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25.11.07

OS ENVOLVIDOS NO CASO DA GAROTA DE BELEM TEM QUE SEREM PRESOS.

OS ENVOLVIDOS NO CASO DA GAROTA DE BELEM TEM QUE SEREM PRESOS.

Rapper Pirata

São Paulo, 25 de novembro de 2007 - Temos que pedir a prisão de todos os envolvidos no caso da garota que ficou um mês presa numa cela com vinte homens, em Abaetuba cidade de Belém . O afastamento de todos os representantes do estado é pouco, pelos os traumas que causaram na vida da jovem. Eles não deram chance a vítima que sofreu diversas humilhações por ser mulher, pobre e adolescente nesse país conservador de privilégios de uma minoria abastada. Os policias, delegados, carcereiros tinham a consciência do que estavam fazendo, esses abusaram do poder de representantes do estado.
A governadora que foi omissa em seus afazeres, agora tem a obrigação de pedir desculpa em público a todos brasileiros, e exemplarmente mandar os réus para trás das grades. Falo dos hipócritas que se dizem defensores dos ‘homens e mulheres de bem’.
Existe um dito que a ‘justiça é cega e muda’, aqui no Brasil é também é surda. Porque a garota teve que provar que era adolescente, só que tinha cometido um furto, é cultural mesmo se for preso inocentemente você perde o direito de ser humano nessa nação; Então ninguém precisava ouvir seus gritos femininos de socorro da vítima adolescente. Ela diz que foi violentada não somente pelos homens que estavam na cela, os policias também fizeram suas farras com o corpo dela, a presa. Será que eles resolveram colocar-la entre os presos para despistar as provas do crime de estupro, se houvessem os exames de corpo de delito, para saber a integridade que estava indo para o cárcere? Esse crime não pode passar em pune, porque existem outros no país que nem são investigados e acontecem todos os dias nas periferias. A única política publica eficiente nos bairros pobres e a presença das tropas da segurança, que vão matando homens, mulheres e crianças. Suas famílias nunca saberão por seus entes morreram, ou até sabem, mas a pólvora da arma contra violência, clamada pela tal classe média, está nas vielas presente para garantir o direito do silencio do genocídio realizado pelos estados brasileiros.
Então Ministério Público, OAB, movimentos Sociais, igreja, deputados, senadores, vereadores, Ministros da justiça; toda a sociedade se mobilize também por esse caso, e não somente quando o sangue da impunidade atinge vocês.


Comitê Contra a Criminalização da Criança e Adolescência, Fórum Hip Hop Municipal.

Jornalista, Rapper e Fórum Hip Hop Municipal.

19.10.07

EU E O B.O. 193 DA GUARDA DO KASSAB.

São Paulo, 17 de outubro de 2007 – No sábado sem carro proposto pela prefeitura á população paulistana, eu estava caminhando na rua Vinte Quatro de Maio, no centro no horário das 17:00h . De repente um vendedor de produtos na rua grita correndo:
- O gelo.
Neste momento entra pela via de pedestre dois carros da guarda metropolitana numa velocidade de quase 50 km/hora. Foi aquele corre-corre de micro empresários informais perdendo suas mercadorias. Manufaturas que são fabricadas pela industria formal, depois se tornam ilegais, porque o estado deixou de captar os impostos sobre elas. A fórmula mágica dos caixas 2,3,4 ... Voltando ao meu dia de não cidadão. Os guardas agiram como estivessem prendendo criminosos e não trabalhadores desempregados. A brutalidade foi estúpida, tanto com essas pessoas que vendem nas ruas e quanto aos cidadãos que estavam transitando sem carro pela capital. Neste momento violento oferecido pelo município, eu colei na vitrine da agência do banco do Brasil para não ser atropelado; É... Nem imaginava que seria de outra forma. Quando houve a possibilidade seguir a minha rota, aparece um guarda metropolitano na minha frente impedindo o meu direito ir e vir. Ele coloca a mão em meu peito barrando a minha passagem e diz é policia, e iria me revistar. Disse para ele que não era e que ele estava me confundido um vendedor de rua. Ai vem toda a tropa azul para cima de mim, empurrando-me para próximo a uma viatura deles, e diziam para eu colocar as mãos sobre o porta malas para ser revistado. O super guarda que começou tudo, bate em minha cabeça e tira a minha bombeta, esbravejando:
-Quando a polícia te mandar encostar se tem que obedecer.
Então revistaram-me com truculência, depois de verificarem que estavam fazendo besteira, começou o jogo do guarda bom e mau. Uns diziam que tenho que obedecer, outros que tenho meus direitos, isso já era 17h: 27m da tarde.
- Tô vendo que você é estudante. Falou o tal guarda bom.
- Eu não sou estudante. E vocês não têm o direito de fazer isso. Barram-me só porque tenho o estereotipo padrão (bombeta, calça larga e camiseta); respondi.
- O que você está fazendo na cidade? Ele me questionava.
- Eu moro aqui e tenho o direito ir e vir, sou cidadão.
- Você tem preocupar-se com você e não com outras pessoas? Dava-me uma dica de comportamento.
- Só que faço parte de um coletivo! Respondi. Lógico que tentei evitar o debate porque era arriscando, mesmo estando numa via publica movimentada. As pessoas me olhando, essa fora a razão de me senti constrangido, estava perante aqueles homens e mulheres de azul, eles estavam violado o meu direito, e eu só tinha minha voz para evitar tal humilhação que passei.
- Se você acha que agimos de forma brusca, pode denunciar-nos na corregedoria da Guarda Metropolitana que fica na Rua Augusta, 437; Era o dever deles me informar sobre a busca da reparação.
Então perguntei ao que me interrogava qual era o nome do guarda que começou tudo, então ele contou que só sua superior poderia dar essa informação. Percebi que justo o que me questionou sobre o coletivo, agia da mesma forma defendendo a sua corporação. Então a chefe Simoni assim estava escrito na sua identificação, algo que o guarda que me parou não tinha. Ela negou-me a informação disse que resolveria qualquer problema de seus subordinados, falando para eu anotar o código de sua viatura 10127. Depois que consegui de volta o meu cotidiano e acalmei, e tentar obter o meu direito negado. Primeiro perguntei para os soldados de um posto da policia militar, localizado na esquina da Biblioteca Municipal, as 17h: 40m, se eu poderia fazer o BO da tal abordagem, eles me instruíram que sim, desde que eu fosse a uma delegacia. Lá no quarto distrito policial, que fica perto da Rua Augusta. O escrivão não achou que houvesse um crime e foi perguntar ao delegado que estava nas escadas. Esse me olhou dos pés a cabeça e resmungou que era normal ser revistado. O escrivão aconselhou-me a ir a corregedoria da guarda, mesmo com a minha desconfiança no corporativismo.. Cheguei no local, isso já eram 18:00h, era hora da troca de plantão, então pediram para esperar. Aparece o guarda Álvaro, sem uniforme e interroga-me no saguão do prédio. Contei a história, ele me perguntou se eu era um camelo. Disse que era rapper, operador de call center (sem grana não vivo) e jornalista. Neste momento me fitou e pediu para esperar a tal troca de plantão.
O guarda Álvaro grita meu nome e pede para ir ao andar acima da garagem. È que eu esperei trinta minutos no mesmo local que entrei no saguão do prédio. Quando chego na sala que havia dois armários de madeira como divisória, três computadores sobre uma mesa e o guarda que anotaria minha ocorrência. O guarda Álvaro deve ser muito bom no que faz, ele anotou tudo em uma folha de papel, a interpretação do que falei. Incrível, até sabia qual era o numero da BO, 193. Vejamos! Numa troca de plantão o substituto do outro oficial, já sabia toda a ocorrências do dia. Hum! Depois que eu descrevia tudo, o guarda dedicado pediu para o escrevente anotar tudo que ele havia anotado. Leu para mim e depois pediu para eu ler, só não me deu uma cópia do tal boletim de ocorrência. Teria direito desse tal documento, será? Falei que queria ver as fotos para reconhecer o tal guarda que me parou. Ele se justificou que o sistema não estava funcionado e eu teria que voltar na segunda fazer o reconhecimento. Pelo jeito o sistema não funciona mesmo! Etá! Sistema! A idéia de guardar um rosto desconhecido por dois dias seria um grande teste, algo que não quis fazer. Mas fica-me o questionamento: A prefeitura trabalha por sistema de rede, gerenciada pela Prodam, então não seria mais eficiente para a corregedoria ter o arquivo de fotos em rede, que poderia ser visto por outro computador? Hum... Mas o Álvaro anotou fato no BO 193. Na segunda não compareci na corregedoria, porque tinha que trabalhar e o curso a noite. Antes que alguém julgue, eu estou esperando a ligação ou carta de comparecimento até agora. Será que cai no golpe do BO 193. Hum! E ae! Prefeito Kassab sua gestão não é voltada eficiência de atendimento ao cidadão? Qual? O que votará em você ou no que faz parte da população.

