessoas que são a base do hip hop brasileiro, moradores da periferia. Esse tipo de ações só muda de cor e sigla.

É... Hoje promessas vazias de 'revolução kit lanche' já não pega, por razão dos envolvidos e construtores do hip hop estarem querendo além “ Ser feliz na favela que nasci”, frase pertencente a outro estilo que os 'burrogratas' da lei confundem com o hip hop. Além que o preconceituoso sempre iguala os indivíduos que pretendem controlar. Para conseguir apoio político hoje com hip hop tem sair de promessas, e partir a praticas concretas de interesses horizontais, sem o lance piramidal. Cada agrupamento de hip hopers está procurando negociar suas questões com igualdade, apartir de suas subjetividades com a realidade que pretendem transformar, seja artística como de suas comunidades.

O hip hop é tão grande que todos os segmentos políticos e culturais estão inseridos nele, porque a base é a construção da emancipação humana, sempre combatendo o racismo e preconceitos em suas forma perversas. Seja fóruns, posses, grupos todos discutem e analisam questões de genero, educação, politicas públicas, entretenimento, moradia, mídia, sistema politico, artes, culturas entre diversas questões de cada localidade que encontram-se. Esses grupos de pessoas utilizam o hip hop como ferramenta de sua manifestações e também o vivem, como filosofia de vida.

Durante todos esses anos que hip hop está no Brasil, há uma revolução através da auto estima, todos que o compreende deixam de ser controlados, para buscarem alternativas de controlar suas vidas.; Hoje temos fenômenos artísticos, jornalistas, intelectuais, historiadores, agentes educacionais, ativistas, auto didatas, professores, modelos, escritores, literários, poetas, políticos, atores, autores entre outras áreas do conhecimento humano.

Então o próprio movimento está procurando formas de conexões desses diversos grupos espalhados pelo pais, na busca de haver algumas ações conjuntas, sem querer faze-lo do movimento estudantil de classe média de 1970. Lógico que há sua importância política no país deste movimento, que não se pode ser ignorado. È 'tru', ´so que tem muito sal no moio' ! Muitos que dizem-se lutadores pela liberdade da nação, hoje são políticos com gerencia no estado e permitem a tortura de pobres em 'corrós' de delegacias e presídio, aumentam a população carcerária e continuam praticando o genocídio da juventude negra.

O movimento Hip Hop é um dos mais importantes do país, por ser construídos por irmãos e irmãs dos guetos e periferia.


(Pode publica com credito da fonte, grato!)








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MidiAtiva

MidiAtiva

Semana do Hip Hop estimula debates


Por Vivian Giuzio (@viviangiuzio)


Fotos: divulgação


Este mês tivemos uma das maiores ações voltadas para a cultura Hip Hop no Brasil. A 1ªSemana do Hip Hop, que aconteceu em São Paulo, de 13 a 20 de março e reuniu grandes figuras do movimento, periferia e governo, para discutir o tema “O Combate a Violência Contra os Jovens Negros”.


O desdobramento do debate tem como base oito eixos: Difundir o Hip Hop; Elaborar políticas públicas de juventude; Inserir o Hip Hop como tema transversal da educação; Combater a discriminação de gênero; Organizar uma agenda do Hip Hop na cidade; Combater a discriminação racial; Atuar contra a violência policial e Debater geração de emprego e renda.


O evento é uma parceria do Forúm de Hip Hop Municipal SP com a Prefeitura de São Paulo, representada pelas secretarias de Cultura, Educação e Participação Parceira. Durante a Semana do Hip Hop, foram realizadas inúmeras atrações, entre elas, apresentações artísticas, oficinas, workshops e a participação especial do rapper Emicida.


Para saber um pouco mais sobre a importância desta semana, o MídiAtiva conversou com um dos responsáveis pela realização do evento, André Luiz dos Santos, mais conhecido como Rapper Pirata, do Fórum do Hip Hop Municipal de São Paulo.
MA – A Semana do Hip Hop 2011 é uma grande conquista este ano. Por que este evento é tão importante para o movimento?


Rapper Pirata – Porque o Fórum de Hip Hop Municipal SP, que é formado por vários coletivos do movimento, buscou fazer a administração de uma das maiores metrópoles do mundo executar uma lei que beneficia pessoas da periferia e guetos.


MA – De que forma a Semana do Hip Hop pretende influenciar os principais órgãos e a sociedade?


Rapper Pirata – Então, se discute muito de poder público dialogando com a sociedade civil. Aí nós da periferia (sic) estamos fazendo essa parada ser real, que várias vezes é muito conflitante, mas sem intervenções de cima para baixo. Aprendemos na prática que a democracia somente poder ser realizada a partir de interesses coletivos.


MA – Quais foram os principais temas debatidos durante o evento?


Rapper Pirata – Nossa discussão principal é o genocídio da juventude negra e da periferia, com subtemas: gênero, racismo, drogas, segurança pública, políticas públicas, história do hip hop e transformações que o movimento vem realizando no país.


MA – Como estas questões sociais são abordadas e de que forma influenciam na conscientização das pessoas?


Rapper Pirata – Nosso lance é dialogar com os nossos, não partirmos de que somos donos do saber, mas construímos juntos. Simples assim.


MA – Quais resultados vocês esperam alcançar com a Semana do Hip Hop?


Rapper Pirata – Então, não vamos somente dialogar. Vamos documentar toda a semana do hip hop em vídeos e textos para outros terem acesso, para não ficar a ideia de somente ficarmos falando. Porque as discussões são sérias e muitos dos nossos estão apenados, mortos ou jogados nas ruas.