22.9.07

Kassab tira o direito de ir e vir dos cidadãos no viaduto do Chá.

Rapper Pirata

São Paulo, 22 de setembro de 2007. Senhor prefeito de São Paulo Gilberto Kassab por que está fazendo campanha política desde que assumiu o cargo? As eleições não começam em agosto de 2008?
Atenção! Pessoal do Tribunal Eleitoral isso vale?
Você, Gilberto Kassab com sua administração autoritária tira-me todos os meus dias o meu direito de ir e vir, com aquelas grades de contenção em frente a prefeitura e em outros lugares da cidade. Aqueles guardas municipais e policias que estão ali guardando o patrimônio público, olham-me como alvo, sempre que passo entre as tais grade. Acredito que você o 'eco-super-prefeito' deva saber que o viaduto do Chá é para os pedestres, e não pode apropriar-se de áreas públicas como fossem privadas. Seus fiscais não multam pequenos comerciantes por esse tipo de atitude? Só que representantes do poder público pode, é isso?
O... vereadores! Tomam uma atitude! Aqui é um eleitor que terá que ler seus santinhos no ano que vem.
Vou ser sincero quero que se dane essas barras de contenção para proteger o patrimônio público. E nem adianta deixar um espaço aberto para passar entre elas, quando convier. Sou um cidadão espaçoso, quero o meu direito por inteiro. Tira essas barras das ruas prefeito! Truta, você nem anda no asfalto, só gasta o dinheiro público que você sempre diz estar proteger nas propagandas nos meios de comunicação, abastecendo o helicóptero. Fala para mim Gilberto, sempre sonhou desde quando era criança, brincar de sobrevoar a cidade que bate recordes em casos de dengue nesta gestão. Sabe por que sei disso, é que daqui debaixo a população vê quando você chega e vai fazer um 'rolê por sampa', essas hélices fazem um barulho só, Gilberto.
Voltando para o símbolo de seu autoritarismo; Sei que colocou as barras de contenção em frente ao prédio Matarazzo, onde se localiza a prefeitura, estão lá por causa dos ataques do mês de maio, que foram manifestados pelo Primeiro Comando da Capital. O mais engraçado! O PCC é um partido político formado por cidadãos reclusos da sociedade por cometerem crimes. Se vacilar, existe mais filiados que muitos outros partidos do Brasil.
O PCC cresceu por desleixo administrativo e desfoco eleitoral do ex-governador, qual pretende ser prefeito na eleição de 2008. Sua política era de jogar no porão das cadeias do estado, cidadãos distantes de políticas publicas efetivas, esses que sobrevivem nos guetos e na periferia de São Paulo. Como não adianta prender o homem, porque sua mente é livre, essas pessoas se organizaram dentro do sistema prisional e deu no que deu. Lógico! Seria melhor se fossem estudantes, mas está cheio de partidos políticos com visão deturpada do Brasil. Veja o que o seu aliado político fez durante esses 12 anos no poder; Resolveram criar o estado criminoso, que passa por cima das leis, e as interpretam como quiser, tornando-as injustas para o cidadão pobre. Esse partido que não conseguiu a federação em 2006, tiveram como prioridade a segurança e deixaram de qualificar as escolas existentes, que mais parecem presídio educacionais hoje. O partido do pássaro de bico grande não investiu seriamente em educação. Ai a cidade de viu no que deu. Continuar essa formula de fazer a massa carcerária crescer, que já ultrapassa de 150 mil pessoas nos presídios, sem colocar nesse calculo suas famílias, essas que não abandonam seus filhos como o estado faz. Então isso forma uma população maior do que muitos países nas cadeias. Conta perversa que tem o resultado sempre obvio: Cidadão – Escola + Presídio = Faturamento para políticos, empresários e um monte de carniceiros sociais. Foi com essa mazela nesses anos todos, que um dia deu sentido do ditado: O feitiço virar contra o feiticeiro, ou melhor, governador, secretário de segurança entre outros; As pessoas presas paralisaram o estado de São Paulo e suas cidades. Nenhum ser que se considera revolucionário contra o capital poderia ter imaginado um fato desses em terras brasilis.
Para não me perder em outras coisas, que também precisam ser faladas, voltarei às grades de contenção. Kassab! Você resolveu utiliza-las para fazer o seu marketing ditatorial, deixou-as em frente a prefeitura para criminalizar movimentos sociais, quais lhe cobram políticas públicas que seus secretários deveriam gestar: Dimunir a Dengue, melhor o transporte público, qualificar o ensino municipal e muitas outros trabalhos que qualquer homem público teria orgulho de fazer. Não é porque ninguém votou em sua legenda DEM; ou em você que não tenha responsabilidades com os paulistanos Kaka. Essas suas propagandas de ir contra a indústria do Outdoor, fazer lobby para especulação imobiliária na região da Luz, utilização de desastre aéreo para analisar quantas vezes saiu seu nome na mídia, são ruins não lhe garante votos. Pelos menos o meu não terás.
Esses ônibus novos de layout estratégicos para ir mais pessoas em pé, estudado por metros quadrados para favorecer as empresas de ônibus, diminuindo o número de acentos de 45 para 35. O pior é utilizar os portadores de deficiência como justificativa. O Gilberto, as pessoas que precisam desse transporte estão sofrendo, aquelas escadas criam dificuldades aos idosos e mulheres grávidas.
Kassab você sabe demais, e está defendendo uma minoria massacrando a maioria da população. É super prefeito do aquecimento global, seu peito agüenta bala de borracha, porque os defensores do patrimônio do estado atiram, ninguém deles estão preparado para resolver nada no dialogo.
Você resolveu cometer o crime de ocupação do espaço público para distanciar da população. Eu nunca te vi na imprensa dialogando como qualquer cidadão, só impondo e mandando prender, multando com justificava que está fazendo gestão limpa. Veja a ironia, as grades de contenção mostra quanto é suja sua gestão, porque isso é crime a ocupação de espaços publico com fins privados. Vai! Tira as grades de contenção das ruas, a tire mascara e arregaça as mangas, vai trabalhar! Pare de fazer campanha política barata! Agora sua excelência prefeito Gilberto Kassab.

Rapper Pirata
Mui grato!

15.9.07

O HIP HOP BRASILEIRO É DESRESPEITADO POR AGENTES CULTURAIS.

Rapper Pirata

Sampa, 15 de setembro de 2007
Os artistas de hip hop não são valorizado e nem convidados a se apresentar nos espaços importantes para a cultura brasileira. Porquê?
Hum..! Será porque a base sólida do hip hop contesta em suas expressões o que não é para ser contestados? Racismo, crime, pobreza, drogas, trabalho, educação, exploração sexual, política capitalismo e etc... Então promotores de eventos não chamam os vândalos com medo de estragarem suas festinhas culturais. E quando convidam tentam domesticar os hip hopers, barganhando cachês migalhas de R$ 0.00 á R$ 500,00 em espaços públicos de cultura.
Geralmente o hip hop é percebido sua existência quando os espaços de cultura estão sem grana, e as pessoas que os gerenciam precisam justificar seus salários ou cargos políticos. Os gerentes culturais não gostam 'dos manos', assim que classificam rappers, grafiteiros, dançarinos e djs, esses pessoal são bandidos e é a última alternativa dentro outras. Esses ‘carinhas’ da periferia não fazem cultura, maneira que pensam do hip hop. Os coordenadores de cultura preferem convidar ídolos do tal lado B (besta), artistas da classe média que se apresentam por cachês acima de R$ 10 mil e exigem serviço de camarim, equipamentos e palco de último geração. Como seus amigos não vão, os responsáveis pela promoção cultural de eventos, palestras, teatros entre outros espaços, metidos a produtores de arte tem uma idéia genial:
-Meu... Vamos dar espaços ao hip hop! Eles são fodas! É aqui que essa gente tem que se apresentar, isso é política pública! Isso aqui é do povão! O hip hop é revolução, meu tipo assim! Estas são suas falas de intelectuais vazios pensando o que é bom para os pobres.
Os promotores de cultura lembram-se dos mcs, djs, grafiteiros e break oferecendo para se apresentarem por kits lanches como cachê. Lógico! Os hip hopers terão que virar-se com a condução. O convite é feito na sexta e o evento é no sábado. A estrutura o ‘super show ‘é uma piada: Divulgação feita com dez cartazes de folha A4, um toca cd a pilha, um microfone de brinquedo vermelho e uma garrafa pet cheia de água de torneira. O luxo é o pão com mortadela e outras misérias. Esse é pacote especializado condicionado para os 'manos e a minas' dados por ONGs, Centros Culturais, Secretárias de Cultura e etc...
A idéia de povão dita pejorativamente por aqueles que não fazem parte do Brasil, assim que se acham os pertencentes da classe média. Nos seus bairros as políticas públicas vão alem de quatro rodas, luminária vermelha, sirene, portando armas e ódio aos pobres.
Como a cultura é cara para o padrão da maioria dos brasileiros, chamados de preguiçosos e alienados por ditos intelectuais: Isso é um absurdo! Os(as) trabalhadores(as) do país têm que levantar-se as cinco da manhã e dormir á meia noite, dividindo seus dias de vida em trabalho, escola e filhos, sobrando quase nada de tempo para teatro, ler livros, cinema, museus dentre outros reservatórios manifestações culturais. Esses locais de conhecimento são mantidos nos grandes centros e circula pouco nos bairros onde a população brasileira vive. Quando alguma coisinha acontece da considerada arte superior nos bairros pobres, geralmente é um projeto oportunista, o orçamento desse espetáculo deve ter custado caro para os cofres públicos.
Ainda bem que somos malandros e ignoramos estas ditas culturas clássicas, ela feita por pessoas de valores preconceituosos. Os agentes de cultura tem suas falácias invertendo a idéia que está na sua essência a discriminação, criticando o povo por não gostar dessa tal invenção neo-bobagem-clássica. Por isso os produtores que não produzem, acham que leram o livro certo, romantizam o movimento feito por pessoas dos gueto, razão delas não merecem receber caches:
-Pô meu! O hip hop é militância! Porquê você quer receber? E o manos e as minas, a mensagem , meu ô...: Assim balbuciam sobres os problemas inventados por eles para o hip hop. O movimento para eles não tem valor.
Tanto que quando não tem a verba lembram do hip hop, mas quando tem, deixam de serem agentes culturais e se tornam os promotores de danceterias. Dizem que o hip hop não atrai público. Já, a banda de 'rockpunkmpbnet' de grupos de amigos deles receberam a grana e a divulgação necessária para qualquer desfile de banda de escola. Eles que fazem música, pintam, tocam, cantam, dançam de verdade.
Ah! Ah! Ah! Como esses tais promotores culturais são engraçados.
È foda fazer hip hop aqui no Brasil. Além de ser ignorados pelos meios de comunicação, temos aturar esses promotores, secretários, agentes e outros títulos de pessoas responsáveis pela promoção de cultura para a população.
Lógico! Que há preconceitos referente ao hip hop ou qualquer manifestação vinda do povão, que está fora da normas técnicas de cultura que aprenderam nas universidades.


Rapper Pirata - Contato para Show, palestras, oficinas e trocar idéia.
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14.9.07

Matéria

Foca Online - 17/11/2006

Polícia: Maus profissionais faziam a ronda nas periferias, por Josimara Silva*

*Josimara Silva é aluna do curso de Jornalismo da Universidade Cidade de São Paulo

Em entrevista com pessoas que residem em favelas da zona Leste da Cidade de São Paulo é notável a sensação de medo que elas apresentam quando falam da ação da polícia, "eles entram e atiraram, sem saber o que aquela pessoa já fez", afirma uma moradora que preferiu não se identificar.