MA – Além das atrações já divulgadas, qual outro grande destaque da programação?


Rapper Pirata – A maior atração é o Movimento Hip Hop. A Semana é para valorizar todos que fazem parte e gostam do Hip Hop e seus elementos.


MA – A cultura do Hip Hop é uma das principais vertentes de diálogo entre a comunidade e órgãos governamentais, com a abordagem de temas importantes. Você acredita que esta relação é fundamental para obter conquistas sociais?


Rapper Pirata – O movimento vem transformando a sociedade brasileira oriunda da periferia. Estamos em todos os locais, existem milhares de histórias de muitos que deixaram o crime por causa do hip hop, é isso que está presente nas letras. Superação e não apologias. Lutamos contra o sistema político que se orgulha de ter pessoas apenadas, entre mais ou menos 7 mil crianças e adolescentes. Será que a escravidão acabou com a Lei Áurea?


MA – O Forúm Hip Hop Municipal de São Paulo é um canal de comunicação importante para o movimento. Além da Semana do Hip Hop, quais são as outras ações desenvolvidas pelo Forúm?


Rapper Pirata – Temos oito eixos como bases para nossas ações: Difundir o Hip Hop, Elaborar políticas públicas de juventude; Inserir o Hip Hop como tema transversal da educação; Combater a discriminação de gênero; Organizar uma agenda do Hip Hop na cidade, Combater a discriminação racial, Atuar contra a violência policial, Debater geração de emprego e renda.


MA – Alguns pilares foram essenciais para a consolidação da cultura Hip Hop. Entre eles, estão o rap, o Dj, o breakdance, o grafite e a moda. Como você vê a importância destes pilares na formação de estilo do movimento?


Rapper Pirata – O hip hop é fenômeno porque ele mudou o mundo trazendo a vida das ruas para todas as artes humanas. Veja que o Movimento são quatros elementos que se falam: dança, artes plásticas, música e poesia, mas tudo partindo do novo, e sua essência é a vida de seus artistas. A vida real.


MA – Como você enxerga o Movimento hoje, no Brasil?


Rapper Pirata – Hoje estamos num bom momento porque quem faz o hip hop são os mesmos que o promovem. Não estamos mais atrás de gravadoras ou mídia, fazemos do nosso jeito. Agora não dá para ficar analisando pela mídia, porque ela ignora o movimento. E a mídia é para falar da vida da classe média alta, não da população brasileira que está quase em sua totalidade morando na periferia.


MA – São Paulo é considerada o berço do Hip Hop brasileiro. A cultura Hip Hop é mais forte hoje do que quando surgiu? Como você vê a força desse movimento em São Paulo?


Rapper Pirata – Consideramos São Paulo a capital do Hip Hop no Brasil. Isso não tem muita importância, o que importa é que o Hip Hop está no país inteiro, com diversos grupos de pessoas transformando suas vidas e suas localidades. O mais importante é saber que pessoas diferentes utilizam o movimento para se comunicar, fazer política, educar, divertir-se, viver uma filosofia de vida diferente da ariana.


E somos foda porque existe uma pá (sic) de Semana de Hip Hop como lei em várias cidades, fóruns, eventos, sites, vídeos. O barato está grande demais. Tudo feito por pessoas dos guetos e periferia. Quem sabe vamos querer uma (semana) nacional!


Fórum Hip Hop Municipal SP


Criado em 2005, o fórum é espaço e canal de diálogo entre os jovens do Movimento Hip Hop e as representações da administração pública Municipal. Tem como objetivo discutir políticas públicas e criar critérios públicos que direcionem a relação entre o poder público e os jovens, garantindo que não haja privilégios de uns em detrimento de outros setores.


Cultura Hip Hop


O movimento Hip Hop surgiu na década de 1970, nas áreas centrais de comunidades jamaicanas, latinas e afro-americanas da cidade de Nova Iorque. Afrika Bambaataa, reconhecido como o criador oficial do movimento, estabeleceu quatro pilares essenciais na cultura Hip Hop: o rap, o DJing, a breakdance e a escrita do grafite. No Brasil, a cidade de São Paulo é considerada o berço do Hip Hop, onde a cultura surgiu com força total em 1980.


15.1.11

HIP HOP A LUTA DO DIÁLOGO E PRATICA COM PODER PÚBLICO.

Rapper Pirata Sábado, 15 de janeiro 2011


O Fórum de Hip Hop Municipal SP é agrupamento do movimento hip hop com diversas pessoas da sociedade civil organizada, que a 5 anos luta pelo direito da realização da Semana do Hip Hop, LEI MUNICIPAL 14.485/2007, uma conquista nossa porque será realizada neste ano de 2011.

O dialogo está sendo realizado com a Secretaria de Cultura e Secretaria de participação e Parceria.

Agora sempre encontramos problemas com as pessoas que estão em determinada coordenadoria, especificamente a Coordenadorias da Juventude, porque essas pessoas vem com trato de tentar corromper nos ou se opõem contra a sociedade civil. Aparentam que seus sonhos são tornarem-se futuros vereadores, então ficam com joguinhos em ideologias enrustidas em ações, fazendo de conta que são favores impossíveis e que estamos a serviço deles. Buscam trazer idéias empresarias para o setor publico. É... Só que, o não entendimento de seus serviços junto a população os fazem incompetentes, esses seriam demitidos das corporações que admiram por causa dos prejuízos. A matéria prima dessas destas coordenadorias é o trabalho com a sociedade civil na busca da parceria. Esses coordenadores ficam vivendo um vislumbramento de falso poder. Então sempre que estamos fazendo o dialogo democrático e tentando a construção dos objetivos, criam o jogo de desmobilização, assim falaram que o hip hop não tem competência.