O coronel Raugeston Benedito Bizzaria Dias, diretor de ensino da Polícia Militar de São Paulo fala da atuação dos policiais militares numa coletiva de imprensa realizada no sábado, 14 de outubro, à estudantes de Jornalismo.

Ele reconheceu falha na atuação da polícia e afirmou: "precisamos melhorar a prestação de serviço, a estrutura cultural" e confirma que sempre iam para as periferias os maus policiais (referindo-se àqueles que não seguem as regras do manual de direitos humanos e da PM) e que atualmente a Polícia Militar procura colocar outros policiais, porque "se o lugar já tem ausência de poder público, precisamos colocar bons policiais".

André Luiz, conhecido como rapper Pirata, membro do Fórum de Hip Hop e o Poder Público, afirma que a polícia está mais violenta após os ataques do PCC porque "eles ganharam mais liberdade para atuarem. As pessoas não são tratadas como cidadão, mas sim como lixo".

O rapper informa que a mídia não publica sobre os grupos de extermínio que há nas favelas, "para eles (PM) as pessoas que moram na favela são do crime. Perdemos o direito de ir e vir". André Luiz destaca ainda que quando realiza os fóruns para discutir que o hip hop não é cúmplice da violência, são convidados membros do poder público, mas nunca ninguém aparece nas reuniões.

De acordo com números do Ministério Público de São Paulo no primeiro semestre deste ano, a Polícia Militar matou 298 pessoas contra 158 no mesmo período em 2005. O Coronel Bizarria afirma que esse aumento no número de mortos apresentado neste ano deve-se à situação atípica por causa dos ataques do PCC, e que a polícia não cometeu assassinatos porque não houve a intenção de matar, "nosso objetivo não é matar e sim neutralizar a ação", afirma.

"Atualmente o quadro da PM é composto por aproximadamente 130 mil policiais, 80% desses estão dentro da média, ou seja, atuam de acordo com as regras da corporação, 17% estão acima e 3% estão fora da média", diz o coronel. De acordo com as contas do próprio coronel são 3.900 policias agindo fora das regras.

Ele afirma ainda que 420 PMs foram exonerados do cargo por causa da má atuação, "sempre defendemos todos os mecanismos de direitos humanos", quando comprovado o excesso do uso da força, desvio de função, estrutura ética e a não observação dos direitos individuais o policial é punido.

O Cremesp, Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo, divulgou um relatório em que na época dos ataques dos 273 corpos que entraram, 132 apresentaram causas da morte relacionada a ferimentos por arma de fogo. Bizarria não reconhece o excesso das mortes e declara "a Polícia Militar trabalha nos efeitos e não nas causas", disse que eles têm a apuração rígida de todas as mortes e que os casos estão sendo acompanhados pelo Ministério Público.

Já a Secretaria de Segurança Pública informou que houve redução nos casos em homicídios, e que esse resultado deve-se por causa do aumento de policiamento nas regiões.

28.7.07

LETRAS DO CD TRIUNFO

São Paulo , 15 de setembro de 1995.

CONTAMINAÇÃO
AUTOR: ANDRÉ LUIZ DOS SANTOS. RG: 21.571.369-2 CIC: 143.633.408-00

O que me aconteceu
depois daquela linda transa!
Que tive com a mulher de longas tranças,
que me esquentou depois da festa,
a levei para cama sem precisar fazer nenhuma seresta,
gostosos foi os gozos até a luz do dia,
onde meu corpo fervia, aquecia,
mas enquanto eu dormia ele esfriava,

(Aids, aids, aids...)

Janela aberta , raios solares em meu rosto,
do meu lado já não estava mais aquele lindo corpo,
para o meu desgosto,
só me deixou um presente como em uma caixa de surpresa,
me dando um susto por ter amado e se fascinado,
agora vou carregando uma triste agonia todos os dias,
por ter sido o machão ,
eu não quis usar a minha camisinha não,

Hoje eu vivo acabado, esquecido, isolado,
com uma amarga lembrança,
da linda mulher de longas tranças,
o meu corpo está cheio de manchas,
sem força e anticorpos,
a AIDS em está minha pele, no meu sangue e nos meus ossos,

(Aids, aids, aids...)refrão

Malucos!...
depois do exame, a confirmação,
me desliguei do mundo, não quis viver mais não,
me senti um sujo, sem saber o que fazer,
direi a você: primeiro pensei em suicídio,
eu já estava no precipício,
em segundo foi a contaminação para o resto da nação,
porque isso não poderia aconteceu comigo não,
houve amigos meus,
que morreram com está maldição,
por transfusão, picos, com prostitutas ou porque eram bichas,
mas depois que passou a ira,
resolvi estudar as causas dessa doença,
e vi que a causa de tudo foi a minha ignorância,
que tirou-me a minha esperança,

Tarde de mais para saber,
mas pretendo orientar você,
para não cair em minha ilusão,
não se pega AIDS meu irmão,
em nenhuma doação sangüínea,
nem com prostitutas ou com minas,
é só usar a sua camisinha,
não pegarás ao me cumprimentar,
não deixe me isolar, porque necessito da força do amar,
e com ela ninguém vai se contaminar,
o vírus necessita de um contato direto com o sangue,
parem de viverem se injetando, se drogando, se acabando,
ela só tente de se alastrar,
se você a ignorar,
não precisa deixar de amar,
é só colocar a sua camisinha,
agora eu estou morrendo e indo atrás da busca,
daquela puta que me fez viver está loucura,
quero a encontra-la no além,
e perdoa-la,
porque naquela noite eu amei-a como ninguém,

Vamos filho,
use a camisinha e coloque um ponto final nisso,

São Paulo, 10 de janeiro de 1996.

A arte
AUTOR: ANDRÉ LUIZ DOS SANTOS. RG: 21.571.369-2 CIC: 143.633408-00

Tem hora que,
a gente fica puto da vida,
com as condições infavoráveis dessa porra dessa vida,
e nessa a cabeça fica pensativa e vazia,
nos viajar em soluções triste e agonizantes,
como um pulo do alto num vôo rasante,
ou dar um click-clek- bum,
e querer acabar com o mundo,
que só tem seu fim,
quando deixamos de existir.
Por causa do sofrimento queremos ir belos ares,
e outros nos chamaram de covardes,
invadindo por dentro do nosso eu,
de ser lembrado como alguém que já morreu,

Caralho! Em vida eles implicam,
e mortos querem incinerar os nossos ossos,
falam que me incomodo,
Sim. Incomodo-me com as mentiras,
E alegrias instantâneas,
que basta sorrir para ser crucificado,
como eu tivesse cometido um dos piores pecados,
Óh! Meu Deus!
sou um filho teu,
mas me revolto,
por não conseguir viver como penso,
isto corta-me por dentro,
quando ouça a música que diz sobre,

Refrão: (Bis)
A arte de sorrir,
cada vez que o mundo diz não...
Diz não, diz não... não.. não...

A ira se multiplica,
Hipnotizando-me os olhos,
Dando-me vontade de voltar de delinqüar,
Sim seus trouxas, roubar!
mas vocês tem sorte,
sei que posso seguir em frente,
sem ser um delinqüente,
o meu orgulho me diz,
o meu nome dando me força para existir,
com essa revolta domada,
para o dia da glória,
sou um cara esperançoso,
e de suas caras tenho nojo,
não gosto de vocês,
sei que pensam no vice-versa,

Chega! De falsas promessas,
querendo me enganar com ilusões,
Seus putos, suas putas, seus cuzões,
vão falar que preservo a perversidade,
sempre julgando-me para os humanos de verdade,
Graças, graças, graças!
não são todas as pessoas de suas raças,
existem Gismeires, Joaquins, Lourdes e Marcias,
pessoas que lutam igual a mim,
que me dão as suas graças,
para eu continuar a lutar,
assim como Airton Sena lutou,
em sua última curva o mundo se calou,
Os sonhos são meus,
quem reza por eles sou eu,
vou vencer, irei chegar lá,
e rir de uma pá de idiotas,

Refrão: (Bis)
A arte de sorrir,
cada vez que o mundo diz,
-Não...
Diz não, diz não... não.. não...

Ah...esse não!
Magoa-me profundamente,
os sonhos lindo saem da minha mente,
trazendo-me a raiva por ser ofendido,
com palavras que em meu mundo lapido,
O acredito,
que se fixa a cada dia,
com esperança da próspera vida,
as vezes chega o cansaço de esperar a concretização,
o medo dos sonhos em vão,
procurando deixar de dizer a palavra não,
além que és muito precisa,
para a corja que implica,
em querer me manipular,
como são trouxas,
nunca vou querer ser o presépio,
que todos levam a sua admiração,
sem querer saber no que se representa,
será que as pessoas deste mundo são desatentas,
minhas qualidades sei quais são,
não sou marionete não,
conquisto tudo o que quero,
por isto o refrão da música eu preservo,

Refrão: (Bis)
A arte de sorrir,
cada vez que o mundo diz,
-Não...
Diz não, diz não... não.. não...

São Paulo, 07 de maio de 1999.

BRINQUEDO
AUTOR: ANDRÉ LUIZ DOS SANTOS RG: 21.571.369-2 CIC: 143.633.408-00

Refrão:
Eu vou embora,
porque o tempo vai fechar,
e não são águas que cairão,
será sangue, sangue de crianças,
por causa do brinquedo de matar,

Eu vou embora porque o tempo vai fechar,
Olho para o céu e vejo as nuvens cinza,
Chego em casa e paro para pensar,
E começo a me lembrar,
Do passado inspirado nas nuvens cinza,
Como um adivinho perdido em imagens,
Comparadas com o chumbo do antigo brinquedo,
Que tinha um flash vermelho,
As metralhadoras, as armas de cowboy,
Que quando eu era pivete brincava com elas,
Foram vários tiros disparados pela a imaginação,
Como os filmes de gangster, de guerra e de ficção,
Os meus heróis da televisão,
Que hoje me monstra crianças dos morros,
Com escopeta, mira-laser na mão,
Infância em vão,

Refrão:
Eu vou embora,
porque o tempo vai fechar,
e não são águas que cairão,
será sangue, sangue de crianças,
por causa do brinquedo de matar,

Eu vejo uma claridão,
O brinquedo e as nações,
Uma projeção de vidas em devastações,
Pais que já não abraçam mais,
Seus filhos separados pela placa em cruz,
Escrita aqui jaz,
um longe do outro por dimensão,
a bala perdida não tem direção,
ela vai levando mais do que a cegonha traz,
são tantos motivos com poucos raciocínios,
foi a tragédia da roleta russa,
e o Periquito assinando a culpa,
brincadeiras com o instrumento mortal,
mais um garoto no hospital,
o esquecimento de um pai foi fatal,
chave para o portal mortal,
um tira irado na sua perseguição,
um tiro no Chepinha caído no chão,
meu amigo Mestiço foi para o espaço,
traído por caras falsos,
nosso exército levam-nos para ensinar e treinar,
a matar seres humanos em países que nunca ouvi falar,
as drogas, os papelotes,
os traficantes donos dos quarteirões,
os viciados pipocados,
fatos baseados em dividas,
tudo isso é ruim demais,

refrão:
Eu vou embora,
porque o tempo vai fechar,
e não são águas que cairão,
será sangue, sangue de crianças,
por causa do brinquedo de matar,


Quantas vidas se foram por diversas formas,
As lágrimas no chafariz da vida ainda jorram,
Com gotas de tristeza,
Sentimentos de perda,
Histórias encurtadas,
Pela a arrogância da valentia,
Anjos tornando–se malditos,
Com seus sorrisos cínicos e cara feias,
Cobertos pela sombra criminal,
Eles pedem à luz espiritual,
Para tira-los do mundo do mal,
Porque eles estão nele desde pixotes,
Cedo aprenderam a atirar,
Porra! A indústria bélica não pode parar,
Eu não tenho a coragem de matar,
Mas nos bilhões de seres,
Sou apenas um dos alguns,
que nadam contra a correnteza vermelha,
São tantos que estão a se afogar,
no rio por julgarem-se os bons,
E errando vão! Tolos são!
Hei! Quanto vale uma vida para você?
Qual é o valor de viver?
Vamos comecem a sentir o rancor,
Que provocou para aquela senhora,
Lá na missa de sete dias,
Por causa da sua covardia,
com suas duas palavras,
- Vai morrer!
O filho dela já não está aqui mais,
Para junto dela viver,
Porquês?
Como seria bom se este brinquedo não existisse,
e as crianças pudessem brincar de amarelinha,
Ou olhassem o seu azul,
e não o cinza,
igual do temporal que está para cair,
Cheio de gotas vermelhas,
Das lágrimas do nosso pai Oxalá,
Quem sabe um dia...

São Paulo, 07 de maio de 1999.