Dentro do Fórum de Hip Hop temos pessoas de diversas ciências do saber: Geografia, Sociologia, Comunicação , Jornalismo , Direito, Historia, Áudio Visual, Militantes de direitos humanos , Veterinária, políticos Gestores de Pontos de Cultura, entretenimento. Isso torna a experiência do Fórum algo diferente porque todas essas áreas formam um acumulo de tecnologias de saber que são trocadas em cada ação. Temos realizações de três eventos de grande porte, que foram a Semanas de Hip hop, de médio porte que Hip Hop Filmes, três audiências públicas em parceria com Comissão de Juventude da Camara Municipal SP, entre outras ações que sempre tem o foco baseado em oito eixos:

1-Difundir o Hip Hop, 2-Elaborar políticas públicas de juventude, 3-Inserir o Hip Hop como tema transversal da educação, 4-Combater a discriminação de gênero, 5-Organizar uma agenda do Hip Hop na cidade, 6-Combater a discriminação racial, 7-Atuar contra a violência policial, 8-Gerar emprego e renda


Isso dificulta os diálogos promíscuos conosco do tipo: O quarto maior PIB do mundo não tem dinheiro, que não podemos ter a informação do valor do evento sendo que é publicado em Diario Oficial, os diálogos entre o Forum de Hip hop com a Coordenadoria não tem que haver realização de atas, o acesso da população em prédio público principalmente de participação e parceria tem que haver restrição, que órgãos públicos estão para ouvir e não agir; Entre outras barbáries que estes cargos de confiança causam na sociedade paulistana.


Então você que é do Hip Hop e ou admira venha para reunião para elaboração da Semana de Hip Hop 2011, para o poder público trabalhar em prol do hip hop como está na lei!

Encontro Prédio de Participação e Parceria

Dia 19/01/2011 Horário: 19h00

Rua Libero Badaró, 119 – auditório.

11 82162160 Rapper Pirata


http://www.forumhiphopeopoderpublico.blogspot.com/


Se tiver panela então vamos fazer feijoada.”

Rapper Pirata



2.1.11

RAP A FAVOR DO N.C.N.

Autor: Rapper Pirata

São Paulo
Data 02/01/2011 horario:16:29

Eita! Lá... lá...
Agora que os pobres conseguiram entrar lá,
depois da decáda de cincoenta,
os intectuais da direita 'qué` explusar,
porque a produção intelecta não é europeia,
são informações que foram queimadas para não serem pagas,
mas conta a nossa história,
que tem mais de quinhentos anos e não se apaga,
porque ela é escrita e falada,
tem que manter o NCN na universidade gratuita,
que parece paga porque é dificil na USP entrar a periferia,
agora que ela esta a entrar eles querem expulsar,
porque dela também transforma a cultura brasileira,
e logo a elite terá que disputar seus privilégios de cadeiras,
em instituições do estado que ela explora,
'tamos' aqui fora,
mas sabemos como tentam controlar,
a revolução preta, proletária do povo da periferia,
esses são os outros quatro p´s,
diferente da antiga estatísticas,
da literatura impostas,
deixa o Nucleo de Conciencia Negra lá,
a grana da universidade é pública e não da reitoria.
Isso é rap improvisado,
mas também é um manifesto contra o sistema,
que a 16 anos tem nos atrasado...
Rapper Pirata,
nas rua sintonizado e bolado,
não seja um bugues universitário,
venha com seu conhecimento para nosso lado,
para mudar esses mais de quinhentos anos de atraso...


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25.11.10

Hip Hop Filmes – Seminário: HIP HOP CONTRA O GENOCIDIO DA JUVENTUDE; ENCARCERAMENTO E OUTRAS QUESTÕES FEMININAS.

Resultado do Debate na Camara Municipal SP referente ao Hip Hop Filmes – Seminário: HIP HOP CONTRA O GENOCIDIO DA JUVENTUDE; ENCARCERAMENTO E OUTRAS QUESTÕES FEMININAS. Dia 05 de novembro 2010.


Estão abaixo as principais questões levantadas nas falas de cada participante, com suas reflexões referente ao tema, movimento hip hop, encarceramento populacional e a sociedade brasileira.




Wellington – Mc AK47 – Fantasma Vermelho


Faz leitura de texto reflexivo Sobre o Genocídio da Juventude

O Brasil está no terceiro lugar em assassinatos de jovens entre 84 países;
Jovens negros têm um índice de vitimação 85,3% superior aos jovens brancos;
Enquanto as taxas de homicídios entre os jovens aumentaram de 30% para 51,7% (por 100.000 habitantes) no período de 1980 a 2004, neste mesmo período as taxas de homicídio para o restante da população diminuíram de 21,3% para 20,8% (por 100.000 habitantes);

A faixa etária em que ocorre um significativo aumento no numero de homicídios é a de 14 a 16 anos
(Fonte: Mapa da Violência 2004)


Temos um estado genocida com a roupagem de Estado de direito


A ciência seria supérflua se ficasse apenas na aparência dos fenômenos” (Marx)


“Aos nossos que se foram vítimas do Estado genocida”

Ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante” Art 5º, III da Constituição Federal


GENOCÍDIO: Tentativa de, ou destruição, total ou parcial de grupo nacional, étnico, racial ou religioso; crime contra a humanidade. (Dicionário Aurélio de Língua Portuguesa)


Trouxe aqui uma citação do artigo 5º da constituição. O mesmo estado que traz direito a vida é o mesmo estado que tira a vida.

No caso brasileiro entendemos que o estado pratica o genocídio, justamente porque tem como seu alvo grande parte da população da classe trabalhadora, e que sem dúvida é a juventude negra. Esse é o grupo “privilegiado” que sente as conseqüências do Estado genocida.

Entendemos que no caso específico o que torna o estado brasileiro genocida é justamente uma política orquestrada, articulada entre esses elementos: repressão direta com ausência de políticas públicas combinadas com a gestão da força de trabalho para quem está inserido em algum tipo de emprego e controle social das pessoas que estão fora do mercado formal de trabalho e que pertencem ao grupo alvo do Estado.
Quando falamos de política de repressão estamos resgatando a ação da polícia, braço armado do Estado que pratica o ato da eliminação física por meio das armas, defendem o patrimônio, a propriedade burguesa, despejam pelo uso da força famílias que não tem para onde ir, consolidam grupos de extermínios etc.


A violência policial é um dos pilares da política de repressão, entendemos que toda ação que não garantem direitos e que constroem barreiras para os oprimidos em defesa da propriedade privada mantém esta política.


As formas de discriminação, o racismo, a homofobia, o machismo e quaisquer outras formas que mantém o preconceito também integram o processo de repressão, todas essas ações integradas são responsáveis por um grande número de mortes que ocorrem no país.


Saindo do âmbito da repressão direta nós nos deparamos com outro fator que também levam parte da população a determinados tipos de morte: a ausência de políticas públicas.


Talvez para quem tem acesso aos meios de satisfação das necessidades básicas estranharam esse ponto ou não entenderam a reflexão, mas para quem sofre com essas ausências de políticas isso se constitui num fator de alta vulnerabilidade que pode levar a morte. Estamos falando de desemprego em massa, de pessoas que passam fome, daquela grande parte da população que vive nas ruas, daquelas pessoas que morrem por doenças que poderiam ser evitadas se existissem programas sérios de saúde pública nas periferias, estamos falando de grande parte da população que não tem acesso ao básico, logo todas essas ausências estão intrinsecamente articuladas num projeto mais amplo de repressão que tem como alvo grande parcela da população, especificamente a juventude negra que é a população que está sendo mais atingida.


É com este entendimento que o Fórum de Hip Hop São Paulo irá promover de forma periódica seminários “Contra o genocídio da juventude”, tentando entender as diversas faces deste projeto que culmina no genocídio, nesta primeira edição iremos tratar da Violência contra a mulher nos detendo na temática específica da “Situação da mulher presa”, uma vez que o encarceramento em massa constituída por esse estado penal é uma das formas da política de repressão que mantém o controle social de determinado grupo social: negros e pobres, desde a adolescência que são alvos de discussão do projeto de redução da idade penal até os adultos que são alvos de projetos de pena de morte sempre em pauta no poder legislativo.


Nós que fazemos parte dessa população, alvo deste Estado genocida, temos que nos defender de forma coletiva, não podemos ficarmos tranqüilos aguardando a nossa vez, temos que questionar essas políticas.


Para isso não basta dizer que o Estado é criminoso e querer julgá-lo com seus instrumentos, isso não resolve a questão, é sabido que a própria origem do Estado é criminosa, ele nasce cometendo crimes, dizimando povos, fazendo a guerra, ou seja, praticando o genocídio no contexto do modo de produção capitalista em expansão.
Sendo assim, convocamos o hip hop, movimentos sociais, movimentos de defesa de direitos, a juventude negra, pesquisadores e todas as pessoas que se opõem a tais práticas genocidas a fortalecerem e incorporarem essa discussão.

Pirata

Sempre existe a relação da cadeia no Hip Hop americano, seja nos clipes ou filmes. Há estudos cientificos americanos que comprovam que em quatro habitantes do país, um poderá ser preso. A política do Estado de São Paulo é copiar a política norteamericana. Se a idéia é copiar então a coisa é muita séria. Analisamos que hoje temos 170 mil pessoas apenadas, desde jovens há idosos.

Palestrante: Lunna

Agradecimentos iniciais ao Fórum de Hip Hop Municipal pelo convite de participação no evento.

Faço parte do Portal Mulheres no Hip Hop e da Frente Nacional de Mulheres no Hip Hop.

O genocídio começa na periferia por faltar amor carinho. Mulher que sofre violência doméstica. Vizinho que fica bêbado.

O homem destruiu o rosto de uma modelo que veio do nordeste tocando fogo nela. Até hoje ele responde em liberdade. Enquanto ela ... Adolescentes que se prostituem.

Mulheres que são obrigadas a trancarem seus filhos em casa para trabalhar.

Imagina a mulher na cadeia? Problemas de piolho. Para os homens bastam raspar o cabelo e esta tudo certo. Agora, e as mulheres. Problemas com banheiro e o banho em período menstrual? Com a violência praticada entre as parceiras dentro do presídio e a violência causada pelos agentes, que não estão preparados para atender essas mulheres.

As mulheres presidiárias vão sair da cadeia e temos que lembrar que elas são cidadãs.

Daniel rapper e ativista de Minas Gerais

Este espaço é muito rico. Espaços como esse é pouco.