SORRISO SARCÁTICO.
AUTOR: ANDRÉ LUIZ DOS SANTOS RG: 21.571.369-2 CIC: 143.633.408-2

Ele aparece no seu televisor,
Falando, insinuando, gesticulando, esbravejando,
Muitas vezes se ridicularizando,
Apontando erros de outros fulanos,
Que ele vai os acusando,
de atrapalhadores dessa desordem chamada progresso,
por que ele não faz parte do resto,
assim que a sua voz propaga,
na tela, nas folhas descritivas, discurso com fotografia,
o cara vai entrando e saindo quatros, cinco, oito anos,
dizendo que é o super homem,
e sabe onde os pobres se escondem,
nesses caminhos vai passando junto a sua caravana,
cheio de papagaios empoleirados nos ombros,
esses bandos de safados,
acariciam rostos esfomeados,
pisando na lama dos morros escorregadios,
tomando sopa de letrinhas, caldo verde, bebendo águas de rios,
pra xavecar Joãos e Marias,
desacreditados da vida,
fazendo os acreditar naquele quem tem um sorriso amarelado,
estampado, panfletado,
num rosto bem fotografado,
sem as rugas e defeitos,
como um rei,
invenção de marketeiros,
pagos pelos fulanos inescrupulosos do poder financeiro,
fazendo o falsário continuar,
os ajudar a roubar,
pede somente um aperto de botão ou xis,
para aqueles que acreditam,
no que a televisão edita,
assim ele ganha e nós lutamos para continuar a vida,

Refrão:
Um sorriso sarcástico,
Um falso abraço,
O mesmo papo furado,
E um país humilhado,
Por ladrões engravatados,

Aí... quando o cretino ganha,
As suas e as nossas satisfações,
Vão por uma descarga privada,
E os bairros pobres vão para os ares,
São disparos, rajadas, tiroteios, chuva de balas,
Tantas bocas ficaram caladas,
UTIs abarroadas,
A cachoeira vermelha se alastra,
Chegadas, chegadas de corpos doentes como sempre,
Hospitais cheios de parafernálias enferrujadas,
Poucos homens trabalham,
Garotos vivendo pela pedra malvada,
Levando porrada de alguns policiais,
Organização considerada na eleição,
Segurança da nação,
Igual o direito à educação,
O sujo entrou na moda da privatização,
A imprensa sempre tem um furo,
Sobre o nobre cidadão,
Ou sua excelência,
Do jeito que a minha antiga professora ensinava,
Que entrou em greve a semana passada,
Por causa do tal salário defasado,
Essas notícias não param,
Principalmente a de corrupção,
Que são maiores que a ficha do homem que errou,
E está vivendo dentro de um xis,
Este é pobre, analfabeto e pior o irmão é preto,
Um dia alguém tem que dizer qual o segredo,
Como se faz uma pátria feliz,
É tão triste o Brasil até aqui,
Tenho ânsia de ver este sorriso,
Que manipula o meu povo,
Que não vê nenhum valor,
Na hora de votar e acabar com esses caras,

Refrão

São Paulo, 09 de maio de 1999.

CRACK.
AUTOR: ANDRÉ LUIZ DOS SANTOS RG: 21.571.360-2 CIC: 143.633.408-8.

Crack...
Sabemos que você o usa,
Seu corpo veste este disfarce,
A sociedade diz que não tem culpa por esse disparate,
Mas eu o conheço muito antes das notícias,
Alguns trutas meus diziam que dava o maior barato,
Sua aparição foi em mil novecentos e oitenta e sete,
Eles usavam tantas vezes igual mato,
Atingiu a classe média trinta e seis meses depois,
Garotos o consumiam mais do que feijão com arroz,
Ele veio junto com a importação chamada globalização,
Foi o produto que mais rápido se consumiu,
Meus irmãos,
tenho uma porrada de história ruim desta ilusão,
chamada CRACK,

CRACK,
Sabemos e percebemos,
Que seu corpo usa este disfarce,
Chamado CRACK,

Vejo esse garoto que entrou na onda da globalização,
Um mano bacana, um bom irmão,
Levantava meio dia da cama,
Se dizia que era gangstar,
Colocando o seu tênis Filla,
Abotoando a calça caída,
Vendo a hora no seu relógio de surfista,
Ouvindo o seu disc mann Aiwa,
Saindo com o cano na cintura cheio de raiva,
Ia encontrar os seus camaradas,
Em sua moto que o escapamento berrava,
Quase todos os dias eram dias de negócios,
Tinham que vender seus produtos,
Fabricado pelos furtos da madrugada,
Os pilantras dos intrujões compravam,
Tudo virava grana fácil,
Rapidamente nas suas mãos desintegravam,
O meu truta bacana por enquanto vive com sorte,
Nunca indo para celas,
Mas sua vida dança,
Por sugadas fortes no seu cachimbo de prata,
O triste que até a sua menina,
Que já foi linda hoje é magrinha,
Meses atrás foi mãe de uma criança.
Que tá vivendo com os seus pais,
Enquanto o casal se mata,
Pela fumaça de bicarbonato com pasta de coca,
Não se precisa ser um advinho,
Buscando o saber até quando essas almas,
Na crosta terrestre irá permanecer,
Já tentei dialogar com meu truta,
Mas enquanto as pedras estiverem rolando,
Para o precipício vai meu mano,

Refrão:

Sei que muitos escreveram, cantaram, contaram esta história,
Mas estou demonstrando a minha preocupação,
Com pessoas que perderam a auto estima,
Em becos, vilas, matagais, ruas e morros,
Onde os meus olhos eu ver,
A faísca de isqueiros,
O barulho do sugar dos cachimbeiros,
Que nem presos conseguem escapar,
Lá dentro também se vende a pedra,
CRACK,
Famílias do Brasil estão a desfarelar,
Igual ao cérebro destas crianças,
Que lembrem o dito,
“Cada um carregue e sua pedra”,
infelizmente ela se chama CRACK,
São Paulo, 24 de março de 2002.


PARA QUE VIEMOS
Autores: Clayton José da Silva – RG: 35.469.349-9 – CIC: 304.248.188-33.
André Luiz dos Santos – RG: 21.571.369-2 – CIC: 143.633.408-00.

Vim pra foder seu cérebro filho da puta,
Ninguém se toca que está na hora de lavar a roupa suja,
Que criatividade de merda que só suga!
Criticam os gringos,
mas as sua levadas são copiadas,
tem muita originalidade falsificada,
esses cover’s americanizados,
que dizem no palco serem os ladrões alados,
as escolas desde a sétima são deixadas de lado,
lá só tem seus nomes pixados,
talvez dos livros preferem o papel,
para fazer subir a fumaça e sair dizendo que são o locos do céus,
Hei! Hei! Espera!
Se isso for cultura? Que cultura filho da puta!
Tem muito otário que paga pra outros otários,
Com suas idéias furadas dizem-se os revolucionários,
É brincadeira! Parece até piada!
Existem umas que chegam até dar prus caras,
Em toda família tem uma ovelha negra,
Então nesse jogo vou entrar dessa maneira,
Mais ae... não é só pra isso que vim,
Mas sim pra te confundir,

Refrão:
Viemos pra confundir,
Fazer você fugir,
Ou realmente assumir,
Não fazendo letras pra iludir,
O povo que não consegue mais sorrir,
Hei comédia! Zarpa daqui!