O negócio é pensar a função do presídio. Inclusive o presídio feminino segue muito o perfil masculino. Gosto muito de falar de um trabalho voltado a ressocialização e não para retenção, como é apresentado neste momento. Muitos ganham com isso.

Existe o olhar humanitário, que é não passar mão na cabeça de bandido, mas sim dar condições para que ele possa se ressocializar.

Acredito que o Hip Hop tem que ir para alem de gravar clipes em presídio. Acredito que o Hip Hop tem poder para isso.

Palestrante: Lunna

A gente não consegue entrar no presídio, mas não consegue em função da burocracia

Carolina

Este Fórum de Hip Hop, pauta a questão cultural. Ouço rap muito esporadicamente. Carolina faz uma critica a uma das músicas do grupo de rap, Racionais MC’s.

Segundo um moleque que conheço, exemplificou seu modo de vida com um trecho da musica dos Racionais, viver muito como um rei ou pouco como um Zé. Talvez o rap diz uma coisa, mas talvez o jovem não tenha maturidade para entender isso. A letra do racionais é um exemplo disso.

Trata-se de juventude, aqui eu devo ser a mais jovem presente. O Fórum de Hip Hop deve pautar com pessoas um pouco mais jovem.

Eric – União Juventude Comunista

Meu tio é padre e faz parte da Pastoral Carcerária, e é ele que me traz muito informação. Sei que quem mais tem presença nos presídios são os pretos. E quem mais sofre são as mulheres, que muitas sofrem duas vezes: primeiro por ser mulher. Depois por ser preta.

O Hip Hop nasce da cultura negra e da estética da periferia. A exposição foi interessante, pois mostrou a realidade do sistema carcerário.

Sabata- UJS

Mais com relação a fala do Rubens. Acho interessante esse espaço para debate. Existem aqui diversos movimentos juntos. Achei isso muito interessante. E é fácil entender que os diversos movimentos estão interligados em função dos diferentes assuntos estarem interligados.

Mary - Fórum do interior da mulher

No interior discutimos muito sobre o genocídio da juventude, mas nunca vi a pauta especifica do genocídio da mulher encarcerada.

O que me deixou muito curiosa foi a fala do Daniel que disse que em determinado local a maior vitória da pessoa é ser preso, por considerar o local mais alto e possível de ser alcançado.

A maior parte das presidiárias estão presas por influência dos seus parceiros e dificilmente o inverso acontece. Segundo a fala do crime. Mulher de bandido será sempre mulher de bandido. O que temos que levar para frente, inclusive para juventude. É que é bonito o carro da hora, a moto. Mas não é bonito visitar ninguém na cadeia.

Tito – Fantasmas Vemelhos

São Paulo atinge a histórica marca de sete mil internos. As adolescentes são invisíveis. Sabemos de adolescentes em que não tem visitas intimas, mas saem de lá grávidas.

Tito pergunta a palestrante, Lunna: Quando falamos de masculinização da penitenciária feminina. Bem, qual é o modelo ideal? Quais são as revindicações das mulheres. E esse negócio do PCC, Comando Vermelho, como é a relação das mulheres?

Lunna

- Não cheguei a pesquisar sobre o sistema carcerário na Fundação Casa.

- O Hip Hop libertou-me com relação às dificuldades na sociedade. Dentre seis irmãs, quatro seguiram o Movimento Hip Hop, uma prostituiu-se e outra criminalizou-se.

- Necessidades básicas nos presídios para mulheres: mais banhos, estética com o cabelo (sem corte), assistência médica, superlotação, higiene, alimentação, violência entre presidiárias e com as agentes.

- Mulheres nas facções: são membros integrantes também.

Wellington

Sobre o comentário dos racionais. Conteúdo como crônica, nem todos compreendem a poesia do hip hop, apenas reproduzindo sem capacidade de interpretação como qualquer outra vertente literária.

Geraldo

Referente as questão dos racionais: Molecada compreende as poesias, apesar da educação precária.

Sistema carcerário é masculinizado e desumano. Com isso como é o trato da mulher gestante nos presídios?


Daniel

Existe um déficit de 15 a 24 anos, que estão lá fora na guerra.

Um policial negro, quando entra na corporação deixa de ser negro.

A gente não muda a paisagem pela janela.

Leandro – Prefeitura de Santo Andre – Assessoria de Adolescente para Políticas Públicas – Direitos Humanos

Nós, lá em Santo André, tivemos a oportunidade em ter uma fundação casa. Em um local que poderia ser criada outra construção pública, vai se tornar uma fundação casa. Inclusive para construção da mesma, serão destruídas duas escolas.

Caroline

Acho que podemos especificar essa discussão ainda para mulher preta

Sobre a questão do aborto. Acho que mulher já é eximida do seu direito antes de tudo. Onde ela tem que escolher entre ter filho ou ir trabalhar.

A mulher preta foi a primeira mulher trabalhadora do Brasil.

Ice Boy – Extremo Leste Cartel

A igreja arrebentou com a mulherada na questão do aborto. Inclusive o PSDB e a igreja usou isso para ninar a candidatura da Dilma Rousself. Porém, homem falar de aborto é muito difícil, pois ele não vive todo o processo.

Eric

A gente tocou no tema no que fazer? Isso é um problema muito sério. O Hip Hop não é uma coisa muito simples de dialogar. Ainda mais na ótica da esquerda, que hora se utilizou do movimento como bem quis e outrora simplesmente esqueceu-se do hip hop.

Mary

Essa questão do genocídio não foi pensada agora, mas há muito tempo. Com a tentativa de embranquecimento dos brasileiros. Com a expansão da cracolândia, que existe desde dos anos 80, mas somente agora começaram a se preocupar, já que agora começa atingir outras classes sociais.

Nando Comunista - NCFA

Apresentou propostas para um próximo encontro:

Fazer outro encontro para tratar do genocídio da juventude.

Pautar na comissão de direitos humanos da câmara municipal.

E falar sobre o fenômeno das músicas.

Lunna

- O mais grave é quando ela perde a identidade. Quando ela é conhecida como mulher do preso e não simplesmente mulher.

- Mulheres Grávidas – dificuldade em toda a gestação da mulher. Normalmente o tempo em que ela fica com a criança é de até 6 meses. O maior problema é na separação, para onde é que a criança vai. Existe um projeto de pais provisórios e cada 15 dias eles levam a criança para visitar a mãe.

- O Hip Hop não deve ser usado pelos partidos, mas o Hip Hop deve utilizar os partidos.


7.11.10

Vamos acordar.

Rapper Pirata ( Inspirado pelo som do Racionais)
Blog: rapperpirata.blogspot.com

Mas que calor que horas são?...
Na mente a letra do Brown,
sangue nativo, branco e preto,
esse tru é sangue bom,

Ai vamos nós...
Fazendo rap para percebermos que somos iguais,
aos que são nossas bases,
eles que vieram forçados nos navios negreiros,
construtores do ritmo do tambor,
que os idiotas chamam de macumbeiros,
nossos dignos ancestrais,

Os capitães do mato tentaram,
os cientistas bolou misturar demais,
para o futuro do passado não sermos pretos demais,
estratégia errada de forma concreta,
mantida de forma abstrata,
explicita nos programas e filmes genocidas: Tropa de elite, Federal, Rota, Gambés 24 horas, Profissão de risco e Cidade alerta,

Mas ai!
Os verdadeiros do movimento Hip Hop Zumbi sempre desperta,
nos identificamos pelo rosto, trejeitos e traços,
que o policial tentou desconfigurar,
na tortura que na constituição é proibida,

Ontem, hoje e sempre sabemos e aprendemos sobre a nossa existência,
Somos assim mesmo!
Periferia.
que infelizmente continua em agonia,
como a primeira liberdade vinda do povo, a revolução Haitiana,
nem lá querem reconhecer a preta soberania,
'nois é maioria',
o nosso saber veio do continente Africano,
que não excluí como o ariano e imposto,
com sua branca cidadania,

Se pá! Estamos indo para o caminho certo,
só que temos que desviar do crime, desemprego, droga que nos pulveriza,
males sociais colocados entre a gente,
porque eles têm medo da nossa alto estima,
que reconhece nos heróis da lotação, trampo, terreiro, escolas, esquinas, ruas, boteco, hospitais,
os que são movidos por Palmares que emana sua energia,

É em novembro que refletimos o dia a dia,
para culminar no momento da virada de nossas vidas,
para não deixarmos elas adormecerem,
no ópio do é assim mesmo,

Acorda ai Periferia!
Feriado nacional 20 de novembro, cotas, estatuto, reparação,
é pouco para quem constrói de verdade essa nação...

Meio o dia é vinte, a fita é o seguinte....

Rapper Pirata

19.10.10

Cartaz

HIP HOP CONTRA O GENOCÍDIO DA JUVENTUDE

Evento na Câmara Municipal de São Paulo debaterá o encarceramento de mulheres.

O Fórum de Hip Hop Municipal SP promoverá seminário para discutir o encarceramento das mulheres no Brasil. Muita coisa é revelada sobre a precariedade do sistema carcerário no aprisionamento de homens. Entretanto o questionamento que os integrantes do Fórum de Hip Hop Municipal SP fizeram durante a organização deste evento é com relação a esse sistema masculinizado que é precário no atendimento aos homens e que fica muito distante em atender necessidades básicas da mulher.
Nos presídios temos a abstração do machismo, inserido na sociedade brasileira, visivelmente e sensivelmente concreto, seja na vestimenta ou na ação de secretarias de seguranças com politicas de negação de visitas intimas.

As maiores reclamações dessas mulheres, retiradas do convívio em sociedade pela justiça, estão relacionadas a dois tópicos chaves:
Estrutura física do sistema penitenciário. Existem 31 mil mulheres presas em locais com capacidade para 16 mil, conforme dados do DEPEN (Departamento Penitenciário Nacional);
Não garantia de direitos básicos, em busca da reinserção a sociedade, como, por exemplo, maternidade, relações familiares, saúde e sexualidade. Além do acesso aos utensílios de extrema necessidade, como sabonetes, xampus, papel higiênico, absorventes, entre outros.

O genocídio da juventude, especificamente das mulheres, começam antes da atuação do sistema prisional. Ainda mais com a despolitização de assuntos sérios em torno da sexualidade e da saúde pública, como, aborto e métodos contraceptivos para prevenção de doenças e gravidez indesejada.

Este seminário será realizado no dia 05 de novembro, das 19h às 22h, na Câmara Municipal de São Paulo. O evento esta dentro da programação do Hip Hop Filmes, série de encontros promovidos pelo Fórum de Hip Hop Municipal SP. Neste dia o coletivo fará uma homenagem a uma das maiores rappers do cenário nacional, Dina Dee, falecida em março deste ano, após complicações no parto.