Porra! Ouça!
Não faça o seu rap ser amigo da onça,
Por você não entender essa pátria que vive a fuder,
Aqueles que formam a sua população,
Por ganância de uns que corrompem os que estão na administração,
Mas seu refrão,
fala para molecada que só armada terá um proceder,
No role nas vilas que sempre a gente vê na tv,
Que em todos os locais são iguais,
Há areia, igreja, cerveja, pinga, briga,
mato, carro depenado, marcas de enchetes, muleque dependente,
Barranco, barraco, disparos, todos amontoados,
que quatro ou dez anos são lembrados,
Por censos ou deputados,
E da dó de saber que são os brasileiros pobres,
Que vivem com seus problemas tentando sobreviver,
A massa enganada pra porcos manter o poder,
Ele sempre tem um de sua vara,
Lucrando e jogando vidas nas valas,
e você assiste tudo e se cala,
Ai te pergunto: - Cadê as suas rimas e as métricas?
A maioria ainda está na pior,
e o que prospera aqui é a miséria,
Se liga! A sua família se incluí na lista,
Sua prima, primo, tio, tia, mãe, pai: sua geração toda está excluída,
A que sempre está presentes nas visitas dos presídios, nos fóruns,
delegacias, cemitérios, hospitais,
Ou jogada nas ruas drogada como animais,
Ela é a matéria prima do sensacionalismo dos jornais,
as vítimas, os cadáveres, os assassinos, os traficantes,
como dizem os defensores de patrimônio: elementos ou miliantes,
personagens que nos livros não serão lembrados nem um instante,
são números para de estatísticas,
OH! Zé!
vamos fortalecer a dança, o grafite, os transformes da vida,
melhorar a letra e não jogar ao vento nossas rimas,

REFRÃO:
Viemos pra confundir,
Fazer você fugir,
Ou realmente assumir,
Não fazendo letras pra iludir,
O povo que não consegue mais sorrir,
Hei comédia! Zarpa daqui!

Ligo o positivo no negativo,
E desligo e me ativo,
Porque tem horas que cansamos de elogiar,
um povo que não se valoriza,
E se você não aceita as regras ele te discrimina,
Preferem aceitar babaquices preconceituosas,
Que pobre tem sua sina,
AH! Se você acha que é viajem,
Então analisa,
As formas do preconceito,
Que eles dizem que é só defeitos,
Mas se uma mulher, preta, nordestina,
Que gosta de menina, portadora de deficiência e quarentona,
De cabelo sarara na porta de uma firma procurar,
um emprego para ganhar uma grana,
A resposta acredito que já está na sua cabeça,
Esse é o estereotipo do não cidadão ou cidadã,
No país que diz que não existe diferenças,
Mais gosta da imagem ariana dançando o tchan,
Temos que mudar isso seu besta!
Todos tem que ter a oportunidade que almeja,
Manos e manas acho que é hora do hip hop,
Fazer de tudo para que cultura cresça,
E mudar os conceitos que estão enrrustido na sua cabeça,

Viemos pra confundir. Fazer você fugir,
Ou realmente assumir. Não fazendo letras pra iludir.
O povo que não consegue mais sorrir. Hei comédia! Zarpa daqui!

11.7.07

VAMOS COLAR NA PERIFERIA

MINHA VOZ ESTÁ NO AR

DIA 29 de Julho de 2007


Apresenta: Livro “Punga”, autor: Akins & Elizandra

Convidados Especiais:
Fantasmas Vermelhos, Rascrew, Da Norte, Alta Voltagem, Paniquinho (Fator Ético), Rapper Pirata, Banca RDM, Inajá (Dança Afro), Oubi, MH2O

DJ’s
Performance: Pac J, Nil – X
Dj Residente: Doug Ras (RAS Crew)

Nos intervalos das atividades Akins e Elizandra estarão falando e comentando sobre os trabalhos

HORÁRIO: 14h até as 21h
LOCAL Biblioteca Comunitária “Solano Trindade”
ENDEREÇO: Ruas dos Têxteis, 1050

9.7.07

Um filho da puta com tanta raiva,
por não ver mudar muita coisa,
quando por mim a poeira do tempo passa,
ou por vir do lado esquerdo eu não vejo por odiar o lado direito,
esse maldito de querer o certo pra mim virou um defeito,
por que me junto com caras que por mim não sente respeito,
e tenho que agir com cautela de um determinado jeito,
pra eles não me foder com o jeitinho brasileiro,
ser honesto faz eu querer andar armado ,
e com uma pistota de prata pra atravessar uma bala nos peito desses sujeitos,
que querem que eu fique na míseria,
ae sae dai!
essa ideia sem sentido da minha cabeça,
quem gosta de estudar isso vive daquele jeito,
perfume, carro, tenis all star, fuma a verde e usa jeans de mil conto,
lêem uns livros e pensam que sou algum tonto,
vou ser franco tô nessa porque quero sair da situação de miseria,
que desde que me entendo por gente,
só me ferra,
não consegui aculmular nada,
os meus estudos não servem pra nada,
e o meu trampo só contas paga,
e o rap muito filhos ataca,
mas ele é a minha arma,
e faz sem controle eu despejar a minha raiva,
pra ser verdadeiramente o gangsta,
e não perdoar nada...mas ela passa,
e um erro por ser pobre me mata
eternamente Rapper Pirata

16.6.07

POR QUE RAPPER PIRATA

POR QUE RAPPER PIRATA
Ae! Perguntaram-me porque insisto a fazer rap e valorizar o hip hop?
Fazer rap me deu um poder de mandar muitos se fuder,
aquele garoto calado se tornou abusado e resolveu acontecer,
não aceitar o que reservaram para ele dentro de uma jaula,
compreender o que aquela puta da professora estava querendo me mostrar na aula,
mesmo querendo distancia de mim , do meu olhar e a forma de falar,
o merda da letras que aprendi fazendo rap,
me deu um poder de misturar as ruas e as teorias que estão escondidas nas livrarias,
comecei compreender que o crime não era uma boa para mim,
ele leva diversos filhos da puta como eu para uma cova em uma década,
eu resolvi não querer essa merda pra mim,
então com erros estou fazendo os meus acertos,
que não é para uma policial me fazer vender drogas,
e também não ser o paga pau de uns que querem ser donos da cultura,
que rimam besteira como fosse jóia pura,
e vem querendo bancarem os vap´s das ruas,
esses que não agüentam meia hora de pau nas delegacias,
sei que preciso de dim dim para ser o foda aqui no Brasil,
ou qualquer lugar que eu resolva rimar minhas nova poesia ,
não viajo de ser igual aos americanos e misturar o meus negócio com drogas,
nem critico cada, um busca a estrutura para colocar o seu negócio nas prateleiras da Galeria,
e nem vender para o consumidor que o idiota de brinco de plásticos acha que são os da classe merda alta,
ai o hip hop perde seu sentido na periferia,
não gosto da merdas que eles criam como regra,
rimo o que eu quiser e ninguém me controla,
não só porque um idiota que se acha o DJ que diz que dita moda,
tocando o que não reverte para ele como renda,
deixando a grana para o dono da casa que acha que o hip hop tá na moda,
só que o que faço não está , ao contrario ele dita,
para entender o que rimo os lokis vão ter que voltar pra escola,
e saber que ta hora da gente mandar,
e parar de ser empregados de os donos de gravadoras,
quero o dinheiro muito mais dos que vem de ONG,s,
lugar que muitos fracos se escondem,
implorando e sendo explorados por outros otários que querem nos fazer de otário,
por tudo isso ou muitos mais continuo a rimar,
e mando se fuder os que acham que sabem tudo do movimento ou a cultura,
e também desmascaro o poder daqueles que me querem na viatura,
a minha essência vem dos sentimentos de odiar injustiças.
Rapper Pirata

19:50 sabado 15/06/2007
http://www.rapperpirata.vox.com

7.5.07

A MANCHETE ESTÁ ERRADA, NÃO FOI O SHOW DO RACIONAIS QUE CAUSOU O TUMULTO; SIM O PODER PÚBLICO QUE ORGANIZOU A VIRADA CULTURAL.