Serviço:
Seminário: Hip Hop contra genocídio da juventude – Encarceramento e outras questões femininas.
Local: Câmara Municipal de São Paulo
Data: 05/11/2010
Horário: das 19h às 22h

Participações:
Mediação: Preta Soul (Fórum de Hip Hop Municipal SP)
Movimento Hip Hop: Luana (Livre Ameaça e Fórum H2O Mulher)
Kenarik Boujikian Felippe (Associação Juízes para a Democracia)
Soraia (Assistente Social)
Representante do Núcleo Carcerário da Defensoria Pública
Apresentação da MC Lauren

Fórum Hip Hop Municipal SP
Criado em 2005 é um espaço e canal de diálogo entre os jovens do Movimento Hip Hop e as representações da administração pública municipal com objetivo de discutir políticas públicas e criar critérios públicos que direcionem a relação entre o poder público e os jovens, garantindo que não haja privilégios de uns em detrimento de outros setores.

Os encontros e discussões do Fórum ocorrem a partir de 8 eixos temáticos:
Difundir o Hip Hop
Elaborar políticas públicas de juventude
Inserir o Hip Hop como tema transversal da educação
Combater a discriminação de gênero
Organizar uma agenda do Hip Hop na cidade
Combater a discriminação racial
Atuar contra a violência policial
Debater geração de emprego e renda

Imprensa:
André Luiz dos Santos (Rapper Pirata)
Fone: 11 8216 2160
rapperpirata@gmail.com
Mtb:41831/SP
Geraldo Brito
Fone: 11 9556 1766
geraldoreportagem@yahoo.com.br
Mtb: 49219/SP

25.9.10

O hip-hop na sociedade

QUINTA-FEIRA, 18 DE MARÇO DE 2010
O hip-hop na sociedade
O hip-hop surge na década de 80, em Nova Iorque com a difusão do break, que é um estilo de dança de rua, ou seja, é dança do hip-hop. Em 90 chega ao Brasil e é usado principalmente para protestos reivindicando sua participação na sociedade e sendo também um instrumento social para jovens trocarem violência por arte.
Os rappers, breaks, grafiteiros, Djs surgiram da falta de investimento do governo nos setores da educação, saúde, cultura, transporte, esporte, lazer, saneamento básico, trabalho, tendo assim essas profissões como uma das únicas formas de sobrevivência e luta pelos seus direitos.
A participação deles na sociedade é rechaçada por grande parte das autoridades políticas e pela classe dominadora, porque o hip-hop se desenvolveu na periferia entre os negros e os pobres, e suas composições iam contra as desigualdades sociais e o próprio governo.
A Semana de Hip Hop (lei 14.485 de 2007) é um dever da administração pública do município de São Paulo, onde está presente até no calendário de eventos da cidade. Porém, no ano de 2009 a Semana não foi realizada pela falta de disponibilização da verba (100 mil reais) para sua execução, onde governo de Kassab até se recusou a fazer a Virada Cultural, caso o hip-hop estivesse presente, já que há um grande conflito de representações entre os dois. Enquanto o governo diz que os rappers são criminosos que só “atrapalham” o seu trabalho, com críticas e protestos, a comunidade do hip-hop acredita que os governantes nunca farão nada por eles, apoiando somente o próprio governo e a elite.
De acordo com a entrevista feita com o rapper Pirata, morador de São Paulo, formado em jornalismo e com cds lançados, não se pode aceitar o domínio da minoria, essa mesma que só se importa com seus próprios lucros e interesses, lembrando que o dinheiro não compra caráter. Pirata também tenta mudar a ideia de que nas periferias e favelas só existem criminosos e os bairros de classe alta são formados por honestos, já que são esses mesmos que desempregam a população, destroem o sistema único de saúde, são contra qualquer coisa que possa dar autonomia aos pobres e mantém a eterna escravidão fantasiada de liberdade.
É por todas essas razões que o hip-hop deve continuar nas ruas e cada vez ganhar mais força, propagando suas ideias, lutando pelos seus ideais, estruturando as comunidades e acordando as pessoas de todas as injustiças que acontecem.



Dissertação feita pelas alunas: Victória Renófio e Letícia Zaia.

fonte:http://victoriarenofio.blogspot.com/

19.9.10

O que o Kassab sabe que os cidadãos paulistanos não sabem?

Texto Rapper Pirata

Alguém sabe qual é a do prefeito Kassab? Ele anda militarizando o município de São Paulo através da policia militar. Temos uns oito subprefeitos que são "és capis" da corporação; Agora é a policia militar que informa a prefeitura onde ela tem que fazer obras e reformas, porque a reclamação do cidadão paulistano não é para ser ouvida, sim o email de um PM, por códigos que informam se a calçada está quebrada, lixo acumulado na rua, buraco em asfalto. Ah! entendi, isso é uma informação segura! O prefeito, que usou a idéia de ecologia para ser eleito, colocou a policia militar para bater nos trabalhadores que revendem mercadorias nas ruas. Não me digam sobre esse papo de crime organizado, para mim é piada.
Hoje temos bigodes suspeitos entre outros espaços, que teriam que ter de participação da sociedade civil e funcionários públicos da prefeitura, além de ser responsabilidades da administração. Agora se alguma organização social ou de moradores for fazer algum evento na rua, que é um espaço público, tem que pedir permissão para policia e não avisá-la. Não esquecendo que temos uma constituição, a cidade não é do DEM, não esqueçam que temos direitos demônios.
Pensem você ir em uma UBS (Unidade básica de saúde) e o médico ser 'um policia militar'? Como será que esse cuidará do garoto que foi baleado por outros da corporação, qual será o atendimento? Você sendo preso porque reclamou que sua rua estava escura e perigosa? Sabemos que a policia não está preparada para atender o cidadão, a não ser na base do calar sua voz com truculência. Quem acredita na ouvidoria da policia, levanta a mão? Calma, levanta-as porque você está sendo revistado, deve ser um ganso enrrustido.
Resumo o que o Kassab quer? Será que vamos voltar para ditadura , que agora será policial? Qual o contrato com a secretaria de justiça do estado com a prefeitura?
O que o Kassab sabe que os cidadãos paulistanos não sabem?