ARapper Pirata

São Paulo, 07 de maio de 2007- A Virada Cultural termina em tumulto na Praca da Sé, capital paulista, na madrugada de domingo dia 06 de maio, por causa da uma briga de garotos pichadores e a policia militar, as cenas depois de bombas de lacrimogêneo, gás de pimenta e tiros de calibre do doze com balas de borracha mostrou a fragilidade do esquema de segurança oferecido aos paulistanos participantes do evento. Esse era o lead que tinha que ter sido veiculado em toda a mídia brasileira no domingo e segunda feira, e não o que atribuiu ao Racionais Mcs como culpados pelo incidente. Fica-me uma pergunta: Porquê? Racismo? Preconceito? Raíva? Ódio? Vingança? Muitos outros adjetivos, que a sociedade e a mídia diz não ter contra as pessoas e manifestações culturais vindas da periferia.
Quando você ouve ou lê as manchetes referentes ao caso, se tem à impressão que o Brown e companhia estimularam o quebra-quebra, passa-se logo a sensação que os marginais fizeram suas arruaças coordenadas pelo seu grande líder, destruindo o clima de paz e a festa que estava vivendo a cidade.
Os jornalistas que sonham em entrevistar o grupo escreveram suas matérias sem ouvir o outro lado, somente o lado do estado e da tal classe média, até ai sempre foi assim. O ruim são os prejuízos a imagem do Racionais, um dos grupos mais importantes da a cultura brasileira, vindo lá da fundão, queiram o não queria. Também ao movimento hip hop. Que de passagem não teve mesma importância dada á outros estilos da programação.
O poder público foi culpado pela confusão: Por não oferecer toda a segurança para população que estava no local; Por portar armas e atirar a esmo nos cidadãos convidados a virar a noite no centro da cidade; Por não ouvir e sim impor cultura que eles acham serem representantes da capital; Fica a pergunta: Onde estavam as escolas de samba? O forró que tocam nos botecos e lares da periferia? O funk que hoje leva muitos jovens para suas festa? Independente dos meus gostos musicais, a arte tem diversas manifestações que devem ser respeitadas e seu público também , que são os que pagaram a festa através de impostos.
O prefeito Gilberto Kassab, as secretarias envolvida com a Virada Cultural e a mídia devem desculpas ao Racionais Mcs. Lembrando que houve uma invasão no palco, por não haver grades de contenção, isso poderia colocar em risco a integridade dos artistas. Todos tem que pedir desculpas ao movimento Hip Hop e as pessoas que foram feridas com as balas de borracha e espancadas pelos representantes do estado que tinham armas, cassetes e escudos.
A cultura de violência não é promovida pelo Brown, pelo hip hop ou pela periferia. Sim por injustiças e desrespeitos com todos que pagam impostos seja dos Jardins ou dos moradores do bairro Cocaia zona sul da cidade.

Rapper Pirata
11-8216-2160

19.3.07

LUTA CONTRA O RACISMO

São Paulo, de março de 2007.

LUTA INTERCIONAL CONTRA O RACISMO.

Rapper pirata

Como vão todos?
Todos sabem que nesse 21 de março é o dia de Luta Contra o Racismo uma reivindicações internacional. A data foi elaborada para ONGs, empresa, governos, pessoas, ou melhor, em todos os lugares que se tem cidadãos se olharem nos olhos e respeitarem não só a si, mas o outro diferente: O humano de pele preta, branca, azul, amarela seja qual for sua cor.
Ah! Democracia coisa utópica
Nós hoje não podemos cometer os erros dos nossos ante-passados que se diziam perfeitos, por não verem além de seus narizes. Só que essa falsa realidade deles, fez o mundo ser lavado de sangue, o que ainda escorre por injustiças. A história grita para vermos como somos monstros quando queremos, manter uma raça, religião, política, doutrina, ordem e outras coisas que descrevem o tão sagrado poder. Eu poderia ficar pensando no que os livros, documentos e vídeos registraram sobre o nosso ódio pelo o outro. Sempre ignoramos a existência dele, um tipo como inferior, um objeto de carne osso. Nasceram para satisfazer nossos desejos diabólicos escondidos em nós, que achamos que pensamos e vivemos no mundo como ele é, e não temos a visão condicionada pelos que querem manter a dominação de milhões, de forma abstrata, não visível , não concreta.
-Você já refletiu alguma vez? Será que os povos que escravizaram outros povos tinham consciência, ou agiam como a regra era imposta? Então porquê mataram os que não acreditavam na forma de mundo que eles vivam, os que sabiam que o que diziam ser certo era nefastamente errado?
Não quero ficar aqui filosofando! Por não sentir-me tão capaz, para tanto.
Só que hoje você que está lendo esse texto está preocupado com o fim do mundo, com o aquecimento global, que fará aparecer muita mercadoria bio para vender? Deve até estar tomando mais Coca-cola, para ela dar dos milhões que arrecada dois centavos que vale a pena. Porra vale a pena!. Essa é a sua nova campanha publicitária que utiliza modelos negros para pedir, sua ajuda de consumo consciente, para ela dar os centavos as instituição que diz que ajuda? Não sou hipócrita, também bebo o refrigerante, não pela razão de sua propaganda, pelos trabalhadores da industria que ela emprega. A moda agora é marketing social, então vale tudo.
Mas eu ando nas ruas e ainda vejo homens pretos, mulheres brancas, crianças tentando viver, os não cidadãos distantes dessa sociedade perfeita. Não vejo nenhum meio de comunicação falar excessivamente do dia Internacional Contra o Racismo. Não muito, o ministro inglês Toni Blair pediu desculpa pela segunda vez pelos erros ingleses da escravidão. Os que construíram a nação estadusinense para manter o poder da coroa.
A lutar contra o racismo tem que ser todos os dias. Ae! Sem essa de dizer! Que gosta de pretos e pretas. Porque o racismo é valor de dominação de classe, não essa falácia totalmente excludente, você se acha o ser perfeito. Se precisa de muita ação verdadeiras dos movimentos, principalmente do hip hop. Acredito que a primordial é o reconhecer que não somos brancos como a neve e nem temos o poder que uma elite branca mantém.

Rapper Pirata
11-8216-2160
Autorizo a publicação com créditos devidos.