Então me ajudem a refletir ou melhor parar isso antes que... Nós sejamos as vítimas.

Falo!
Rapper Pirata além de quatro elementos, sendo um elemento de madrugada, ainda vivo.

12.9.10

Semana do Hip Hop: movimentos pedem respostas para as secretarias municipais

fonte:http://votoconscientesp.blogspot.com/search/label/Hip%20Hop
SÁBADO, 21 DE AGOSTO DE 2010

Comissão dos Direitos da Criança e do Adolescente realizou audiência para tratar do tema

Instituir a Semana do Hip Hop no calendário de eventos da cidade foi o tema da audiência pública da Comissão Extraordinária de Defesa dos Direitos da criança, do Adolescente e da Juventude nesta sexta-feira (20/08).

Diversos movimentos reivindicaram no encontro a aplicação da Lei Municipal 14.185/2007. De acordo com o eles, em 2010 não houve o evento, por isso o integrantes solicitaram o debate, para garantir que em 2011 o orçamento conte com dotações para a sua realização. O fórum entrou com uma representação contra a Prefeitura para aplicação da Lei.

“A Semana do Hip Hop é muito importante, pois é um momento de debate e reflexões, com intuito de combater o racismo e apresentar as manifestações artísticas. Temos de cobrar o poder executivo.”disse o rapper Pirata.

O representante da Coordenadoria da Juventude, Antonio Carlos de Freitas Júnior, apresentou diversas atividades municipais que incluíram o hip hop ao longo do ano. Freitas enfatizou que “a secretaria de Participação e Parceria quer sim construir políticas públicas aliadas ao movimento.”



Diante dos anseios, o representante da Secretaria de Cultura Thiago de Amorim Saraiva comentou que é intenção da pasta apoiar a semana bem como as políticas sociais e artísticas do movimento. “A secretaria está aberta para o diálogo a fim de pensar em alternativas para semana. Queremos realizar o evento no próximo ano.”



A vereadora Sadra Tadeu (DEM), que comandou o encontro, reforçou a preocupação dos vereadores da Comissão para que se chegue a um acorde junto ao movimento. A ideia é que a semana seja realizada anualmente, que tenha orçamento, e não seja realizada somente através de emenda parlamentar.



“Vamos marcar uma audiência com o secretário de Cultura para finalizar isso. Saber se vai ter ou não vai ter. A partir do momento que esse assunto tiver uma rubrica no orçamento não tem mais como voltar atrás”, finalizou a parlamentar.

11.9.10

O MACHISMO PAULISTANO GENOCÍDA.

Rapper Pirata

O número de jovens que estão sendo encarcerados assusta, pior é por razão do pensar de gestão pública do estado, eles são presos por trafico de drogas entre outros problemas, que são causado por problemas familiares, financeiros ou depressivos. Hoje eles aumentam o consumo de droga e sobrevivem no escuro mundo corrupto, se sujeitando as mais bárbaras violências.
Não podemos ignorar também a estratégia financeira de fazer o Brasil ser um grande mercado de consumidor de drogas lícitas ou ilícitas, para manterem a circulação financeiras de risco, que é o mercado obscuro da mercadoria droga. Assim o estado faz o seu combate violentamente contra vidas pobres, justificando-se ser necessário, um disfarce perfeito para manterem a ideologia do genocio dos pretos e pobres brasileiros. Ele tem até intelectuais, políticos, juristas e secretários de segurança pública preparados para negar a omissão do estado teoricamente em academias, suas falas, ações e teses confirmam que não os problemas sociais que necessitam de soluções sociais, assim tratam o garotos e a garotas de nove anos como monstros, forma simplista de justiça para os anseios da sociedade.
A impressão que a grande mídia e a classe media alienada querem é; Que matem todas as pessoas que moram nas ruas e na periferias, para manterem o estado de brancos limpos.
Diversas pessoas não refletem o que está acontecendo a milhões de brasileiros, porque não seus filhos. Porem, quando um deles caem na teia da estratégia do genocídio, já há clinicas de recuperação, advogados e juízes preparados para garantir suas vidas e imagem de cidadãos de bem, que são assassinos.
Um dos fenômenos no aumentando das estáticas é a da prisão de diversas mulheres e garotas, sejam por razão do consumo ou a venda da droga. Muitas são as mães que terão que encontrar respostas financeiras para fome de seus filhos, por amarem seus companheiros, para ostentar o consumo que são obrigadas, sustentar o vício e entre outros. Pior que o estado não esta preparado para abrigar as jovens e as mulheres em Prisão Casa, delegacias e penitenciárias, porque a estrutura é somente para resposta ao machismo. Infelizmente o dito cadeia é para homem é uma verdade. Essa é uma das formas concretas do machismos impregnado no sistema opressor racista, branco, familiar, violento brasileiro.
Buscaremos juntos refletir essa situação e entender como o hip hop pode tornar-se uma das ferramentas para as vítimas gritarem e orientarem outros mudarem o ritmo de suas historias.